Gripe: vacinação começa hoje, 12/04

A rede pública de saúde inicia hoje (12) a campanha nacional de vacinação contra a gripe para prevenir a contaminação pelo vírus influenza. A campanha deve se estender até o dia 9 de julho e tem como objetivo vacinar pelo menos 90% dos grupos elegíveis, o que inclui mais de 79 milhões de pessoas. Velho conhecido do sistema de saúde, o influenza costuma circular no Brasil com mais intensidade a partir de março e pode ser um dos causadores da SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave). De acordo com dados do próprio Ministério da Saúde, em 2020 foram notificadas 2.150 hospitalizações por SRAG no Brasil. Calendário e grupos prioritários Para 2021, o Ministério da Saúde atualizou alguns grupos prioritários para a vacinação, em especial os idosos e trabalhadores da saúde. Confira o público-alvo da campanha deste ano: Crianças entre 6 meses e menores de 6 anos (5 anos, 11 meses e 29 dias); Gestantes e puérperas; Povos indígenas; Trabalhadores da saúde; Idosos com 60 anos ou mais; Professores das escolas públicas e privadas; Pessoas portadoras de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais; Pessoas com deficiência permanente; Forças de segurança e salvamento; Forças Armadas; Caminhoneiros; Trabalhadores de transporte coletivo rodoviário de passageiros urbanso e de longo curso; Trabalhadores portuários; Funcionários do sistema prisional; Adolescentes e jovens entre 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas; População privada de liberdade. O calendário da campanha foi dividido em três etapas: 1ª etapa – de 12/04 a 10/05: crianças, gestantes, puérperas, povos indígenas e trabalhadores da saúde; 2ª etapa – de 11/05 a 08/06: idosos e professores; 3ª etapa – de 09/06 a 09/07: demais grupos.
Senador Eduardo Girão consegue assinaturas para CPI da Covid-19 investigar Estados e municípios

O senador Eduardo Girão (Podemos-CE) conseguiu, na manhã desta segunda-feira, 12, 34 assinaturas de apoio ao pedido para a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19 que investigue prefeitos e governadores. Segundo apurou a Jovem Pan, Girão pretende protocolar o requerimento nesta terça-feira, 13, no início da sessão do Senado. A articulação começou no início de março, mas ganhou o endosso de parlamentares governistas neste final de semana, no momento em que aliados do presidente Jair Bolsonaro trabalham para esvaziar a CPI pedida pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), líder da Oposição no Senado, que prevê apenas a investigação da condução do governo federal no enfrentamento à pandemia do novo coronavírus e do colapso em Manaus. O pedido de Girão conta com as assinaturas dos senadores Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho do presidente da República; Ciro Nogueira (PP-PI), presidente nacional do Progressistas, partido da base aliada do governo; Márcio Bittar (MDB-AC), relator do Orçamento; e do líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE). O texto defende que a CPI deve se concentrar na investigação de fatos revelados por operações da Polícia Federal (PF) em Estados e municípios desde o início da pandemia. “Diversos foram os atores e alvos dessas apurações de corrupção – de norte a sul do país. Governadores e secretários de saúde foram afastados – e presos –, casas de assessores foram revistadas e diversos nomes passaram a figurar entre os investigados”, diz a petição. “Ocorre que, em face dos bilhões de reais repassados pelo Executivo Federal aos entes federados, além de verbas oriundas das próprias fontes municipais e estaduais e diante das brechas escancaradas por uma legislação criada”, acrescenta. Na quinta-feira, 8, o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), instale a CPI da Covid-19, uma vez que o requerimento de Randolfe Rodrigues já havia alcançado o mínimo de 27 assinaturas. A decisão de Barroso gerou reação do presidente Jair Bolsonaro. “Falta coragem moral para o Barroso e sobra ativismo judicial. Não é disso que o Brasil precisa”, disparou, acusando o ministro de fazer “politicalha”. Bolsonaro também apontou uma suposta ligação de Barroso com a oposição no Senado Federal e chamou a decisão dele de “uma jogadinha casada” com a bancada de esquerda para desgastar o governo.
MT: Setasc fornece apoio técnico aos municípios durante a pandemia

A Secretaria de Estado de Assistência Social e Cidadania (Setasc), por meio da Secretaria Adjunta de Assistência Social (Saas), oferta apoio técnico individualizado às gestões municipais de assistência social do Mato Grosso. O objetivo é assessorar os municípios no que tange às demandas imediatas de gestão e operacionalização do Sistema Único de Assistência Social (Suas). Para esta semana estão agendados os municípios de Santo Antônio do Leste, Primavera do Leste e Poxoréu, na modalidade online (videoconferências), seguindo as recomendações de prevenção dos riscos de disseminação do coronavírus (COVID 19). Já passaram por este mesmo processo, no mês de março, os municípios de Tesouro, Barra dos Bugres, Nova Maringá, Nova Canaã do Norte, Paranatinga, Figueirópolis D’Oeste, Feliz Natal, Aripuanã e Altos Garças. De acordo com a secretária adjunta de Assistência Social, Leicy Vitório, o apoio técnico tem a finalidade aprimorar e qualificar a oferta dos serviços, benefícios, programas e projetos socioassistenciais do Suas. “Resolvemos promover esses encontros para que as novas gestões dos municípios do Estado tenham o conhecimento sobre a operacionalização e a gestão do Suas”, explica. A secretária relata que as principais dúvidas dos profissionais são: acesso do sistema de cadastro, o Cadsuas; a utilização dos recursos federais e estadual; os procedimentos para a reprogramação de saldo e o trabalho social com as famílias e indivíduos pelos serviços socioassistenciais realizados nos Centros de Referência da Assistência Social (CRAS).
CNM pede coordenação para enfrentar covid-19

O presidente da Confederação Nacional de Municípios (CNM), Glademir Aroldi, afirmou hoje (12) que não existe estoque de vacinas nas cidades. “As vacinas estão sendo administradas de acordo com as orientações do Ministério da Saúde, o qual orientou a reserva do imunizante para a aplicação da segunda dose”, disse Aroldi em audiência pública na Comissão Temporária da Covid-19 do Senado. Para ele, faltam uma coordenação nacional da estratégia de combate à covid-19 e um mapeamento da propagação das novas variantes. “[Isso] combinado com uma baixa testagem da população, resulta num cenário em que estamos apenas enxugando gelo”, afirmou. De acordo com o Painel Nacional, até o dia 11 de abril já foram vacinados com a primeira dose mais de 20,5 milhões de brasileiros, e com a segunda dose, 6 milhões. Sendo assim, observou o presidente da CNM, além dos grupos prioritários com vacinação em andamento é preciso assegurar a vacinação de segunda dose para 14,5 milhões de pessoas. Ainda para o presidente da CNM, a diferença que aparece no Painel do Ministério da Saúde, entre doses entregues aos municípios e doses aplicadas na população, não corresponde à realidade. Aroldi disse, ainda, que o ministério lança no sistema como dose entregue assim que libera os lotes e até estas vacinas estarem disponibilizadas para aplicação na ponta, o sistema informa como estoque não aplicado. Outro motivo listado pela CNM foi a incerteza na entrega de novas remessas, o que impõe reservas para a aplicação da segunda dose. Além disso, a digitalização no sistema das doses efetivamente utilizadas é efetuada apenas nos dias após a aplicação e ainda são várias as reclamações de municípios com problemas de carregamento das informações pelo sistema do Ministério da Saúde, que apresenta grande instabilidade, o que atrasa ainda mais o registro das doses já aplicadas, argumentou. Aos senadores, o presidente da CNM disse que os municípios brasileiros têm uma capacidade de aplicar 1,5 milhão de doses por dia. E podem ampliar rapidamente esta capacidade. Colapso O presidente da CNM também chamou atenção para o colapso do Sistema de Saúde, que, segundo ele, não está ocorrendo somente na rede hospitalar. “Observamos a mesma situação na rede de atenção básica, constituída como a porta de entrada do SUS [Sistema Único de Saúde] para todos os problemas de saúde dos brasileiros”, afirmou, acrescentando que a rápida saturação da Rede de Atenção Especializada levou também ao aumento explosivo de atendimentos na atenção primária, válvula de escape para os pacientes que não encontram leitos nos hospitais. “Desde o início da pandemia estamos realizando semanalmente pesquisas e consultas aos prefeitos para identificar as dificuldades, anseios e necessidades de cada uma das nossas 5.568 cidades. O quadro nunca foi tão dramático como agora”, garantiu. Segundo levantamento da confederação, nas duas semanas entre o fim de março e início de abril, cerca de 48% dos prefeitos relataram que o hospital de referência da sua região estava em risco iminente de ficar sem medicamentos do chamado kit intubação. Já no levantamento dessa última semana, que contou com a resposta de 3.169 prefeitos, este percentual recuou para 38,1%. A diminuição foi atribuída pela entidade às ações implementadas pelos gestores locais em cada município. Ainda nas duas semanas entre o fim de março e início de abril, o levantamento apontou que 26% dos prefeitos relataram risco iminente de falta de oxigênio. Nesta última semana, este percentual também caiu para 18,6%. Editado por Diana Bueno