Brasileiros não confiam um no outro e isso atrapalha o crescimento econômico, diz BID

Brasileiros e latino-americanos confiam menos nas pessoas do que o resto do mundo e isso está contribuindo para o baixo desenvolvimento econômico e social da região. É o que conclui estudo do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). O documento, que será divulgado nesta quinta-feira, 13, mostra que apenas 12,60% dos latino-americanos confiam na maioria das pessoas. Último colocado entre os vizinhos, o Brasil tem desconfiança ainda maior: somente 4,69% dos brasileiros acreditam uns nos outros. O porcentual está abaixo da média mundial (25%) e dos países ricos que integram a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que é de 41%. O estudo analisou correlações entre a confiança e questões como níveis de produtividade, inovação e formalização do mercado de trabalho e concluiu que, quanto maior o descrédito, pior são as questões econômicas e sociais. Na América Latina, o nível de confiança é maior justamente em países com maior desenvolvimento econômico e humano: no Uruguai (21,08%), México (18,37%) e Chile (17.07%). Na Argentina, o porcentual é de 16,15%. O penúltimo colocado, ainda à frente do Brasil, é a Venezuela, com 5,21%. “Quando pensamos em política pública, vêm à cabeça temas como reformas fiscais e produtividade, que são essenciais, evidentemente, mas a confiança também é um tema central para a recuperação econômica”, disse ao Broadcast o representante do BID no Brasil, Morgan Doyle. Doyle ressaltou que a desconfiança prejudica o apoio a reformas, trava a inovação e prejudica a redução da burocracia. “Com este estudo, queremos jogar os holofotes sobre a questão. A boa notícia é que o Brasil tem ferramentas para superar esse desafio: é enorme o potencial do País, por exemplo, em digitalização, uma das chaves para aumentar transparência, empoderar cidadãos e gerar mais confiança”, citou. Soluções Para o BID, aumentar a confiança é fundamental para a recuperação econômica na América Latina e Caribe no pós pandemia. “A confiança é o problema mais urgente e ainda assim menos discutido na América Latina e no Caribe. Seja nos outros, no governo ou em empresas, a confiança é menor na região do que em qualquer outro lugar do mundo”, afirma o texto. O estudo oferece recomendações para os formuladores de políticas públicas de como reduzir o problema. De acordo com o organismo, é necessário reduzir as diferenças no acesso à informação, “investindo em órgãos reguladores de alta qualidade e educando e informando melhor os cidadãos para lhes dar as condições necessárias para detectar e evitar comportamentos não confiáveis”. “Os governos também precisam reduzir as assimetrias de poder, aumentando a prestação de contas e fortalecendo instituições de controle externas para que os cidadãos e empresas sintam que podem confiar nessas instituições quando forem desrespeitados por governos, empresas ou outros cidadãos”, completa o BID. Da Redação Prefeitos & Governantes
Estados voltam a ter medidas restritivas com aumento de casos de covid

Diversos estados passaram a retomar ou adotar novas medidas de restrição para aglomerações ou para a realização de determinadas atividades diante do aumento dos casos de covid-19 puxado pela disseminação da variante Ômicron. As novas regras restritivas alteram o cenário de flexibilização que ganhou força a partir do último trimestre do ano passado, quando limitações para eventos maiores e atividades com maior risco de contaminação passaram a ser admitidas em todo o país. Confira como está a situação dos estados: Piauí No Piauí segue vigente decreto Nº 20.439, publicado em 28 de dezembro de 2021, que fixa restrição e horário até as 18 h para comércios e até as 22 h para shoppings centers. Mercados e congêneres (mercearias, padarias etc..) podem operar até as 24 h, desde que não permitam a entrada de novos clientes depois desse horário. A norma estipula regras para atividades em locais públicos abertos, como parques, praças e praias. Eventos abertos, teatros e cinemas podem funcionar com 50% da capacidade de público e eventos semiabertos, com até 500 pessoas. Foi definida a exigência de comprovante de vacinação para boates, casas de espetáculos, festas, eventos, academias de ginástica, estádios, cinemas, teatros, museus, conferências, galerias e parques de diversão. Pernambuco A partir de sexta-feira (14) passam a valer novas regras, válidas inicialmente até o dia 31 de janeiro. Em estabelecimentos de alimentação como restaurantes e bares será exigido passaporte vacinal com duas doses para pessoas de até 54 anos e com dose de reforço para pessoas com 55 anos ou mais. As mesas não podem ter mais de 20 pessoas. A exigência de comprovação de vacinação também valerá para teatros, cinemas e museus, além da orientação de distanciamento mínimo de 1 metro. Caso o local ou evento contenham mais de 300 pessoas passa a ser requisito também o exame negativo, sendo de 24 h antes para antígeno e de 72 horas para PCR. Foram estabelecidos limites para público de 3 mil em locais abertos e 1 mil em locais fechados ou 50% da capacidade do estabelecimento. As cidades de Olinda e Recife anunciaram o cancelamento dos carnavais deste ano. Bahia O governo anunciou nesta semana o limite de 3 mil pessoas para eventos, incluindo jogos de futebol. Também deve ser respeitada a restrição de uso de metade da capacidade de cada local. Para eventos já são exigidos o passaporte vacinal e o uso obrigatório de máscara. O requisito da comprovação de vacinação para entrar foi definido também para acesso a bares e restaurantes. Segue obrigatória nesses estabelecimentos o uso de máscaras de proteção facial. O governo do estado também anunciou o cancelamento do carnaval de 2022. Ceará Na semana passada foi publicado decreto fixando novas regras para encontros. Eventos em geral foram restringidos para o limite de 500 pessoas em situações abertas e 250 pessoas em locais fechados. As exigências valerão por pelo menos 30 dias a contar de 6 de janeiro. Os festejos de carnaval também foram cancelados no estado. Governo do Maranhão tornou obrigatório uso de máscaras em locais fechados – Raquel Portugal/FioCruz Maranhão O governo do Maranhão editou decreto retomando a obrigatoriedade do uso de máscaras em locais fechados. A regra já existia, mas apenas para os municípios que tivessem menos de 70% da população completamente vacinada. Amazonas O governo editou novo decreto segundo o qual ficou proibida a realização de eventos com venda de ingressos. Os encontros privados, como casamentos, aniversários e outros tipos de encontro, ficam limitados a 50% da capacidade do local e a 200 pessoas. As multas pelo descumprimento das novas obrigações poderão variar de R$ 50 mil a R$ 500 mil. Amapá O governo do Amapá editou decreto (Nº 4 de 2022) prorrogando medidas de restrição visando combater a circulação do coronavírus. Eventos em boates e casas de shows devem seguir protocolos como respeito a 50% da capacidade dos locais, exigência de passaporte vacinal e mesas a pelo menos 1 metro de distância. Eventos esportivos em estádios, ginásios e locais semelhantes devem também respeitar o limite de 50% da capacidade, além de exigir o uso de máscaras. Eventos sociais em ambientes fechados ou mistos também devem seguir essa limitação, além de poder ocorrer somente no intervalo das 7 h às 2 h. Eventos corporativos também devem ficar restritos à metade da capacidade, com horário das 7 h às 3 h. As mesas devem guardar pelo menos 1 metro de distância entre cada uma. Bares também precisam respeitar o distanciamento mínimo de 1 metro e de mesas com no máximo seis cadeiras. Igrejas e templos religiosos podem abrir, desde que assegurem distância de pelo menos 1 metro entre cada pessoa. Governo de São Paulo anunciou o limite de 70% da capacidade para eventos esportivos – Staff Images/Conmebol/Direitos Reservados São Paulo Em São Paulo, o governo anunciou o limite de 70% da capacidade para eventos esportivos, como jogos de futebol. Nos demais eventos, a redução da capacidade nessa proporção foi definida como orientação a ser avaliada individualmente pelas prefeituras. O carnaval da capital paulistano em 2022 também foi cancelado pela prefeitura. Distrito Federal Em decreto publicado na quarta-feira (12), o governo do Distrito Federal proibiu eventos com cobranças de ingressos, incluindo shows, festivais e encontros realizados em casas de festas ou estabelecimentos parecidos. O DF já havia anunciado o cancelamento do carnaval este ano por conta do risco associado à variante Ômicron. A decisão proibiu também eventos públicos ou privados associados à folia, como desfiles de escola de samba e blocos de carnaval.
Secretário de Saúde de SP, afirmou que 2022 deve começar com as mesmas preocupações e medidas de segurança do ano passado

A âncora da CNN Daniela Lima conversou, nesta quarta-feira (22), com o secretário de Saúde da cidade de São Paulo, Edson Aparecido, que fez uma análise de como o próximo ano deve ser em relação à Covid-19. O secretário disse acreditar que 2022 deve começar da mesma forma que 2021, com as mesmas preocupações e medidas de segurança. “Olhando o que aconteceu lá fora, quando a Ômicron se tornou prevalente, nós já começamos a preparar o sistema de Saúde para enfrentar uma possível nova alta de casos sem janeiro”, afirmou. A nova variante, que foi identificada em 25 de novembro, gerou preocupação e medidas restritivas em países da Europa. A Holanda, por exemplo, entrou em um lockdown estrito no último domingo (19), e o Reino Unido registrou mais de 106 mil casos de Covid-19 nesta quarta-feira, passando a marca de 100.000 pela primeira vez desde o início da pandemia. Apesar da preocupação, Edson Aparecido lembra que o Brasil sofreu menos com a Delta, a variante anterior. Como São Paulo vacinou bastante a população, o secretário acredita que isso será uma arma contra a Ômicron, além do uso de máscaras. A capital de São Paulo também enfrenta uma alta de internações por causa da Influenza H3N2, a nova variante da gripe. Se a Ômicron se espalhar no Brasil da forma que fez na Europa, pode haver o risco de os hospitais ficarem sobrecarregados com internações pelas duas doenças, o que preocupa a secretaria. Da Redação Prefeitos & Governantes
Conselho recomenda qualificação de leilões de transmissão de energia no PPI

Foi publicada nesta quinta-feira, 13/01, a resolução do Conselho do Programa de Parceria de Investimentos – CPPI. O dispositivo recomenda a qualificação de projetos e empreendimentos públicos federais do setor de energia no âmbito do Programa de Parcerias de Investimentos – PPI. A resolução ainda opina favoravelmente sobre a deliberação do Presidente da República para qualificação, no âmbito do Programa de Parcerias de Investimentos – PPI, dos seguintes empreendimentos públicos federais do setor de energia elétrica: I – 1º Leilão de Transmissão de Energia Elétrica de 2022; e II – 2º Leilão de Transmissão de Energia Elétrica de 2022. Veja a resolução na íntegra aqui: https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/resolucao-cppi-n-215-de-16-de-dezembro-de-2021-373601190. Da Redação Prefeitos & Governantes