Petrobras revela descoberta de mais petróleo no pré-sal

A Petrobras descobriu nova acumulação de petróleo no pré-sal da porção sul da Bacia de Campos, em poço pioneiro no bloco Alto de Cabo Frio Central. O poço 1-BRSA-1383A-RJS (Alto de Cabo Frio Central Noroeste) está localizado a 230 km da cidade do Rio de Janeiro-RJ, em profundidade d’água de 1.833 metros. A informação foi repassada pela estatal por meio de nota à imprensa. O intervalo portador de petróleo foi constatado por meio de perfis elétricos e amostras de óleo, que serão posteriormente caracterizados por meio de análises de laboratório. O consórcio dará continuidade às operações de perfuração do poço até a profundidade final, originalmente prevista, visando avaliar as dimensões da nova acumulação, além de caracterizar a qualidade dos fluidos e dos reservatórios constatados.  O resultado é fruto de uma estratégia bem-sucedida do consórcio baseada na máxima utilização dos dados, e na aplicação de novas soluções tecnológicas em Big Data e Inteligência Artificial, potencializadas pelo uso de supercomputadores e recursos de HPC (High Performance Computing), possibilitando o processamento dos dados adquiridos em tempo real e permitindo tomadas de decisão de forma ágil e segura. O bloco Alto de Cabo Frio Central foi adquirido em outubro de 2017, na 3ª rodada de licitação da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), sob o regime de Partilha de Produção, tendo a Pré-Sal Petróleo S.A. (PPSA) como gestora.  Da Redação

Frente quer avançar iniciativas pelo desenvolvimento de cidades inteligentes no Brasil

.Desde o dia 24 de março, uma nova frente parlamentar mista luta pelo desenvolvimento de cidades inteligentes, um conceito relativamente novo que define a cidade como um espaço urbano orientado para o desenvolvimento econômico sustentável e o uso de tecnologias para conectar serviços que elevem a qualidade de vida dos moradores. A frente é coordenada pelo vice-presidente da Câmara, deputado Marcelo Ramos (PSD-AM), que explica que o termo “cidade inteligente” remete a tecnologia, mas não é apenas isso. Uma cidade inteligente diminui a necessidade de deslocamento das pessoas para obter um serviço. “Quando você organiza a cidade de tal modo que as pessoas têm próximos à sua moradia todos os serviços de que ela precisa, você economiza o deslocamento, economiza no sistema de transportes coletivo, economiza combustível, emite menos gás carbônico”, disse. Para Ramos, uma cidade inteligente é uma cidade mais eficiente, que é capaz de “prestar melhores serviços a um custo menor porque ela facilita a vida das pessoas com inteligência.” Parcerias A finalidade da frente parlamentar é reunir deputados, senadores e instituições públicas e privadas na missão de promover avanços sociais e de cidadania a partir de soluções tecnológicas e inovadoras. Por isso, o coordenador da frente parlamentar explica que não é possível abrir mão da tecnologia. O desafio, aí, passa a ser outro, que se torna viável com o reforço das parcerias público-privadas. “Não adianta nada eu criar um novo mecanismo de controle do sistema de transporte coletivo que permita que o cidadão saiba por aplicativo de celular a hora que o ônibus dele vai passar se a população mais humilde não tem condições de comprar um smartphone”, afirmou. Para o deputado, é preciso “linkar” dentro da parceria público-privada ações de espaços compartilhados de acesso digital ou mesmo ações de inclusão digital para as comunidades mais carentes. Uma das palavras de ordem de uma cidade inteligente, disse Marcelo Ramos, é sustentabilidade. Em todos os sentidos, inclusive a sustentabilidade econômica, mas também a ambiental. “Não existe cidade inteligente que polui muito, que emite mais CO2. Nós temos dois desafios para o futuro do Brasil e da Humanidade. O primeiro é entregar às próximas gerações um planeta habitável. Não podemos brincar com essa questão de emissão de gás de efeito estufa. E a segunda é perceber que a redução de emissões é hoje um instrumento econômico poderosíssimo que pode gerar riqueza, que pode combater a pobreza em vários estados da federação na medida em que a gente regulamentar o mercado de crédito de carbono no Brasil.” Marco regulatório Uma das primeiras missões da frente parlamentar é fazer avançar a atualização de marcos regulatórios e a instituição da Política Nacional de Cidades Inteligentes, prevista em um projeto apresentado em 2021 (PL 976/21). A PNCI define os princípios gerais e objetivos que deverão ser seguidos pelos municípios, responsáveis constitucionais pela política urbana. A proposta prevê apoio federal na implantação das medidas, com a criação de um fundo de financiamento. Projeto de lei A Frente Parlamentar se estabelece estrategicamente numa legislatura em que o Congresso Nacional discute a consolidação e a atualização de marcos regulatórios diversos relacionados direta ou indiretamente à temática, a exemplo da instituição da Política Nacional de Cidades Inteligentes (PNCI) – formulada no Projeto de Lei 976/21. “Precisamos de municípios mais eficientes e cidade inteligente tem tudo a ver com município que presta melhor serviço à população a menores custos. Isso não significa somente embarcar tecnologia, medidas criativas, inovadoras, como aproximar serviços dos cidadãos, evitando grandes deslocamentos nas cidades”, disse Marcelo Ramos. O deputado lembra que os membros da frente estão aprofundando os debates sobre o tema na Câmara e no Senado. “Firmo, hoje, o compromisso de fortalecer, através da Frente Parlamentar, os municípios brasileiros por meio de um Marco Regulatório das Cidades Inteligentes”, disse Ramos. Engajar os jovens Para o deputado Evair Melo, cidade inteligente é sinônimo de conectividade, tecnologia e inovação. “É a melhor forma de engajarmos os nossos jovens na criação e no desenvolvimento de soluções. Na era digital que vivemos, a juventude deve ocupar posição de protagonismo, com liberdade para pensar e agir, de modo que a gestão municipal seja cada vez mais eficiente e integrada”, destacou Melo. Já o senador Izalci Lucas apontou que a existência de cidades mais acessíveis, diante de uma população cada vez maior, é um grande desafio. “A população reivindica mais segurança e mobilidade. E as cidades inteligentes também atingem outros setores como a educação e o meio ambiente”, afirma o senador. Da Redação, com informações da Câmara dos Deputados