Nos estados, PL e PT são partidos com mais deputados em assembleias legislativas

O PL, partido de Jair Bolsonaro, e o PT, partido de Luiz Inácio Lula da Silva, não elegeram apenas o maior número de deputados federais, mas também de deputados estaduais. Segundo levantamento feito pelo portal g1, o PL chegou a 129 deputados nas assembleias legislativas e na Câmara Legislativa do Distrito Federal e triplicou o número em relação a 2018, quando elegeu 43 deputados estaduais. O partido conquistou 12,18% do total de eleitos. O partido de Bolsonaro tem maioria nas assembleias do Espírito Santo, do Rio de Janeiro, de Santa Catarina e de São Paulo, além do Distrito Federal. Já o Partido dos Trabalhadores teve 118 deputados estaduais eleitos, sendo que em 2018 foram 85. A legenda tem maioria em Minas Gerais, no Piauí e no Rio Grande do Sul. O levantamento mostra que o partido que mais aumentou o número de deputados foi o Republicanos, que subiu de 42 para 76. O PSDB, por outro lado, teve queda de 26%: elegeu 54 deputados estaduais este ano, enquanto, em 2018, foram 73. O União Brasil foi o partido com a terceiro melhor número: elegeu 100 deputados para as assembleias legislativas. A legenda é a junção do DEM com o PSL. Da Redação

Quais partidos avançaram e quais perderam cadeiras na Câmara dos Deputados nestas eleições?

O partido do atual presidente Jair Bolsonaro (PL) consolidou nestas eleições a posição de maior bancada da Câmara dos Deputados, com crescimento dos 76 deputados atuais para 98 na próxima legislatura. São 22 a mais do que na legislatura anterior. Mesmo que não se inviabilize uma eventual eleição de Inácio Lula da Silva e sua governabilidade em caso de vitória no segundo turno, este resultado revela que o campo da direita mais extremada veio para fincar suas bandeiras no Congresso. E não define governabilidade porque o alinhamento com Bolsonaro, dado o histórico do PL, é fisiológico e só existe, de fato, no caso de vitória de Bolsonaro. Uma vez definida a eleição, o PL volta a ser Centrão e deixa de ser governo, passando a negociar de acordo com seus interesses como sempre fez. Na cola do PL, vem a federação PT-PCdoB-PV, com 80 deputados eleitos (PT – 68, PCdoB – 6, e PV – 6). Doze a mais do que os três partidos  possuem na legislatura atual, com 68 parlamentares. Mas a conta real que precisa ser feita é que os partidos do campo progressista ou como se convencionou chamar, à esquerda, somam 138 cadeiras. O que em caso de vitória do petista, se transformará na base do governo. Isso inclui os dez partidos que apoiam Lula, mais o PDT de Ciro Gomes – indeciso sobre o apoio –, mas que também é de Carlos Lupi, mas suscetível apoiar Lula. Juntas, as legendas somam 59 vagas. Já o PSL se uniu ao DEM e se tornou União Brasil, que hoje tem 51 deputados e terá a terceira maior bancada a partir de 2023, com 59 deputados. O cenário repete a aparente polarização política iniciada em 2018, quando o PT elegeu 54 deputados e o PSL, então partido do presidente Jair Bolsonaro, 52. Confira quem cresceu e quem encolheu PL – 98 (22 a mais) PT/PCdoB/PV – 80 (12 a mais) União – 59 (8 a mais) PP – 47 (11 a menos) PSD – 42 (4 a menos) REP – 42 (2 a menos) MDB – 42 (5 a mais) PSDB/Cidadania – 18 (11 a menos) PDT – 17 (2 a menos) PSB – 14 (10 a menos) PSol/Rede – 14 (4 a mais) Podemos – 12 (3 a mais) Avante – 7 (1 a mais) PSC – 6 (2 a menos) Solidariedade – 4 (4 a menos) Patriota – 4 (1 a menos) Novo – 3 (5 a menos) Pros – 3 (1 a menos) PTB – 1 (2 a menos) 19 partidos Conforme dados do site da Câmara dos Deputados, a fragmentação partidária continua sendo uma marca do sistema político-eleitoral brasileiro, embora novas regras venham diminuindo ao longo do tempo o número de partidos com representação. Em 2018, saíram das urnas deputados de 30 partidos diferentes, número que foi reduzido para 23 na composição atual da Câmara. Após as federações e as eleições de 2022, haverá 19 partidos com representação na Câmara dos Deputados. Atuação no Congresso O tamanho das bancadas é fundamental na atuação parlamentar. As presidências das comissões e as vagas na Mesa Diretora são definidas a partir da proporcionalidade partidária, ou seja, as maiores legendas ou blocos ocupam os cargos mais importantes da Casa. A composição das casas do Congresso (Câmara e Senado) também tem impacto direto na governabilidade do presidente eleito, já que ele terá de negociar a votação das pautas prioritárias com as legendas. Tamanho das bancadas e financiamento O tamanho das bancadas no Congresso também tem impacto direto no financiamento dos partidos, pois a maior fatia dos recursos do Fundo Partidário é repartida entre os partidos de acordo com a votação para deputado federal. Bancadas maiores também recebem mais recursos do fundo especial que financia as campanhas eleitorais e do tempo de televisão. Justiça Eleitoral pode alterar configuração do Congresso Os resultados finais para ocupação de cadeiras no Congresso do último ainda poderão ser alterados em decorrência de eventuais recursos decididos pela Justiça Eleitoral. O Judiciário analisa ações sobre abuso do poder econômico e político nas eleições, ou se o candidato registrado de fato tem todos os requisitos para exercer o cargo. Da Redação Foto: Wilton Junior/Estadão / Estadão

Veja quem são os 27 senadores eleitos neste domingo

Neste domingo (2/10), eleitores de todo o país escolheram um representante de cada um dos 26 estados e do Distrito Federal para o Senado. Veja abaixo nas regiões e depois nos estados para conhecer os senadores eleitos. Eles terão um mandato de oito anos, que começa em 1º de fevereiro de 2023.

Em 14 estados e no DF governadores são eleitos no 1º turno

Os eleitores de 14 estados e do Distrito Federal resolveram a eleição para governador já no primeiro turno. De acordo com a Constituição de 1988, o candidato precisa ter 50% dos votos válidos mais um voto para ser eleito sem a necessidade de uma segunda rodada. Outros 12 estados terão segundo turno. Do ponto de vista proporcional, as votações mais expressivas deste primeiro turno foram a do Pará (Helder Barbalho – MDB), a do Mato Grosso (Mauro Mendes – União) e a do Paraná (Ratinho Júnior – PSD), em que os eleitos conseguiram em torno de 70% dos votos válidos. Em outros 12 estados, haverá 2º turno no próximo dia 30 de outubro. Esse índice é superior ao de 10 governadores que conseguiram se reeleger nas eleições de 2018. Conheça os novos governadores. ACRE Gladson Cameli (PP) foi reeleito governador do Acre, com quase 57% dos votos. Nasceu em Cruzeiro do Sul (AC), no dia 26 de março de 1978. Engenheiro e empresario, Cameli já ocupou os cargos de deputado federal e de senador. Ele é sobrinho do ex-governador Orleir Cameli, que morreu em 2013. A vice é a senadora Mailza Gomes, também do Progressistas, de 45 anos. AMAPÁ Clécio (SD) foi eleito governador com quase 53,6% dos votos. Clécio Luís Vilhena Vieira nasceu em Belém (PA), no dia 8 de abril de 1972. Ele já foi vereador de Macapá, em duas oportunidades, eleito em 2004 e 2008. Também foi prefeito da capital, deixando o Executivo Municipal após oito anos, em 2020. Seu vice é Teles Jr.  CEARÁ Elmano de Freitas (PT) foi eleito governador ao conquistar 54% dos votos. Ele nasceu no dia 12 de abril de 1970, em Baturité (CE). Advogado, o deputado estadual é filiado ao Partido dos Trabalhadores desde 1989. Atuou na Rede Nacional de Advogados Populares (Renap), bem como na defesa jurídica e política do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra). Elmano também foi secretário de Educação de Fortaleza (CE). DISTRITO FEDERAL Ibaneis (MDB) foi reeleito depois de conquistar 50,3% dos votos. Ele nasceu no dia 10 de julho de 1971, em Brasília (DF). Ibaneis Rocha Barros Júnior é formado em direito pelo Centro Universitário de Brasília (UniCeub), fez pós-graduação em processo do trabalho e processo civil e é mestrando em gestão e políticas públicas pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. GOIÁS Ronaldo Caiado (União) foi reeleito governador de Goiás com 51,8% dos votos. Seu vice é Daniel Vilela. Ronaldo Ramos Caiado nasceu no dia 25 de setembro de 1949, no município de Anápolis (GO). Ele é médico, professor e produtor rural. Iniciou a vida política como deputado federal, cargo que exerceu por quatro mandatos consecutivos: de 1991 a 2015. Também foi senador, entre os anos de 2015 e 2018. MARANHÃO Carlos Brandão (PSB), 64 anos, é o atual governador e nesta eleição obteve mais de 51% dos votos válidos. Ele assumiu o estado em abril devido à desincompatibilização do titular Flávio Dino. É empresário e médico veterinário, formado pela Universidade Estadual do Maranhão. Foi deputado federal (2007-2014) e vice-governador entre 2015 e 2022. O vice-governador na chapa é o professor universitário Felipe Camarão (PT), 40 anos. MATO GROSSO Mauro Mendes (União) conquistou a reeleição com 68,5% dos votos. Otaviano Piveta será o vice-governador. Mauro Mendes Ferreira nasceu em Anápolis (GO), no dia 11 de abril de 1964. Formado em engenharia elétrica, ele foi presidente da Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso (FIEMT) e do sistema Sesi/Senai entre os anos de 2007 e 2010. Mendes também foi prefeito de Cuiabá (MT), de 2013 a 2016. MINAS GERAIS Romeu Zema (Novo) foi reeleito com pouco mais de 56% dos votos no primeiro turno. Seu vice é Mateus Simões de Almeira, conhecido como professor Mateus. Romeu Zema Neto nasceu no dia 28 de outubro de 1964, no município de Araxá (MG). Ele é dono do Grupo Zema, um conglomerado de empresas de diferentes setores. A sua primeira experiência na vida política foi justamente como governador de Minas Gerais, cargo para o qual foi eleito em 2018. PARÁ Helder Barbalho (MDB) foi reeleito com 70% dos votos válidos. Sua vice é Hana Ghassan Tuma. Helder Zahluth Barbalho nasceu no dia 18 de maio de 1979, em Belém (PA). Formado em administração, já foi vereador, deputado, prefeito eleito e reeleito em Ananindeua (PA). Também foi presidente da Federação das Associações de Municípios do Estado do Para (Famep) e ministro da Pesca, Portos e Integração Nacional no governo de Michel Temer (MDB). PARANÁ Carlos Roberto Massa Júnior, conhecido como Ratinho Júnior (PSD), foi reeleito governador do Paraná com mais de 69% dos votos. Seu vice é Darci Piana. Ratinho Júnior nasceu em no dia 19 de abril de 1981, em Jandaia do Sul (PR). Ele começou sua carreira política em 2002, quando foi eleito deputado estadual no Paraná. Em seguida, foi deputado federal por dois mandatos consecutivos (2007-2013) e, novamente, eleito deputado estadual em 2014. Em 2018, foi eleito governador do Paraná. PIAUÍ Rafael Fonteles (PT) foi eleito depois de conquistar 57% dos votos. Ele nasceu no dia 6 de maio de 1985, em Teresina (PI). Bacharel em matemática pela Universidade Federal do Piauí (UFPI), ele tem mestrado em economia matemática (IMPA-RJ). Secretário estadual da Fazenda (2015-22), renunciou para concorrer ao governo. Presidiu por dois mandatos o Conselho Nacional dos Secretários de Fazenda (Confaz). RIO DE JANEIRO Cláudio Castro (PL) foi reeleito com 58,6% dos votos. Cláudio Bomfim de Castro e Silva nasceu no dia 29 de março de 1979, na cidade de Santos (SP). Além de advogado, também é músico, compositor e cantor, autor de dois álbuns de música católica. Como vice-governador, assumiu interinamente o governo do estado em 28 de agosto de 2020 em decorrência do afastamento do titular Wilson Witzel. RIO GRANDE DO NORTE Com 58,3%, Fátima Bezerra (PT) foi reeleita governadora do Rio Grande do Norte. Seu vice é Walter Alves. Maria de Fátima Bezerra nasceu em Nova Palmeira (PB), no dia 19 de maio de 1955. Formada

Rodrigo Garcia, Moro, Zema e Claudio Castro declaram apoio a Bolsonaro no segundo turno

Ao lado do presidente, os governadores reeleitos de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), e do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), declararam na manhã desta terça-feira (4) apoio a Bolsonaro. Ele também conquistou o apoio de Rodrigo Garcia (PSDB), governador de São Paulo que foi derrotado em sua tentativa de reeleição, no último domingo (2). Pelas redes sociais, o ex-juiz e ex-ministro Sergio Moro (União Brasil), que deixou o governo em 2020 rompido com o presidente, também declarou apoio a Bolsonaro nesta terça-feira (4). Senador eleito pelo Paraná, Moro escreveu: “Lula não é uma opção eleitoral, com seu governo marcado pela corrupção da democracia. Contra o projeto de poder do PT, declaro, no segundo turno, o apoio para Bolsonaro”. Da Redação

Janja liga para Tebet para conversar com candidata do MDB sobre apoio ao PT

A senadora Simone Tebet (MDB-MS) já sinalizou a aliados que irá declarar apoio a Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na campanha presidencial. A candidata do MDB, que terminou a disputa em terceiro lugar, conversou com o ex-presidente em ligação intermediada pela mulher de Lula, Rosângela da Silva, conhecida como Janja. Os dois devem se encontrar após o MDB liberar oficialmente o apoio de Tebet. Pessoas próximas a Tebet disseram que a senadora também recebeu uma ligação do ex-governador Geraldo Alckmin (PSB), candidato a vice de Lula, mas a equipe de Alckmin nega. Interlocutores da senadora dizem que ela resiste a um engajamento na campanha do petista e deve fazer um apoio crítico, sem participar de agendas ao lado do candidato do PT. Uma pessoa próxima a ela afirmou que ela não será “enfática” no apoio. A campanha de Lula considera o apoio de Tebet fundamental para vencer Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno. Isso porque, além de ter terminado a corrida eleitoral em terceiro lugar, ela ficou marcada como uma voz de oposição ao atual presidente da República. Da Redação

Carlos Lupi, presidente do PDT declara apoio a Lula; Ciro apoia sem citar nome de ex-presidente

O presidente do PDT, Carlos Lupi, declarou nesta 3ª feira (4.out.2022) o apoio do partido ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na disputa pelo 2º turno das eleições contra Jair Bolsonaro (PL). “Tomamos a decisão unânime de apoiar o mais próximo da gente, que é a candidatura do Lula. Que eu chamo de candidatura do 12+1”, afirmou Lupi. Segundo o dirigente, o partido decide e “todos os filiados têm que acatar essa decisão”. Em vídeo para as redes sociais, Ciro Gomes mostrou seu apoio total ao PT sem citar o nome de Lula. No 1º turno, o candidato do PDT à Presidência, Ciro Gomes, ficou em 4º lugar, com 3,6 milhões de votos, atrás de Simone Tebet, do MDB, que teve 4,9 milhões de votos. Da Redação

TSE: 100% das urnas foram apuradas; atraso se deu por substituição de urna no Amazonas

Com 100% dos votos contabilizados, a apuração do primeiro turno das eleições de 2022 terminou na manhã desta terça-feira (4). O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), 76 anos, teve 48,43% dos votos. No total foram 57.259.504 votos para o petista. O número representa 6,1 milhões de votos a mais do que Jair Bolsonaro (PL), 67 anos. O candidato à reeleição recebeu 51.072.345 votos (43,20% dos votos válidos). O segundo turno do pleito será realizado em 30 de outubro. Havia grande expectativa do PT de vencer a disputa presidencial no 1º turno. Do lado de Bolsonaro, houve celebração pela ida ao 2º turno. O presidente ganhou mais 4 semanas para tentar reverter o cenário que tem contra si, que continua adverso. A campanha foi marcada pela polarização entre Lula e Bolsonaro e fortes críticas de um contra o outro. O confronto direto, sem outros oponentes, acirrará a disputa nas próximas 4 semanas. A eleição presidencial de 2022 foi a mais polarizada desde a redemocratização. Lula e Bolsonaro concentraram 91,6% dos votos válidos (sem contar brancos e nulos). Já os candidatos nanicos, aqueles com menos de 5%, tiveram 8,4%. Simone Tebet (MDB) e Ciro Gomes (PDT) fazem parte do percentual, receberam 4,2% e 3%, respectivamente. Lula teve 10 milhões de votos a mais do que recebeu no 1º turno de 2006. Na época, foi reeleito no 2º turno. Também recebeu mais de 25,9 milhões a mais que Fernando Haddad no 1º turno de 2018. Já Bolsonaro recebeu 1,7 milhão de votos a mais no domingo (2.out) comparado ao 1º turno das eleições em 2018. VOTO EM PAPEL A cidade de Coari, no interior do Amazonas, teve um problema em uma seção eleitoral no domingo (2.out.2022) e precisou ter a urna eletrônica substituída pela votação em cédula. Como os votos em papel só podem ser apurados na sede do TRE-AM (Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas) em Manaus e a área onde o problema se deu é de acesso por via fluvial, a contabilização dos votos atrasaram. Desde domingo (2.out), a contagem de votos no Brasil ficou parada em 99,99%. Da Redação