Bolsonaro defende direito de ir e vir; Ciro Nogueira dá início à transição

O presidente Jair Bolsonaro (PL) rompeu hoje (01/11) à tarde o silêncio, que durava quase dois dias, desde que foi derrotado nas urnas pelo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O pronunciamento de Bolsonaro ocorreu no hall de entrada do Palácio da Alvorada, a residência oficial do presidente da República, e durou 2 minutos e 3 segundos. O ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, dará início a transição de governo junto ao vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB). “As manifestações pacíficas sempre serão bem-vindas, mas os nossos métodos não podem ser os da esquerda, que sempre prejudicaram a população, como invasão de propriedades, destruição de patrimônio e cerceamento do direito de ir e vir”, afirmou Bolsonaro. Antes de se pronunciar, ele virou para Ciro e disse: “Eles vão sentir saudade da gente, né?”. Bolsonaro não parabenizou Lula, nem citou o nome do presidente eleito. Às 16h de hoje, completaram-se 44 horas que o resultado da eleição foi proclamado. O pronunciamento se iniciou às 16h37 —a imprensa foi convocada às 14h37 para um discurso previsto para às 15h. Trechos do discurso “Sempre fui rotulado como antidemocrático e, ao contrário dos meus acusadores, sempre joguei dentro das quatro linhas da Constituição. Nunca falei em controlar ou censurar a mídia e as redes sociais. Enquanto presidente da República e cidadão, continuarei cumprindo todos os mandamentos da nossa Constituição”, afirmou. “Quero começar agradecendo os 58 milhões de brasileiros que votaram em mim no último dia 30 de outubro. Os atuais movimentos populares são fruto de indignação e sentimento de injustiça de como se deu o processo eleitoral. As manifestações pacíficas sempre serão bem-vindas, mas os nossos métodos não podem ser os da esquerda, que sempre prejudicaram a população, como invasão de propriedade, destruição de patrimônio e cerceamento do direito de ir e vir”, continuou

Eleições 2022: 18 governadores conseguem a reeleição, maior taxa desde 2006

As eleições de 2022 bateram recorde de governadores reeleitos desde 2006 – dos 20 candidatos, 18 confirmaram o segundo mandato. Apenas em dois estados, São Paulo e Santa Catarina, os eleitores escolheram em não dar continuidade ao governo atual. Dos 18 governadores reeleitos, 12 tiveram a vitória ainda no primeiro turno. Outros seis estados precisaram dos dois turnos. Reeleitos em 1º turno: Acre: Gladson Cameli (PP) Distrito Federal: Ibaneis Rocha (MDB) Goiás: Ronaldo Caiado (União) Maranhão: Carlos Brandão (PSB) Mato Grosso: Mauro Mendes (União) Minas Gerais: Romeu Zema (novo) Pará: Helder Barbalho (MDB) Paraná: Ratinho Jr. (PSD) Rio de Janeiro: Cláudio Castro (PL) Rio Grande do Norte: Fátima Bezerra (PT) Roraima: Antônio Denarium (PP) Tocantins: Wanderlei Barbosa (Republicanos) Reeleitos em 2º turno: Alagoas: Paulo Dantas (MDB) Amazonas: Wilson Lima (União) Espírito Santo: Renato Casagrande (PSB) Paraíba: João Azevêdo (PSB) Rio Grande do Sul: Eduardo Leite (PSDB)* Rondônia: Coronel Marcos Rocha (União) * Leite renunciou ao governo do Rio Grande do Sul em abril, mas decidiu disputar novo mandato. Maior taxa de reeleição desde 2006 2022 ultrapassou os números de 2006. Naquele ano, dos 20 candidatos que tentaram a reeleição, 14 conseguiram. Neste ano, dos 20, 18 foram reeleitos. Já 2018 registrou menor taxa de reeleição desde 2006. Na última eleição, 10 governadores conseguiram manter o mandato – 20 tentaram. Em 2010, 20 governadores tentaram reeleição e 13 conseguiram. Em 2014, 18 candidatos tentaram a reeleição e 11 foram bem-sucedidos. 2006: 14 reeleitos 2010: 13 reeleitos 2014: 11 reeleitos 2018: 10 reeleitos 2022: 18 reeleitos Da Redação