Kassab deve chefiar a secretaria do governo Tarcísio em SP, enquanto negocia espaço para o PSD com Lula

Presidente do PSD negocia ministérios no novo governo petista enquanto emplaca a pasta de Governo na gestão paulista A equipe de transição do governador eleito de São Paulo, Tarcísio de Freitas, confirmou nesta sexta-feira (25) os nomes de Gilberto Kassab como futuro secretário de Governo, Arthur Lima para a Casa Civil e Natália Resende como chefe da “supersecretaria” que vai unir Infraestrutura, Meio Ambiente, Logística e Transportes. Kassab, será o responsável pela articulação com a Assembleia Legislativa (Alesp). Nomeado para a Casa Civil da gestão do ex-governador João Doria, ele nem sequer chegou a assumir o cargo. Passou dois anos licenciado para se defender de denúncias de corrupção passiva e falsidade ideológica eleitoral. Apesar de também ser cotado para assumir um ministério no novo governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Kassab se dedicou nas últimas semanas a conversar com deputados estaduais de São Paulo, além de articular o novo grupo político de Tarcísio. A informação do papel formal do dirigente do PSD na gestão paulista foi adiantada pela Folha de S. Paulo e confirmada pelo Estadão. Ao comentar o que espera do novo governo federal em evento do Esfera, Kassab disse que prevê que este será um governo “sob o comando” de Lula, que, nas palavras deles, é “uma pessoa habilidosa e que vai necessariamente ter que somar as diversas posições que tem nessa aliança”, disse. “Entendo que será um governo de centro-esquerda (…) Em contraponto com o que está acontecendo em São Paulo, um governo de centro-direita”, disse Kassab, que afirmou ainda que o governo de São Paulo e o governo federal terão desafios semelhantes. “O Lula tem oportunidade de somar o Brasil, que possa encontrar respaldo para aprovar os bons projetos que o Brasil precisa”, disse. Sua futura nomeação também consolida o avanço do PSD na gestão Tarcísio e diminui a influência do bolsonarismo. Ele é o segundo nome do partido escolhido para integrar uma secretaria na gestão Tarcísio, que também conta com o vice-governador eleito Felicio Ramuth (PSD). Gilberto Kassab, foi prefeito da capital paulista de 2006 a 2013. Na primeira vez, assumiu como prefeito após a renúncia do titular José Serra (PSDB), para se candidatar ao governo do estado, e, na segunda vez, em 2009, foi reeleito para um segundo mandato. Da Redação

São Paulo: Sábado (26/11) recomeça o uso obrigatório de máscaras no transporte

O governo do estado e a Prefeitura de São Paulo decidiram retomar a obrigatoriedade do uso de máscara no transporte público a partir deste sábado (26), seguindo análise técnica do Conselho Gestor da Secretaria Estadual de Ciência, Pesquisa e Desenvolvimento em Saúde contra o avanço dos casos de Covid-19. O decreto com a nova regulamentação será publicado no Diário Oficial do Estado nesta sexta-feira, 25. O governo recomenda que a medida seja adotada por todos os municípios do estado de São Paulo e reitera que é “fundamental que a população esteja com o ciclo vacinal completo para assegurar maior proteção contra o coronavírus”. Nota do Conselho Gestor Nas últimas semanas, o estado de São Paulo tem apresentado aumento na transmissão, que se reflete principalmente nos indicadores de internações por Covid-19 em leitos de enfermaria e UTI, que nos últimos 14 dias mostram crescimento de 156% e 97,5%, respectivamente, chegando a uma média diária de mais de 400 novas internações. A velocidade de aumento de internações (5% ao dia para pacientes em UTI e 7% por dia para pacientes em enfermarias) e taxas de ocupação de leitos de UTI (44% no Estado de São Paulo e 59% na Região Metropolitana de São Paulo) é acentuada e começa a pressionar os sistemas de saúde público e privado. Embora existam sinais de que a curva de internações esteja chegando a um patamar na RMSP, observa-se a interiorização, com crescimento de novas internações e ocupação de leitos de UTI nas regiões do interior e litoral paulista. Soma-se a isso um número crescente de profissionais de saúde se afastando do trabalho por apresentarem Covid-19. “Circulam atualmente diversas subvariantes da variante Ômicron, ainda com predominância da subvariante BA.5 e crescimento progressivo da casos relacionados à subvariante BQ1. As internações referem-se principalmente a pacientes mais idosos e/ou com comorbidades/imunodeprimidos, mais vulneráveis a descompensações e complicações relacionadas à infecção pelo Sars-Cov-2, o que permite prever aumento de óbitos nas próximas semanas.” Recomendações: – Reforçar com maior ênfase a necessidade de que todos os adultos com mais de 18 anos recebam as doses de reforço das vacinas. São 10 milhões de adultos que não tomaram a 1a dose de reforço e 7 milhões sem a 2ª dose de reforço, e a necessidade de aumentar a cobertura vacinal de crianças e adolescentes. Tem sido observado aumento de internações nesse grupo populacional e a vacinação é necessária e segura para proteger nossas crianças e adolescentes. – Reforçar a necessidade de disponibilidade de tratamento com antivirais a pessoas com Covid-19 com sintomas leves ou moderados, especialmente nos grupos vulneráveis para evitar quadros graves que possam levar a internação e eventualmente a perda de vidas. – Reiterar a recomendação de volta da obrigatoriedade de utilização de máscaras em situações de maior risco de transmissão do vírus, notadamente no transporte público, reforçando a necessidade de uso obrigatório de máscaras em serviços de saúde, incluindo farmácias, onde há maior probabilidade de pessoas sintomáticas procurarem testagem e medicamentos sintomáticos para quadros gripais. – Recomendar o uso de máscaras para os grupos populacionais mais vulneráveis, incluindo os mais idosos e pessoas com comorbidades. Da Redação

Máscaras estão de volta

Diretoria Colegiada da Anvisa aprovou, nesta terça-feira (22/11), a resolução RDC 761/2022, com novas medidas para serem adotadas em aeroportos e aeronaves, em virtude do cenário epidemiológico da Covid-19 no país. A mudança se refere ao retorno da obrigatoriedade do uso de máscaras nesses ambientes.   Para subsidiar a avaliação do cenário epidemiológico, a Agência realizou, na última segunda-feira (21/11), uma reunião com especialistas no tema para debater sobre os dados disponíveis. Participaram do encontro representantes da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), além dos epidemiologistas Carla Domingues e Wanderson Oliveira. Os participantes da reunião ressaltaram que os dados epidemiológicos demandam o retorno de medidas não farmacológicas de proteção, como o uso de máscaras, principalmente no transporte público, em aeroportos e ambientes fechados/confinados. Segundo o diretor Alex Campos, que propôs a medida, “o uso de máscaras em ambientes de maior risco, pelas suas características de confinamento, circulação e aglomeração de pessoas, representa um ato de cidadania e de proteção à coletividade e objetiva mitigar o risco de transmissão e de contágio da doença”. Entenda O uso das máscaras estava previsto como recomendação desde agosto deste ano, principalmente para pessoas com sintomas gripais e para o público mais vulnerável, como imunocomprometidos, gestantes e idosos, de acordo com a RDC 456/2020. O diretor Daniel Pereira, relator da matéria, apresentou voto fundamentado na posição da área técnica, sugerindo reforço na recomendação do uso de máscaras por viajantes.    Contudo, diante dos dados epidemiológicos atuais, que indicam aumento no número de casos de Covid-19 na população brasileira, a Diretoria Colegiada entendeu ser necessária a retomada da obrigatoriedade do uso de máscaras de proteção facial em aeroportos e aeronaves, de modo a conter a disseminação da doença na população que utiliza esses ambientes, seja para trabalho ou para locomoção. O comportamento da pandemia com características de sazonalidade também foi considerado, uma vez que, nos últimos anos, observou-se no Brasil o aumento da transmissão do vírus nos meses de novembro a janeiro, quadro que pode ser ainda agravado com o esperado maior fluxo de viajantes que se deslocam pelos aeroportos para as férias escolares e festas de final de ano. A Anvisa atuou, mais uma vez, dentro de suas competências legais, após robusta avaliação do cenário epidemiológico brasileiro e mundial, da observação do comportamento da pandemia nos últimos anos, da prospecção de dados relativos aos indicadores da pandemia e de estudos científicos, adaptando as regras atuais de forma proporcional ao risco para a saúde da população. A Agência continuará atenta, avaliando e acompanhando os dados epidemiológicos, a fim de que as medidas possam ser revistas sempre que necessário, visando o cumprimento de sua missão de proteger a saúde das pessoas. Novas regras A nova resolução aprovada pela Anvisa dispõe que é obrigatório o uso de máscaras faciais no interior dos terminais aeroportuários, meios de transporte e outros estabelecimentos localizados na área aeroportuária. Destaca-se que a norma proíbe a utilização de: De acordo com a resolução, as máscaras devem ser utilizadas ajustadas ao rosto, cobrindo o nariz, queixo e boca, minimizando espaços que permitam a entrada ou saída do ar e de gotículas respiratórias. A obrigação do uso de máscaras será dispensada no caso de pessoas com transtorno do espectro autista, com deficiência intelectual, com deficiências sensoriais ou com quaisquer outras deficiências que as impeçam de fazer o uso adequado da máscara de proteção facial, bem como no caso de crianças com menos de 3 (três) anos de idade. Além disso, é permitido remover a máscara exclusivamente: I – no interior das aeronaves, para: a) hidratação; b) alimentação durante o serviço de bordo. II – nas praças de alimentação ou áreas destinadas exclusivamente à realização de refeições dos terminais aeroportuários, para: a) hidratação; b) alimentação. III – nos demais ambientes dos terminais aeroportuários, para: a) hidratação; b) alimentação. Por fim, a norma aprovada prevê que, nos veículos utilizados para deslocamento de viajantes para embarque ou desembarque em área remota, deve-se assegurar que os viajantes e motoristas mantenham o uso obrigatório e adequado das máscaras faciais no interior do meio de transporte. A Anvisa destaca que permanece mantida a possibilidade dos serviços de bordo em voos nacionais, conforme decisão adotada em 13/5/22, por meio da RDC 684/2022. A nova resolução entrará em vigor na próxima sexta-feira, dia 25 de novembro. Acesse, na íntegra, os votos que referenciaram a deliberação da Diretoria Colegiada: – voto do diretor Alex Campos. – voto do diretor Daniel Meirelles.