Putin envia à Ucrânia 7 condições para o fim da guerra; veja

Outra condição exposta por Mikhail Galuzin também é de renúncia. Renúncia de ingresso na União Europeia. Como se sabe, a Ucrânia já teve —para usar um termo da diplomacia eclesiástica vaticana— o “nihil obstat”, obstáculo zero, dos estados membros da União Europeia. E Ursula von der Leyn, presidente da Comissão Europeia, é a maior incentivadora do ingresso da Ucrânia na União Europeia. Outra condição russa diz respeito, por parte da Ucrânia, de adoção da posição de estado neutro. No particular e sempre frente ao direito internacional, trata-se de algo que só pode ser temporário, e não perpétuo como deseja Putin. Isso dadas as mutações, as variações geopolíticas e geoestratégias. No caso, imagine-se, por exemplo, a Rússia promovendo a invasão da Moldávia e a Ucrânia ter de se apresentar neutra. Na verdade, trata-se de uma condição juridicamente impossível. A recordar, segundo os serviços ocidentais de inteligência, a invasão da Moldávia seria o próximo passo de Putin se a conquista da Ucrânia fosse, como esperado por ele, consumada com a rapidez imaginada. Além da posição neutra, a outra condição seria a obrigatoriedade da língua russa. Isso como língua de Estado. Também disse Mikhail Galuzin de outra condição, ou seja, de a Ucrânia parar de receber armas do Ocidente. Seria o mesmo de não se armar, salvo se voltar à compra de armas de fabricação russa. Reunidas as condições, fica claro, e basta ter olhos desarmados de ver, desejar Putin impor condições que o levaram a invadir a Ucrânia. Putin quer todo o desejado antes da invasão. A consolidação da tomada “manu malitare” da Crimeia. Também transformar a região do Dombass em outra Crimeia, de modo a controlar toda a área, incluída a navegação no mar de Azov, por Mariupol e Taganrog. Sobre isso, teria o controle de três pontos do Mar d’Azov: o do lado russo, mais os lados da Crimeia e o litoral de Kherson, Mariupol e Taganrog. Conforme publicado na coluna, a China designou o diplomata Li Hui para iniciar a construção de um clima para se partir posteriormente a medidas concretas e definitivas de paz. Certamente, Li Hui, que chegou a Moscou na sexta feira (26), já recebeu as exigências da Rússia. Por isso, Putin entendeu em torná-las públicas, isto pela voz do vice-ministro Mikhail Galuzin. Para os operadores do direito internacional público, as condições iniciais são sempre colocadas a aparentar que a guerra não vai terminar e nada será aceito. Numa proposta inicial, frisam os operadores do direito das gentes, as condições têm sempre o condão de desanimar e assustar, pois violam a própria essência do Estado, no caso a Ucrânia, como nação soberana. De registrar tratar-se, pela primeira vez, de uma proposta oficial russa. Veja as sete condições de Putin (1) Cessação das hostilidades da parte das forças armadas ucranianas. (2) Parar de receber armas ocidentais. (3) Retorno da Ucrânia ao status neutro, com renúncia a aderir à Otan à União Europeia. (4) Reconhecimento das novas realidades territoriais que se desenvolveram e diante da regra do direito dos povos à autodeterminação. (5) Tutela do direito dos cidadãos de língua russa e das minorias nacionais. (6) Garantir o status da língua russa como língua de Estado. (7) Respeito aos direitos humanos fundamentais, compreendida a liberdade de religião. Da Redação Com informações da Folha/UOL

Feira Hospitalar 2023: discussões sobre o poder da tecnologia e sustentabilidade

Com o tema O poder das plataformas e seu potencial transformador na saúde, a Feira Hospitalar encerrou, na sexta-feira (26/5), no São Paulo Expo, sua 28ª edição e se consolida como o principal evento de saúde e palco da realização de negócios e networking da América Latina. O evento reuniu líderes e associações de todas as áreas da saúde, contribuindo para negociações entre hospitais, clínicas, serviços de facilities e home care. Este ano, a área de expositores internacionais dobrou de tamanho e recebeu representantes de 30 países diferentes, além de ter alcançado, no primeiro dia de feira, 14 mil visitantes, o maior número na história do encontro. Durante os quatro dias de evento, as empresas apresentaramm projetos atrelados, em sua maioria, à tecnologia. Inteligência artificial, dispositivos que contribuem para a telemedicina e o impacto do Chat GPT na saúde foram temas amplamente abordados. Para a 28° edição, a novidade apresentada por algumas empresas foi o ChatGPT, que atua na criação de prontuários eletrônicos para auxiliar os médicos sobre o histórico do paciente e também no diagnóstico final. De acordo com especialistas, hoje, o profissional consegue explicar para o sistema que tem um paciente hipertenso, com 40 anos, fumante, que sente dores abdominais, e aí o Chat GPT entrega para o profissional uma hipótese diagnóstica em relação à HDA (história da doença atual) que foi descrita”, detalha. Entretanto, profissionais ainda expõem que não acreditam que a Inteligência Artificial será capaz de substituir os profissionais da saúde, mas que os profissionais que não se inteirarem serão substituídos pelos que aderirem à tecnologia. Eduardo Barros, diretor do portfólio de saúde da Informa Markets, organizadora da Hospitalar, explica que, por ser um evento de grande porte, a preocupação com a sustentabilidade foi uma questão importante para os expositores. E relata que um dos objetivos é alcançar, até 2030, o registro de zero emissão de carbono. Na busca por essa meta, o evento já conta com 100% da iluminação em LED. Seguindo a mesma linha, na edição deste ano foi estabelecida uma premiação para o estande mais sustentável — será reconhecida a empresa que trouxer em sua estrutura a maior quantidade de materiais recicláveis e renováveis. Da Redação Com informações da Feira Hospitalar