Governo prevê nova negociação sobre direitos para motociclistas de app

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva apresentou, no início do mês, um projeto de lei (PL) para regulamentar o trabalho de motoristas de aplicativo. O texto, entretanto, não abarca entregas executadas por motociclistas. O plano do governo federal é retomar a mesa negociação para, na sequência, apresentar um projeto de lei que trate especificamente dessa categoria. A informação foi dada nesta quarta-feira (20) pelo ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho. “Não foi o governo quem fez o projeto de lei. O projeto de lei é um resultado de uma mesa tripartite onde o governo coordenou, mas quem de fato negociou foram os trabalhadores e os empregadores”, disse. “Se o governo fizesse o projeto que achasse o mais perfeito, mas não houvesse diálogo com os trabalhadores e empregadores, seguramente haveria oposição deles no decorrer da tramitação desse projeto no Congresso Nacional e, portanto, dificuldade de aprovação.” “Inicialmente, as empresas de plataformas de entrega de mercadorias também concordaram com os conceitos, mas, na hora em que chegou na valoração desses conceitos, as plataformas de entrega acabaram praticamente rompendo esse processo de negociação. Então, não é culpa do governo, da bancada de trabalhadores. Responsabilizo integralmente as empresas de plataforma de entregas, elas precisam voltar à mesa”, completou. Em entrevista a emissoras de rádio no programa Bom Dia, Ministro, Marinho destacou que as plataformas de entrega que utilizam serviços de motociclistas não concordam com o patamar de contribuição definido pelo governo. “Estabelecemos como um padrão mínimo aceitável do ponto de vista da sustentabilidade do sistema previdenciário brasileiro e também da proteção e remuneração ao trabalho. E é isso que está em discussão em relação a entregas”. “O projeto de lei, portanto, abarca e dá cobertura tão somente para transporte de pessoas em veículos quatro rodas. Espero que o Congresso tenha – e tenho certeza de que terá – a sensibilidade para avaliar a escuta das lideranças que participaram da mesa, trabalhadores e empregadores, para aprovar o projeto. Na sequência, temos que transitar no Congresso Nacional um projeto de proteção aos trabalhadores e motociclistas, todo o segmento de entrega.” “Vamos sim iniciar uma nova rodada de conversa com as empresas, vamos chamar, vamos fraquear essa possibilidade. Para ver se é tão real quanto eles têm falado que topam negociar”, concluiu o ministro. Entenda Negociação entre patrões e trabalhadores via acordos coletivos, inclusão obrigatória na Previdência Social e valor mínimo de remuneração são algumas das mudanças que podem ser consolidadas por meio do projeto de lei que regula a atividade de motorista de aplicativos sobre quatro rodas enviado pelo governo ao Congresso Nacional. Como o texto ainda vai ser analisado por deputados e senadores, o PL pode sofrer modificações em relação ao que foi assinado pelo presidente. A estimativa é que a lei deva impactar pelo menos 704 mil motoristas de aplicativos de quatro rodas, segundo o último levantamento sobre a categoria feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Atualmente, os motoristas não sabem quais os critérios usados para a própria avaliação, nem como é definida a remuneração pelo trabalho. “Os(as) trabalhadores(as) em aplicativos estão submetidos(as), ainda, a uma avaliação rígida, sem direito a interferir nos critérios de avaliação e sem direito à contestação”, informou o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

Orçamento Cidadão 2025: Audiências públicas serão em abril

A Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal da Fazenda, definiu o calendário das audiências públicas regionalizadas do Orçamento Cidadão, que serão realizadas de forma presencial. Entre 1º e 25 de abril as 32 Subprefeituras da Capital promoverão os encontros em que os paulistanos poderão apresentar propostas para o Projeto de Lei Orçamentária Anual de 2025 (PLOA 2025). As reuniões ocorrerão de segunda-feira a sábado, exceto feriados, em diferentes regiões. Todos os eventos serão gravados e disponibilizados na página da Fazenda no YouTube. Você pode acessar o canal clicando aqui. A participação da população em geral nas audiências públicas do Orçamento Cidadão seguirá o processo estabelecido no Decreto 59.574/2020, com divisão dos participantes em grupos temáticos para formulação e seleção de propostas. Em cada audiência será concedido espaço para fala dos interessados, com limite de três minutos de duração por pessoa. As audiências terão duração máxima de três horas. Propostas online – Além de participar das audiências públicas presenciais, os moradores de São Paulo também poderão enviar suas propostas para o Orçamento de 2025 pelo site Participe Mais, na seção Orçamento Cidadão. O prazo para o envio de propostas vai de 1º a 28 de abril. No site Participe Mais os munícipes poderão propor e votar em propostas populares já encaminhadas, além de acompanhar a implementação das propostas de anos anteriores, já aprovadas e incorporadas aos orçamentos passados. Para participar é necessário realizar um breve cadastro e identificar a Subprefeitura e a área temática da proposta elaborada. Dúvidas — Em caso de dúvidas sobre a realização das audiências públicas e o procedimento para envio de propostas pela internet, os moradores de São Paulo podem entrar em contato pelo e-mail coplan@sf.prefeitura.sp.gov.br. Outras informações podem ser obtidas neste link. Acompanhe a escala de audiências e participe: Mooca 12/abril–sexta-feira 18h30 SENAI Theobaldo de Nigris — Rua Bresser, n.º 2315, Mooca, São Paulo–SP Fonte: Prefeitura de SP

Prefeitura de São Paulo confere segurança jurídica ao setor de apostas buscando atrair novas empresas

A Secretaria Municipal da Fazenda da Prefeitura de São Paulo publicou nesta segunda-feira (18/03), no Diário Oficial do município, o Parecer Normativo SF nº 01/2024 direcionado ao setor de loterias de apostas de quota fixa em meio físico ou virtual, mais conhecidas pelo público em geral como “bets”, a partir da redação dada pela Lei Federal 14.790/23, que tributa empresas e apostadores, define regras para a exploração do serviço e determina a partilha da arrecadação, entre outros pontos. Trata-se de uma medida de grande importância que concede aos prestadores do segmento segurança jurídica na definição de quais parcelas de seu faturamento compõem a base de cálculo do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS). Assim, o município cria uma garantia maior da estabilidade e previsibilidade das relações jurídico-tributárias entre empresas do setor e o fisco paulistano, evitando litígios, autuações e processos administrativos e judiciais para a discussão de valores devidos. Com isso, a cidade de São Paulo dá mais um importante passo em seu processo de consolidação como o principal polo de atração de empresas de alta tecnologia no Brasil e na América Latina, gerando empregos, renda e dinamismo econômico à cidade e aos paulistanos, além de esperados ganhos de arrecadação tributária, com o estabelecimento de empresas do setor no município. Benefícios – Além desta nova medida, a Prefeitura de São Paulo já optou anteriormente por ajustar a alíquota do ISSQN devido pelo segmento, a qual foi fixada em 2% por meio de legislação municipal em 2022. Com isso, a alíquota incidente sobre os serviços de “bets” passou a ser fixada no limite inferior permitido pela legislação tributária nacional, contribuindo com a redução do custo tributário e tornando a cidade ainda mais atrativa para a fixação de empresas do setor. Ato – O novo Parecer Normativo traz em seu texto a fixação de interpretação no sentido de que consideram-se repasses não tributáveis pelo Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN) a dedução das importâncias de que tratam os incisos III e V do “caput” do art. 30 da Lei nº 13.756, de 12 de dezembro de 2018, com redação dada pela Lei nº 14.790, de 29 de dezembro de 2023 (pagamento de prêmios e imposto de renda incidente sobre as premiações). Também não comporão a base de cálculo do ISSQN o percentual de 12% do produto da arrecadação da loteria de apostas de quota fixa, seja em meio físico ou virtual, que possui destinação específica, conforme incisos do § 1º-A do Art. 30 da Lei nº 13.756, de 12 de dezembro de 2018. Fonte: Prefeitura de SP

Copom decide nesta quarta corte dos juros básicos da economia

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decide nesta quarta-feira (20) o tamanho do corte na taxa básica de juros, a Selic. Mesmo com a recente alta do dólar e com os juros altos nos Estados Unidos, o órgão deve reduzir a Selic, atualmente em 11,25% ao ano, para 10,75% ao ano. Esse será o sexto corte desde agosto, quando a autoridade monetária interrompeu o ciclo de aperto monetário. Nos comunicados das últimas reuniões, o Copom tinha informado que os diretores do BC e o presidente do órgão, Roberto Campos Neto, tinham previsto, por unanimidade, cortes de 0,5 ponto percentual nos próximos encontros. No entanto, existe a expectativa se a Selic vai ser reduzida apenas até a reunião de maio ou se os cortes continuarão até o segundo semestre. Segundo a edição mais recente do boletim Focus, pesquisa semanal com analistas de mercado, a taxa básica deve realmente cair 0,5 ponto percentual. A expectativa do mercado financeiro é que a Selic encerre o ano em 9% ao ano. Nesta quarta-feira, ao fim do dia, o Copom anunciará a decisão. Inflação Na ata da última reunião, em janeiro, o Copom constatou que a desaceleração da economia está diminuindo e confirmou a intenção de novos cortes de juros. O Banco Central também reforçou a importância de o governo continuar a perseguir as metas de melhoria das contas públicas para impedir um eventual repique da inflação. O Copom avaliou que parte da incerteza observada nos mercados, com reflexo nas expectativas de inflação, está em torno da capacidade do governo de executar as medidas de receita e despesas compatíveis com o arcabouço fiscal. No mercado internacional, a perspectiva de alta de juros nos Estados Unidos e a guerra entre Israel e o grupo palestino Hamas dificultam a tarefa do BC de baixar os juros em 0,5 ponto por longo tempo. Segundo o último boletim Focus, a estimativa de inflação para 2024 subiu levemente, de 3,77% para 3,79%. Isso representa inflação dentro do intervalo da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), de 3% para este ano, podendo chegar a 4,5% por causa do intervalo de tolerância de 1,5 ponto. Em fevereiro, puxado por educação e alimentos, o IPCA ficou em 0,83%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com o resultado, o indicador acumula alta de 4,5% em 12 meses, no teto da meta para 2024. Taxa Selic A taxa básica de juros é usada nas negociações de títulos públicos emitidos pelo Tesouro Nacional no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas da economia. Ela é o principal instrumento do Banco Central para manter a inflação sob controle. O BC atua diariamente por meio de operações de mercado aberto – comprando e vendendo títulos públicos federais – para manter a taxa de juros próxima do valor definido na reunião. Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Desse modo, taxas mais altas também podem dificultar a expansão da economia. Mas, além da Selic, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas. Ao reduzir a Selic, a tendência é de que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação e estimulando a atividade econômica. O Copom reúne-se a cada 45 dias. No primeiro dia do encontro, são feitas apresentações técnicas sobre a evolução e as perspectivas das economias brasileira e mundial e o comportamento do mercado financeiro. No segundo dia, os membros do Copom, formado pela diretoria do BC, analisam as possibilidades e definem a Selic. Meta Para 2024, a meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é de 3%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,5% e o superior é 4,5%. Para 2025 e 2026, as metas também são de 3% para os dois anos, com o mesmo intervalo de tolerância. No último Relatório de Inflação, divulgado no fim de dezembro pelo Banco Central, a autoridade monetária manteve a previsão de que o IPCA termine 2024 em 3,5%, dentro da meta de inflação. O próximo relatório será divulgado no fim de março. Fonte: Agência Brasil

Dia da Agricultura: Cientistas de SP preparam o campo para mudanças climáticas

Cientistas do estado de São Paulo se dedicam a pesquisas que buscam adaptar o agronegócio paulista às mudanças climáticas, incorporando uma série de transformações tecnológicas no campo. “A agricultura depende do clima e a questão que fica no ar é: como será daqui algum tempo?”, indaga Heitor Cantarella, pesquisador do Instituto Agronômico de Campinas (IAC), instituição de pesquisa ligada à Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. ‌O governo paulista, por meio do IAC, atua no desenvolvimento de pesquisas que buscam minimizar o impacto agrícola em eventos climáticos extremos como as altas temperaturas e a seca. ‌Melhoramento genético ‌Uma das principais frentes de atuação é o desenvolvimento de variedades capazes de sobreviver em ambientes adversos, como o baixo nível de chuvas ou as altas temperaturas. ‌“Nós temos feijões, por exemplo, com ciclo mais curto e adaptados para altas temperaturas. Também descobrimos variedades de cana-de-açúcar que são muito tolerantes à seca, que é um dos problemas que teremos. Precisamos nos antecipar e criar variedades que vão ser mais resilientes nesse contexto de mudança climática”, explica Cantarella. Outro exemplo são as variedades de cana do IAC testadas na região do Golfo do México, onde a sensação térmica pode se aproximar dos 60°C. “Há um grupo com três usinas no México que nos apoia. Decidimos testar nossas plantas ali e ver quais subsistem. Tem planta que nem fotossíntese consegue fazer direito nessas condições”, conta o pesquisador Marcos Landell, diretor-geral do IAC e líder do Programa Cana da instituição. ‌Em 2022, o IAC lançou ao mercado, por meio do Programa Cana, cinco novas variedades de cana-de-açúcar. As plantas apresentam produtividade até 27% maior que a variedade padrão observada nos estudos. A IACSP02-1064, por exemplo, além da alta produtividade, pode ser colhida por um longo período de safra e conta com uma estabilidade capaz de se adaptar em diversas regiões canavieiras do Brasil e em diferentes solos. “Em regiões com chuvas mais irregulares, mantém-se competitiva quando a alocamos em solos de maior potencial produtivo”, afirma Landell. ‌Os cientistas do Instituto Agronômico também se utilizam da biotecnologia para solucionar problemas causados pela seca e os extremos de temperatura no cultivo de cana, como a descoberta de uma diversidade de genes capazes de conferir tolerância à seca. Com isso, plantas transgênicas estão sendo obtidas e avaliadas visando seleção com melhor desempenho nessas condições. ‌Estudos de solo ‌O estudo de manejo e melhoramento nutritivo do solo, também realizado pelo IAC, é capaz de tornar os ambientes propícios a culturas que, sem a pesquisa, não prosperariam em determinadas condições. Esse é um dos fatores que contribuíram, por exemplo, para a abertura do Cerrado no centro-oeste brasileiro à produção de grãos. ‌As variedades de soja produzidas na região também foram produzidas no IAC, indicando a capacidade de, por meio de estudos, adaptar setores importantes do agronegócio a novos ambientes. Ainda nesse sentido, volumes de chuva acima da média podem elevar a umidade dos solos e prejudicar a produção de culturas como o café. Essa condição de umidade indica maior necessidade de tratamentos fitossanitários, com a utilização de produtos eficazes contra doenças que atingem as plantas. Produção indoor de alimentos ‌Efeitos das mudanças climáticas, como a crescente extensão geográfica de terras secas, agravam o cenário de redução de terras aptas para o plantio. Pensando em alternativas para a produção de alimentos, o IAC também investe na pesquisa sobre os chamados sistemas protegidos – ou indoor. ‌Neste modelo, as plantas são mantidas em um ambiente fechado, com luz artificial, temperatura e fornecimento de água controlados. Assim, a cultura fica menos suscetível às adversidades climáticas. O cultivo indoor em maior escala traz, em relação ao sistema convencional, vantagens como maior produtividade, redução do uso de água e menos perdas pós-colheita. Com isso, a aposta nesta modalidade de cultivo torna-se importante para melhorar a sustentabilidade de alguns sistemas que dependem do uso eficiente de energia, água e fertilizantes. Para promover esse debate, o IAC realiza desde 2019 um fórum especial de discussão sobre o tema. As equipes ainda promovem estudos no laboratório de cultivo vertical indoor da instituição para a produção de alimentos como girassol, rabanete, repolhos, tomates e outras mudas. A iniciativa envolve a participação de parceiros públicos e privados. ‌Climatologia agrícola ‌O estudo da relação entre planta e ambiente se torna fundamental uma vez que eventos como secas, ondas de calor e geadas agronômicas podem gerar quebras de safras e afetar não só a região de ocorrência, mas também as comunidades que importam esses produtos agrícolas. O estado de São Paulo é um dos líderes mundiais na produção de cana-de-açúcar e laranja, por exemplo, e os impactos nessas culturas podem ter um efeito cascata. Para atuar na área de climatologia agrícola, o Instituto Agronômico possui estações meteorológicas espalhadas em diferentes regiões do estado. “O IAC também é precursor na atividade de pesquisa na área de clima e gera uma série de modelos importantes que nos ajudam na produção de alimentos. Eles possibilitam um planejamento para cada região”, afirma Marcos Landell. ‌O Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Biossistemas Agrícolas e Pós-colheita da instituição realiza há décadas descrições das mudanças climáticas no estado de São Paulo. Isso possibilitou que se detectasse, de forma pioneira, a elevação da temperatura do ar no estado. ‌As ações de climatologia agrícola do IAC estão presentes em todas as etapas da produção, da escolha da área e da espécie a ser cultivada à definição da época de colheita. Irrigação ‌Os pesquisadores do IAC também ressaltam a importância da pesquisa para o aprimoramento dos modelos de irrigação em diferentes culturas. Isso vale especialmente para aquelas mais perenes e que permanecem em plantio nos períodos de seca, como laranja e cana. Com as alterações no regime de chuvas causadas pelas mudanças climáticas, torna-se cada vez mais necessário um uso racional da irrigação. ‌“Pelo histórico de chuvas e temperatura no estado de São Paulo, sabemos as regiões e as culturas que podem sofrer por demanda de água. Tem várias maneiras de se medir o estresse hídrico da planta, com drones,

São Paulo cria 38 mil empregos com carteira assinada em janeiro

O emprego com carteira assinada aumentou 0,3% no estado de São Paulo em janeiro de 2024 em relação ao mês anterior. É o que revelam dados da pesquisa Emprego Formal, da Fundação Seade, com base no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). A geração de 38 mil vagas de trabalho resulta de 639 mil admissões e 601 mil desligamentos. Com isso, o estoque de empregos formais no território paulista ficou em 13,9 milhões. “A diversificação da economia paulista comprova a força do nosso estado em todos os setores do campo e da cidade. Os números positivos no emprego apontam que as iniciativas do Governo de São Paulo para atrair grandes investimentos e facilitar a vida de quem empreende e gerar empregos estão movimentando as alavancas certas de nossa economia”, declarou o governador Tarcísio de Freitas. Os resultados apurados em janeiro mostraram variações positivas na construção (2,5%), na indústria (1%) e em serviços (0,2%). Houve redução de vagas na agricultura (-1,5%) e no comércio (-0,5%). Em serviços, houve destaque na geração de postos de trabalho em educação (8 mil), atividades profissionais, científicas e técnicas (3 mil) e saúde humana e serviços sociais (3 mil). 12 meses No acumulado de 12 meses, São Paulo registrou 406 mil novos empregos – resultado de 7,2 milhões de admissões e 6,8 milhões de desligamentos –, com crescimento de 3%, próximo do índice nacional de 3,5%. O saldo paulista representa 26% do total de 1,6 milhão de empregos criados no país. Nesse mesmo período, quase todos os setores em São Paulo mostraram resultados positivos na geração de empregos. O maior salto foi em serviços (243 mil), seguido por comércio (69 mil), construção (54 mil) e indústria (41 mil). Na agricultura, houve oscilação negativa próxima da estabilidade (-1 mil). Os desempenhos mais expressivos nos últimos 12 meses ocorreram na capital (136 mil), nas demais cidades da Grande São Paulo (75 mil) e nas regiões administrativas de Campinas (62 mil), Sorocaba (21 mil) e São José dos Campos (19 mil). Juntas, as quatro regiões metropolitanas responderam por 77% dos empregos gerados em todo o território paulista. Fonte: Portal do Governo de SP

Unicamp apresenta projetos de inovação ao Banco dos Brics na China

Discussões em torno de projetos de inovação na Unicamp e da instalação do Hub Internacional de Desenvolvimento Sustentável (HIDS) encerraram na segunda-feira (18) a segunda etapa da visita da delegação da universidade à China, que foi iniciada no dia 14 de março, em Shangai. Liderado pelo reitor Antonio José de Almeida Meirelles, o grupo chegou à China no dia 7 de março e visitou universidades, institutos de pesquisa e a embaixada brasileira em Pequim. Foram 11 dias de viagem finalizados com visitas ao Novo Banco de Desenvolvimento (NBD) — o chamado Banco dos Brics — e às universidades de Shanghai e de Fudan. O NBD é um banco de desenvolvimento multilateral fundado pelos Brics — organização formada pelos governos de Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul —, com sede em Shanghai. No dia 14 de março, a delegação brasileira se reuniu com a presidente da instituição financeira, Dilma Rousseff. No encontro, foram apresentados os objetivos da missão da Unicamp à China, bem como os projetos futuros referentes à inovação e ao estágio de implantação do HIDS — área de aproximadamente 11 milhões m² no campus de Barão Geraldo, em Campinas, que pretende harmonizar a convivência de empresas de tecnologia e áreas residenciais, com soluções urbanísticas sustentáveis. De acordo com o reitor, a presidente “expressou muito interesse” nas iniciativas na área de inovação. “Ela explicou que o banco não disponibiliza financiamentos a fundo perdido, mas pode financiar projetos cooperativos com empresas, especialmente no contexto do HIDS, seja através da própria empresa ou via empréstimo soberano com garantia governamental”, disse o reitor. Neste encontro, também estiveram presentes membros da equipe diretiva do banco, os executivos Marco Tulio, Aguinaldo Barbieri e Marcos Igreja. O grupo foi recebido pelo reitor Liu Changsheng na Universidade de Shanghai, instituição com a qual a Unicamp já possui acordo. O objetivo do encontro foi definir ações para desenvolver atividades de cooperação, incluindo intercâmbio de alunos de graduação por pequenos períodos de tempo e programas sanduíche e de cotutela na pós-graduação. O reitor conta que, assim como a Unicamp, a Universidade de Shanghai é uma instituição de pesquisa abrangente, envolvendo diversas áreas de conhecimento. “Na sequência, serão realizados encontros online que permitirão definir os detalhes da colaboração e as áreas mais promissoras nas quais desenvolvê-la”, disse o reitor. Na Fudan University, os brasileiros foram recebidos pelo vice-reitor Chen Zhimin e pela coordenadora do departamento de cooperação internacional da Fudan, Liu Siyuan, que esteve na Unicamp no segundo semestre de 2023, quando da realização do encontro da FLAUC (Fudan Latin America University Consortium). “Neste caso, já temos uma colaboração bem estabelecida nas áreas de economia e sociologia, envolvendo intercâmbio de docentes e pós-graduandos, publicações conjuntas e organização de mesas de discussão no Fórum de Shanghai”, contou o reitor. Segundo ele, um memorando de entendimento deverá aprofundar a cooperação nessas áreas e ampliá-la para outros setores. Ainda na Fudan, o grupo da Unicamp conversou sobre possibilidades de colaboração em inteligência artificial (IA), especialmente nas áreas de saúde, bem-estar, agricultura e políticas públicas. “Conversamos ainda sobre a ampliação de nossa participação nas Escolas de Verão organizadas pela Fudan, considerando também que há alguma possibilidade de obter financiamento do governo local”, revelou o reitor. Outras visitas em Pequim No início da visita à China, em Pequim, a delegação da Unicamp visitou a Renmin University of China (RUC), a Chinese Film Archive (CFA) e a Beijing Film Academy. Na RUC, o grupo foi recebido pelo presidente Lin Shangli em audiências das quais participaram membros responsáveis pelas áreas de pós-graduação, de relação e cooperação internacionais, de artes, química, economia, economia agrícola e ciências ambientais. Discutiu-se ainda a realização de um novo acordo de cooperação e a possibilidade de as duas instituições criarem um centro de pesquisa conjunto em torno da temática ambiental e de mudanças climáticas. O reitor explica que o Chinese Film Archive é também o China Film Art Research Center e possui programas de pós-graduação e de pós-doutorado. De acordo com o reitor, eles são responsáveis pela preservação dos arquivos filmográficos chineses e por pesquisas no tema de cinema e produção de películas. “Eles promovem festivais de filmes chineses, na China e no mundo, e divulgam filmes estrangeiros na China”, explica ele. O grupo foi recebido pela diretora do CFA, Sun Xianghui. “Como parte da celebração dos 10 anos de Instituto Confúcio na Unicamp e dos 50 anos de relações diplomáticas entre a República Popular da China e o Brasil, pensamos na possibilidade de iniciarmos a cooperação promovendo conjuntamente um festival de filmes chineses na Unicamp ainda no segundo semestre deste ano”, contou o reitor. De acordo com Meirelles, as direções do Instituto de Artes e da Diretoria Executiva de Relações Internacionais (Deri) e a área de cooperação internacional do CFA ficaram de discutir a possibilidade de cooperação, com intercâmbio de professores e alunos e acesso aberto aos arquivos de cada instituição. Na Beijing Film Academy, a delegação da Unicamp foi recebida por Yu Jiahong, que é diretor associado da instituição, e pela diretora da área de intercâmbio e cooperação internacional, Li Ran. “A Academia de Filmes de Pequim é, de fato, uma universidade em torno de toda a temática da produção cinematográfica”, disse Meirelles. Além do reitor, a pró-reitora de pós-graduação, professora Rachel Meneguello, e o diretor do IA, Fernando Hashimoto, discutiram com seus colegas as possibilidades de cooperação, envolvendo o intercâmbio de alunos e professores e a realização de disciplinas e cursos em conjunto. Fonte: Governo de São Paulo

SP anuncia investimentos em saúde e visita obras na região de Ribeirão Preto

O governador em exercício Felicio Ramuth visitou a região de Ribeirão Preto nesta terça-feira (19) para anunciar investimentos em saúde e visitar obras de saneamento. Ele confirmou R$ 14,8 milhões para a nova unidade de emergência do Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP e reforma e do ambulatório do Centro de Referência da Saúde da Mulher (Mater) da cidade. Mais cedo, em São Simão, Felicio visitou obras estaduais de um novo sistema de tratamento de esgotos. “Nesta visita ao HC, viemos lançar o edital de licitação do projeto executivo da nova unidade de emergência em Ribeirão Preto, que atenderá toda a região. Queremos trazer o que há de mais moderno no atendimento em emergências e com mais rapidez. Também visitaremos o Mater, onde nós temos um investimento de modernização no atendimento às mulheres. São ações importantes da gestão Tarcísio de Freitas que se juntam à Tabela SUS Paulista e ao IGM Municípios para melhorar o atendimento em saúde no estado de São Paulo”, declarou Felicio. Felicio liberou R$ 12,5 milhões para o projeto executivo de construção da nova unidade de emergência do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto. Na sequência, o governador em exercício vistoriou o início das obras do ambulatório da Mater, que terá aportes de R$ 2,3 milhões. Referência para 3,7 milhões de habitantes da região, o HC vai ganhar cem novos leitos de atendimento de urgência – a nova unidade de emergência contará com um total de 303 vagas na primeira etapa de ampliação. Em visita a Ribeirão em dezembro de 2023, o governador Tarcísio de Freitas anunciou investimentos totais de R$ 80 milhões nesta obra, com aportes estaduais de R$ 50 milhões e outros R$ 30 milhões de emenda parlamentar do deputado federal Ricardo Silva. Na Mater, o investimento vai viabilizar melhorias no atendimento pré-natal de complexidade intermediária, reativação do ambulatório para pré-natal intermediário e aumento na capacidade de oferta externa de mamografia para até 200 exames adicionais por mês. Além disso, o ambulatório de mastologia será reorganizado em duas linhas de cuidado: triagem mamária e complementação diagnóstica para pacientes com suspeita de neoplasia de mama. Saneamento em São Simão Em São Simão, o governador em exercício visitou as obras da nova estação de tratamento de esgotos e de revitalização do córrego São Simão, afluente do Rio Pardo, um dos mais importantes do estado. O investimento do Governo de São Paulo nas ações é de R$ 14,5 milhões. Sob investimento de R$ 14,1 milhões, a estação está sendo implantada pelo Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE), órgão regulador dos recursos hídricos ligado à Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística, e permitirá que o município tenha 100% de coleta e tratamento de esgoto. Com as metas de universalização asseguradas, a iniciativa vai garantir benefícios ambientais e mais qualidade de vida à população – a conclusão da obra está prevista para o próximo mês de setembro. Já o córrego São Simão, que receberá a água 100% tratada pelo novo sistema, foi retificado para seu curso natural e também serviços de limpeza e desassoreamento em um trecho de 1,8 km de extensão. A estimativa é que sejam removidos 9,5 mil m³ de detritos do córrego, o equivalente a uma carga de 550 caminhões basculantes cheios. Os trabalhos são promovidos pelo DAAE desde dezembro, por meio do programa Rios Vivos, desde dezembro, e devem ser finalizados no próximo mês de abril. A medida melhora o escoamento das águas e minimiza os riscos e efeitos de enchentes. O investimento é de R$ 438,7 mil. Cidades Inteligentes em Campinas Pela manhã, o governador em exercício visitou a cidade de Campinas para a abertura do fórum regional Cidades Inteligentes, Sustentáveis e Resilientes. O evento é promovido pela ISCBA (Smart City Business America) e foi realizado na sede do IAC (Instituto Agronômico de Campinas) para discutir soluções tecnológicas e inovação nas gestões públicas municipais. “A vida acontece nas cidades e essa parceria é fundamental para que os governos possam oferecer melhores serviços à população”, afirmou Felicio. Fonte: Governo de São Paulo