Kate Middleton é diagnosticada com câncer e começa tratamento

A princesa de Gales Kate Middleton revelou nesta sexta-feira (22), em um vídeo publicado em rede social, que foi diagnosticada com câncer e está nos estágios iniciais do tratamento de quimioterapia preventiva. Na declaração, Kate diz que sua condição foi descoberta depois que ela passou por uma cirurgia abdominal em janeiro. Após semanas de especulação sobre sua saúde, a princesa contou que ela e o marido, o príncipe William, precisavam de tempo para explicar a situação aos três filhos, George, de 10 anos, Charlotte, de oito, e Louis, de cinco. Kate disse que passou por “alguns meses incrivelmente difíceis”. “Estou bem e cada dia mais forte”, revelou. Ela lembra que fez uma cirurgia abdominal em janeiro. “No entanto, os exames após a operação revelaram a presença de câncer. Minha equipe médica, portanto, aconselhou que eu deveria fazer uma quimioterapia preventiva e agora estou nos estágios iniciais desse tratamento”, afirmou em vídeo. “Para todos que enfrentam esta doença, seja qual for a forma, por favor, não percam a fé ou a esperança.” “É claro que isso foi um grande choque, e William e eu temos feito tudo o que podemos para processar e administrar isso de forma privada, para o bem de nossa jovem família”, disse ela. “Como você pode imaginar, isso levou tempo. Levei algum tempo para me recuperar de uma grande cirurgia para iniciar meu tratamento. Mas, o mais importante, levamos tempo para explicar tudo a George, Charlotte e Louis de uma forma que seja apropriada para eles, e para tranquilizá-los de que vou ficar bem.” Fonte: R7
Emendas parlamentares são preservadas de bloqueio de R$ 2,9 bilhões

O bloqueio de R$ 2,9 bilhões, anunciado nesta sexta-feira (22), em Brasília, pelo Ministério do Planejamento e Orçamento, não atingirá as emendas parlamentares. Segundo o secretário de Orçamento Federal, Paulo Bijos, o governo esperará o Congresso votar o veto de R$ 5,6 bilhões de emendas de comissão para decidir sobre o destino das emendas. “São decisões políticas a serem tomadas pelas autoridades competentes, pelos poderes constituídos. Na mesma medida em que houver essa decisão, nós passamos a refletir nos relatórios bimestrais. O próximo, de maio, é que vai absorver essa decisão”, justificou Paulo Bijos. Ele afirmou, também, que o artigo 69 da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2024 determina quais despesas não podem ser bloqueadas. De um total de R$ 204 bilhões em gastos discricionários (não obrigatórios) do Orçamento, somente R$ 77 bilhões poderão ser bloqueados. Bloqueios Existem R$ 127 bilhões blindados de bloqueios, entre os quais se incluem emendas impositivas, de execução obrigatória e individuais. O secretário não respondeu se as emendas de comissão, alvo do veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no início do ano, também estão protegidas dos bloqueios O secretário do Ministério do Planejamento informou, ainda, que o governo não pretende, por enquanto, repor os R$ 5,6 bilhões de emendas de comissão vetados no início do ano e definir a distribuição dos R$ 11 bilhões da mesma rubrica sancionados no Orçamento de 2024. Os líderes afirmam que o veto de Lula será derrubado. Sem data confirmada, a sessão do Congresso Nacional que deve analisar os vetos presidenciais está prevista para abril. A expectativa é de derrubada do veto. O Orçamento de 2024 tem R$ 53 bilhões em emendas parlamentares – individuais, de bancada e de comissão. O veto de R$ 5,6 bilhões atingiu pouco mais de 10% do total. Fonte: Agência Brasil
Hidrojatos que limpam e desobstruem bueiros e bocas de lobo reduzem tempo de alagamento em mais de 3 horas

O escoamento da água depois das fortes tempestades na cidade de São Paulo ganhou velocidade depois que a Prefeitura aumentou de 24 para 60 o número de caminhões que fazem hidrojateamento, uma das teconologias mais avançadas no combate a enchentes, capaz de desobstruir bueiros e bocas de lobo com maior rapidez ao utilizar jatos de água com alta velocidade e pressão para remover a sujeira levada pela chuva. Parte da frota fica em operação durante 24 horas. Os caminhões trabalham de duas formas: preventivamente, com as equipes fazendo a limpeza e desobstrução das vias utilizando esses veículos, que se somam ao trabalho manual diariamente; e com os alagamentos ativos nos dias de chuva. As equipes são direcionadas para os pontos de alagamento com base nas informações que a Prefeitura recebe do Sistema Urano, um módulo de gestão que usa a inteligência artificial para depuração dos dados capturados por sensores instalados nas ruas, estações meteorológicas exclusivas para zeladoria, além da inteligência artificial. O Urano abre ordens de serviço de emergência, que direcionam o hidrojato para fazer a desobstrução de bueiros e bocas de lobo. Esse gerenciamento permitiu uma mudança radical no tempo para o escoamento da água, que em algumas situações é superior a 3 horas de redução. Um exemplo é a avenida Roque Petroni, no Jabaquara, Zona Sul, que em seis anos teve redução de 3 horas e 19 minutos no tempo de escoamento da água, apesar de o volume de chuva ter aumentado nesse período. Em 10 de janeiro de 2018, o pluviômetro instalado no piscinão Jabaquara registrou um total acumulado de 17,4 milímetros de chuva. Isso provocou um alagamento de 3h45 de duração. A zeladoria, com apoio do hidrojato, mudou o cenário. Em 10 de janeiro de 2024, o mesmo pluviômetro registrou um total acumulado de 82,2 milímetros, quase cinco vezes mais. Mas o alagamento durou 26 minutos. Com uso de alta pressão, o hidrojateamento é utilizado para desobstruir a sujeira que não permite o pleno escoamento da água da chuva. O equipamento é um combinado de basculamento do tanque e bombas de hidrojateamento e vácuo. O trabalho é realizado por profissionais capacitados, com segurança e qualidade no resultado da ação de zeladoria. UranoDesde janeiro de 2022, o Sistema Urano, que é agregado ao Sistema de Gerenciamento de Zeladoria (SGZ), reduz os danos das enchentes. O Urano abrange toda a rede hidrográfica de São Paulo, incluindo os piscinões e túneis, além de monitorar as estações de bombeamento (pôlderes). O Urano permite a redução dos efeitos provocados pelas tempestades, diminuindo o tempo de resposta nos alagamentos. A integração entre o Urano e a zeladoria impactam positivamente o cotidiano da cidade, com a melhora na mobilidade urbana, menos acidentes e maior fluidez do tráfego em dias de chuva e vento fortes. Fonte: Prefeitura de SP
Pela primeira vez, Prefeitura fornece sapatilhas e uniformes aos alunos de balé do Corpo Artístico do Municipal

O prefeito Ricardo Nunes anunciou nesta terça-feira (20) mais uma conquista aos alunos da Escola de Dança de São Paulo: a Prefeitura vai fornecer as sapatilhas e as roupas para a prática da atividade, além de kits de uniformes de verão e inverno para os 340 alunos. A iniciativa é inédita e ocorre pouco tempo após a inauguração do Edifício Sede dos Corpos Artísticos, uma parte essencial da Praça das Artes, dedicado à preparação e atuação dos artistas do Theatro Municipal. “Estamos dando um avanço importante com esse espaço, do ponto de vista da infraestrutura, mas também do ponto de vista de oferecer essa oportunidade a esses alunos que vêm da periferia e que não tem recursos financeiros de ter os seus equipamentos de fazer o balé”, disse o prefeito Ricardo Nunes ao visitar o local na manhã desta terça. “São Paulo passa para outro patamar.” De acordo com a diretora de Formação da Fundação Theatro Municipal, Cibeli Moretti, a medida tem objetivo de favorecer a permanência dos bailarinos, já que muitos vêm da periferia e são de famílias de baixa renda. Os alunos receberão um kit com sapatilhas de dois modelos (meia ponta e ponta) e os collants para a prática de dança, mais os uniformes, com moletom e calça, bermuda, camiseta e casaco. Cada sapatilha custa, em média, R$ 350,00. No total, serão 1.200 kits, com mais de 15 mil peças entregues. “Ainda que o balé seja uma prática cara, esse não pode ser um fator determinante. Se a gente entrega esse serviço público de tanta qualidade, a roupa não pode ser uma barreira para esse aluno chegar aqui. Conseguimos transpor essa barreira, é uma vitória para a fundação. A gente vive um clima de muita felicidade dos pais, que não imaginavam que isso poderia acontecer”, afirma Cibele. Segundo ela, conseguir a sapatilha era uma demanda recorrente para os pais. “Tínhamos conhecimento de famílias que precisavam fazer vaquinha, rifa, pediam para os funcionários da fundação. Alguns funcionários faziam vaquinha para comprar. Isso impactava muito na possibilidade de um aluno que vem das periferias, porque é um custo para a família”, explica. Estrutura O Edifício Sede dos Corpos Artísticos é uma parte essencial da Praça das Artes, dedicado à preparação e atuação dos artistas do Theatro Municipal. A inauguração do edifício de dez andares ocorreu no aniversário de 470 de São Paulo, no dia 25 de janeiro. A entrada do novo prédio manteve a fachada do antigo Cine Cairo, na Rua Formosa. O Edifício dos Corpos Artísticos oferecerá condições ideais para ensaios, estudos e preparação para as apresentações no palco do Theatro Municipal e para além dele, com as apresentações dos corpos artísticos em palcos de toda a cidade. Abrangendo seis corpos artísticos, incluindo a renomada Orquestra Sinfônica Municipal e o Coral Paulistano, o edifício desempenhará um papel fundamental no aprimoramento da performance dos artistas, contribuindo assim para a difusão da cultura e das artes na cidade. Mais do que um espaço para os corpos artísticos do Theatro Municipal, a Praça das Artes é um complexo cultural que acolhe música, dança, teatro, exposições e manifestações contemporâneas. A construção é uma solução integradora para os corpos artísticos e administrativos do Theatro, além de ser sede da Escola de Dança e da Escola Municipal de Música de São Paulo. Atualmente, a Praça das Artes oferece uma ampla gama de serviços, incluindo a Sala do Conservatório, Escola Municipal de Música de São Paulo, Escola de Dança de São Paulo, Sala de Exposições, Vão Livre, estacionamento, e escritórios administrativos. O público-alvo inclui crianças e adultos interessados em música erudita, contemporânea e eventos culturais. Fonte: Prefeitura de SP
CNM reúne gestores tributários de todo Brasil para propor sugestões na regulamentação da Reforma tributária

Com o tema Reforma Tributária em foco, a Confederação Nacional de Municípios (CNM) promoveu um evento para garantir participação direta dos Municípios em textos das leis complementares para a regulamentação da Reforma Tributária. Entre os dias 18 a 22 de março, na sede da entidade, em Brasília, estiveram presentes equipes de servidores das administrações tributárias e procuradores de todas as regiões do Brasil indicados para as discussões no Programa de Assessoramento Técnico à implementação da Reforma Tributária do Consumo (PAT-RTC). O escopo da CNM é dar voz direta aos Municípios, abrindo espaço para que eles proponham e defendam uma regulamentação da Reforma Tributária que, de fato, abarque a realidade dos Entes federados. A Confederação defende uma reforma no sistema tributário que tenha o objetivo de simplificar e promover uma tributação equitativa, com a substituição de determinados tributos (IPI, ICMS, ISS, PIS e Cofins) por um Imposto sobre Valor Agregado (IVA) dual, composto pelo Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) e pela Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS). Após a promulgação da Emenda Constitucional (EC) 132/2023, a CNM focou em garantir que a diversidade brasileira estivesse presente nos debates e nas definições dos textos das leis complementares, cumprindo com legitimidade a sua representatividade dos mais de 5.500 Municípios brasileiros. A CNM destaca que mais de 60 pontos ficaram para serem definidos através de leis complementares. Essas leis deverão regulamentar as novas regras de tributação do consumo e a CNM destaca que os principais pontos pendentes de regulamentação são: – necessidade de regulamentação da incidência tributária do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), da Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), relativos à não cumulatividade plena, alíquotas e tributação no destino; e – definição dos detalhamentos quanto ao Imposto Seletivo (IS), relacionando os produtos que serão alcançados pela nova tributação e em quais etapas da cadeia produtiva haverá a sua cobrança por isso requer um olhar especial e atento dos entes federados, afinal haverá grandes mudanças na operacionalização e cobrança desses impostos. Para mais informações entre em contato com a área de Finanças pelo e-mail: financas@cnm.org.br; reformatributaria@cnm.org.br ou pelo telefone: 61-2101-6666. Confira a galeria de fotos do evento aqui Fonte: Portal CNM
Brasil registra mais de 2 milhões de casos de dengue

O Ministério da Saúde contabiliza mais de 2 milhões de casos de dengue no Brasil em 2024. Do total de 2.010.896 casos prováveis, 682 resultaram em morte – número que pode aumentar, uma vez que há ainda 1.042 óbitos em investigação. De acordo com balanço divulgado pelo ministério, o coeficiente de incidência da doença está em 990,3 casos para cada grupo de 100 mil habitantes. Com 161.299 casos prováveis, o Distrito Federal é a unidade federativa com maior coeficiente de incidência (5.725,8). Em segundo lugar, está Minas Gerais, com coeficiente de incidência em 3.295; e 676.758 casos prováveis. Na sequência estão Espírito Santo (coeficiente em 1.982,5 e 75.997 casos prováveis; Paraná (coeficiente em 1.653,2 e 189.179 casos prováveis); e Goiás (coeficiente em 1.565,3 e 110.433 casos prováveis). No Rio de Janeiro, o coeficiente de incidência está em 933,1 casos para cada grupo de 100 mil habitantes. Lá, já são 149.797 casos prováveis. A unidade da federação com maior número de casos prováveis é São Paulo (379.222). O coeficiente registrado no estado, segundo o levantamento, é de 853,7 casos para cada grupo de 100 mil habitantes. Na quarta-feira (20), a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, Ethel Maciel, destacou que os três primeiros meses de 2024 registram mais casos graves de dengue do que em todo o ano de 2023, quando foram contabilizados pouco mais de 1,6 milhão de casos. Naquele ano, a doença matou 1.094 pessoas. Há ainda 218 óbitos sob investigação. “Estamos tendo muito mais casos graves que no ano anterior”, disse, ao lembrar que, até então, na série histórica, 2023 havia sido o ano com maior número de casos graves da doença. “Temos muito mais pessoas chegando [com quadro] grave aos serviços de saúde. Esse é um importante ponto de alerta para nós”, acrescentou a secretária. Na oportunidade, ela informou que o tempo médio entre o início dos sintomas e a notificação de caso de dengue é de quatro dias. O tempo médio entre o início dos sintomas e a internação também é de quatro dias. Já o tempo médio entre o início dos sintomas e o óbito é de seis dias, enquanto o tempo médio entre o início dos sintomas e os sinais de gravidade é de cinco dias. “O quarto dia tem sido um alerta de que as pessoas podem agravar [o quadro de saúde]. Então, um monitoramento que faça com que essa pessoa volte no quarto dia da doença pode salvar muitas vidas”, destacou Ethel Maciel. Fonte: Agência Brasil
Governo revê contas e projeta déficit de R$ 9,3 bilhões para 2024

O governo divulgou nesta sexta-feira que a previsão para o resultado fiscal de 2024 saiu de um superávit de R$ 9,1 bilhões para um déficit de R$ 9,3 bilhões. O resultado é a diferença entre receitas e despesas. Em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) do País, os dois valores são próximos de zero. Para manter o limite de despesas para o ano, de R$ 2,1 trilhões; foi divulgado um bloqueio de R$ 2,9 bilhões no Orçamento, bloqueio que será detalhado por órgão na semana que vem. Nesta primeira avaliação bimestral das contas públicas, o secretário de Orçamento Federal, Paulo Bijos, lembrou que a meta fiscal para o ano admite um superávit ou um déficit de R$ 28,8 bilhões. “Dentro do intervalo de tolerância, se houver déficit não há uma implicação prática. Não há a necessidade de limitação de empenho ou de contingenciamento. Essa necessidade só surge a partir desse limite. Se o déficit ultrapassar essa barreira dos R$ 28,8 bilhões”. Segundo o secretário, houve um aumento na projeção das despesas para o ano de R$ 1,6 bilhão e uma redução das receitas de R$ 16,8 bilhões. De qualquer forma, o governo até aumentou um pouco a sua estimativa de arrecadação tributária com as medidas anunciadas no ano passado para fechar brechas fiscais. Este total passou de R$ 167,6 bilhões para R$ 168,3 bilhões. Paulo Bijos lembrou que o governo reviu alguns parâmetros macroeconômicos que influenciam as receitas e despesas como o crescimento econômico, que passou de 2,19% na Lei Orçamentária para 2,22% agora. “Em 2024, nós já podemos observar um movimento semelhante ao ocorrido em 2023, quando as projeções de mercado paulatinamente foram se aproximando das projeções oficiais”. https://www.camara.leg.br/internet/agencia/infograficos-html5/parametros-macroeconomicos/index.html O secretário explicou que as despesas que não são obrigatórias no Orçamento somam R$ 204,4 bilhões. O corte anunciado corresponde, portanto, a 1,42% deste total. Mas a despesa que pode ser bloqueada é bem menor, apenas R$ 77 bilhões. Isso porque emendas parlamentares impositivas e gastos mínimos com saúde e educação não estão sujeitos a bloqueio. Já no caso do contingenciamento para obtenção da meta fiscal, o total que pode ser revisto sobe para R$ 202,4 bilhões. Para Paulo Bijos, a situação fiscal é boa porque a arrecadação de impostos vem subindo e as despesas estão em 18,9% do PIB, quando a média, desde 2015, é de 19,1%; sem considerar o ano mais crítico da pandemia, 2020. Pelas novas regras fiscais, em maio, na próxima avaliação bimestral, haverá uma “janela” para abrir um crédito orçamentário de R$ 15 bilhões. Segundo Bijos, isso pode ocorrer caso a receita de tributos mantenha o ritmo de alta e a previsão de déficit não ultrapasse R$ 13 bilhões. Neste caso, o bloqueio de despesas poderá ser cancelado. O secretário ainda informou que, apesar de a previsão de despesas com benefícios previdenciários ter subido R$ 5,6 bilhões para 2024, o governo vem fazendo um trabalho de otimização de processos no INSS que deve gerar uma economia de R$ 9 bilhões. Fonte: Agência Câmara de Notícias
Debate avança para finalizar acordo comercial entre Mercosul e EFTA

Senadores e deputados da Representação Brasileira no Parlamento do Mercosul reuniram-se no Senado, nesta quinta-feira (21), com parlamentares da Islândia, Noruega, Suíça e Liechtenstein, países europeus que integram a Associação Europeia de Livre Comércio (EFTA). A reunião foi conduzida pelo atual chefe da representação brasileira no Parlasul, senador Nelsinho Trad (PSD-MS), e tratou das negociações para um acordo de livre comércio entre os dois blocos de países. Nelsinho elogiou a disposição da EFTA em avançar nas negociações com o Mercosul. — Este acordo precisa sair do papel e entrar na prática para beneficiar não só o grupo do EFTA como também o grupo do Mercosul — disse o senador. A EFTA (European Free Trade Association) foi criada em 1960 como uma área de livre comércio entre esses quatro países, cujos PIBs somam cerca de US$ 1 trilhão e, juntos, têm mais de 13,5 milhões de habitantes. A EFTA tem 29 acordos comerciais ao redor do mundo e, desde 2017, negocia com o Mercosul acordo que envolve comércio de bens e serviços de ambos os blocos econômicos. O Mercado Comum do Sul (Mercosul) nasceu em 1991 e, atualmente, é composto por Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e Venezuela, totalizando mais de 14,8 milhões de km² e cerca de 300 milhões de habitantes. Entretanto, a Venezuela está suspensa desde 2017 por “ruptura da ordem democrática”. A Bolívia, por sua vez, encontra-se em processo de adesão ao bloco. Negociações Em 2019, Mercosul e EFTA chegaram a um pré-acordo, sem efeitos jurídicos, com compromissos de acesso a bens e serviços dos seus respectivos mercados. As negociações ainda estão em andamento e podem resultar em facilidades tributárias para mais de 98% das exportações do Mercosul para aqueles países, em especial nos setores industrial e pesqueiro. As contrapartidas do Mercosul são semelhantes, com destaque para importações vindas dos setores industrial e agrícola dos países da EFTA. Na reunião desta quinta (21), os parlamentares brasileiros dialogaram com os deputados da Suíça Thomas Aeschi (Partido Popular Suíço), Carlos Sommaruga (Partido Social Democrata), Benedikt Würth (Partido do Centro) e Hans-Peter Portmann (Partido Liberal Radical). Todos apoiaram a finalização do acordo. Thomas Aeschi, que chefia a delegação parlamentar da EFTA, disse que este comitê de deputados dos quatro países é um conselho consultivo da EFTA e já esteve este ano também na Argentina, em busca de acelerar as negociações para o acordo Mercosul-EFTA. Ele disse que a Suíça fará um referendo popular para confirmar o acordo quando ele for finalizado, o que mostra a importância dos diálogos entre ambos os blocos econômicos. Em sua avaliação, a população e os parlamentares suíços são, em sua maioria, favoráveis ao acordo, que significará aumento expressivo do comércio entre os países do Mercosul e da EFTA. Da Noruega, a deputada Heidi Norby Lunde (Partido Conservador) afirmou que seu país e o Brasil têm competências e desafios similares, como grandes produções de gás e petróleo, potencial em energias renováveis e o dilema entre crescimento econômico e proteção ambiental. — Não vemos uma contradição entre a economia verde e o crescimento, cuja sintonia adequada criará oportunidades e empregos para todos, reduzindo a pobreza e a desigualdade, que eu sei que é um ponto importante para a atual administração federal do Brasil — disse a deputada norueguesa. Outro ponto em comum entre Brasil e Noruega, apontou Heidi Norby Lunde, é a defesa internacional de um mundo baseado no Estado de Direito. Em sua avaliação, todos os países, as populações e as empresas se beneficiam com a democracia. Ela sugeriu que o texto final do acordo entre Mercosul e EFTA, quando finalizado, seja assinado no Brasil. Da Islândia, a deputada Ingibjörg Ólöf Isaksen (Partido Progressista) declarou apoio ao acordo por entender que seu país está aberto aos produtos do Mercosul, cujos países podem ser um grande mercado para produtos islandeses como pescados e tecnologia. Representando Liechtenstein vieram os deputados Manfred Kaufmann (Partido União Patriótica) e Daniel Seger (Partido Cívico Progressista). Também apoiando a finalização do acordo, Kaufmann disse que seu país tem interesse em fornecer vários serviços para os países do Mercosul, especialmente serviços financeiros. Representação Além do senador Nelsinho, participaram, pelo Brasil, os deputados Arlindo Chinaglia (PT-SP) e Celso Russomanno ( Republicanos-SP), além do senador Luis Carlos Heinze (PP-RS). Vice-presidente da representação brasileira no Parlasul, Chinaglia disse que as negociações dos acordos entre Mercosul e EFTA e Mercosul e União Europeia têm temas em comum como a questão do crescimento econômico versus meio ambiente, comércio e acordos internacionais sobre mudanças climáticas. Por sua vez, Heinze disse que o Brasil tem aproximadamente 500 milhões de hectares preservados que, em sua opinião, têm que ser remunerados pela comunidade internacional, já que essa preservação ambiental beneficia todo o planeta. Ele disse que a agricultura e a pecuária brasileiras são sustentáveis e exploram cerca de 30% do território nacional. Segundo Heinze, vários países europeus, além de Estados Unidos e China, dão para seus produtores rurais cinco vezes mais subsídios públicos que o Brasil. — O Brasil, há 50 anos, importava alimentos. Com a revolução que nós fizemos, de agricultura sustentável, hoje é um dos maiores produtores de alimentos do mundo — afirmou Heinze. Em seguida, Russomanno disse que o Ministério da Fazenda projeta incremento de US$ 5,2 bilhões no PIB brasileiro com o acordo Mercosul-EFTA, com aumento de US$ 5,9 bi nas exportações brasileiras e US$ 6,7 bi nas importações. Para ele, o acordo trará benefícios para as populações de ambos os blocos, aumentando o comércio, gerando empregos e melhorando a qualidade de vida. O deputado convidou a delegação europeia para conhecer a região amazônica. Também participaram da reunião os atuais embaixadores da Suíça e da Noruega no Brasil, Pietro Lazzeri e Odd Magne Ruud, respectivamente, e o representante do Itamaraty Philip Fox-Drummond Gough, que elogiou a iniciativa da reunião no Senado por entender que o encontro ajudará no avanço das negociações para o acordo Mercosul-EFTA. Ele disse que a nova rodada de negociações será na semana de 15 de abril de 2024 na Argentina, após mais de cinco anos de