Consulta Pública quer escutar população sobre licitação do BRT Metropolitano até dia 25

Até o dia 25 deste mês, é possível perguntar e contribuir no portal da Agência de Controle e Regulação dos Serviços Públicos de Transporte (Artran) A Agência de Controle e Regulação dos Serviços Públicos de Transporte do Pará (Artran), abriu uma Consulta Pública e convida a população a participar do processo, com perguntas e contribuições, sobre a etapa de licitação do BRT Metropolitano. Até o dia 25 de novembro, a população pode enviar sua contribuição por formulário no portal artran.pa.gov.br. O governo do Pará garantiu a aquisição dos 265 ônibus, que circularão no sistema BRT Metropolitano, através investimento com financiamento do governo federal, realizado por meio do Programa Pró-Transporte FGTS, com financiamento via Caixa Econômica. Dos 265 veículos adquiridos, 40 são elétricos e 225 do modelo Diesel Euro 6, que emite menos poluição do que os ônibus que circulam atualmente na Região Metropolitana de Belém. A previsão para o início de chegada dos ônibus é a partir do próximo mês de dezembro. Consulta PúblicaDe acordo com a Artran, uma importante etapa do processo será realizada agora, com a escolha da empresa que irá operar o sistema, através de uma Licitação Pública. Por tanto, mesmo sem a necessidade legal de abrir a Consulta Pública, o governo do Pará resolveu realizá-la, para que a população participe ativamente enviando sugestões e perguntas em um formulário online, antes da etapa de licitação. Todas as propostas no formulário serão respondidas, por e-mail, ao término do período oficial de submissão que vai até o dia 25 de novembro. Cláudio Conde, diretor de Regulação e Planejamento da Artran, explica a importância da população contribuir na Consulta Pública. “Essa Consulta Pública antecede a licitação justamente com objetivo da população tomar conhecimento prévio das condições de operação, das regras, que serão postas para a operação do nosso sistema integrado. Então, é importante que a população participe, tem uma janela que você pode fazer o seu questionamento, sua pergunta, ou apenas um comentário, disponível para a população, para que ela possa realmente participar e se integrar, já que ela vai ser a maior beneficiária desse sistema no futuro”, explica. BRT MetropolitanoO Sistema de Transporte Metropolitano é uma obra do governo do Pará que fará integração dos Terminais de Belém com Ananindeua, Marituba, Benevides, Santa Bárbara e Santa Isabel. Trinta e uma linhas farão a alimentação da linha troncal que integrará os municípios. O passageiro com um único bilhete poderá pegar um ônibus que circula dentro do seu município, desembarcar nos pontos de ônibus ou nas Estações de Passageiros, ou também nos Terminais de Integração de sua preferência e chegar até Belém com o mesmo bilhete. O projeto tem como principais objetivos a redução do tempo de deslocamento entre os municípios, melhoria da oferta de transporte nos bairros, ampliação das opções de deslocamento com o pagamento de uma única tarifa, a melhoria no conforto com operação de ônibus novos e modernos, equipados com ar-condicionado e wi-fi, e a maior segurança do passageiro, assim como a melhoria do trânsito na Região Metropolitana de Belém. As contribuições e respostas à Consulta Pública 003/2024 podem ser realizadas no portal da Artran, clicando no banner disponível na home ou no menu Transparência Pública. Fonte: Agência Pará
Consequências do corte de gastos do governo nos investimentos

Marcelo d’Agosto responde à duvida de um ouvinte sobre os reflexos do pacote de corte de gastos do governo para a rentabilidade dos investimentos de renda fixa e renda variável O impacto, pelo menos na teoria, tende a ser a valorização dos investimentos. Só para entender, hoje a gente tem uma discussão sobre como financiar os gastos do governo. Como eu falei, toda essa discussão tem um aspecto muito teórico. O argumento é que quando o governo gasta, ele promove um bem estar geral e um crescimento econômico. Por exemplo, quando o governo faz uma linha de metrô numa cidade, durante a construção gera emprego e depois o bairro tende a se valorizar. Só que o gasto precisa ser financiado e tem três formas para isso: ou com o aumento da dívida do governo, ou com mais emissão de moeda, ou com a redução dos ativos do governo. E qualquer forma de financiar esses gastos pode ter consequências negativas. Hoje em dia, especificamente, a dívida pública está crescendo e é um problema. Até porque os juros aumentaram, por causa da inflação. Se o governo conseguir equilibrar os gastos, ele pode reduzir o ritmo de crescimento da dívida. Daí os juros tendem a cair. Como os juros mais baixos são bons para as empresas e para os consumidores, o lucro das empresas tende a subir e as ações na bolsa valorizam. E os fundos imobiliários. Esse ambiente positivo pode acabar reduzindo a cotação do dólar em relação ao real. Resumo: O ajuste fiscal tem mais chance de ter um impacto positivo para a rentabilidade dos investimentos. Agora, toda essa discussão é teórica. Depende do apoio e da consistência das medidas. Fonte: CBN
Estados Unidos e o mundo sob Donald Trump

É um tanto improvável que Trump tenha capacidade para promover um giro radical na política externa. Mudanças certamente virão. Mas tudo indica que não serão revolucionárias A vitória eleitoral de Donald Trump surpreendeu boa parte do mundo. Havia uma expectativa de que Kamala Harris poderia ser a vitoriosa na disputada eleição dos Estados Unidos. Mas deu Trump. Isso tem grandes implicações para a política internacional. É possível imaginar várias mudanças, diretas e indiretas, inclusive para o Brasil, mas, sobretudo para o mundo. Essa vitória consagra, pelo menos momentaneamente, a predominância de uma perspectiva conservadora e liberal, algo que se costumava chamar de “direita”. Uma eleição nos Estados Unidos implica em impactos globais, muito diferente do que acontece em um país que não tenha as características dos EUA. A mudança de governo lá será sentida em escala mundial. A volta de Trump ao poder significa a volta de um ideal político, talvez não claramente definido, mas que tem indicações ideológicas claras e profundas. Governos liberais que foram eleitos nos últimos anos se sentirão muito fortalecidos. Um dos exemplos mais evidentes é o da Argentina. Mas ele não é o único. E outros virão. Isso quer dizer que, muito provavelmente, haverá o crescimento de partidos com ideologias afins àquelas desse setor dos Republicanos que estão de volta ao poder nos Estados Unidos. No caso do Brasil, por exemplo, Luiz Inácio Lula da Silva nunca escondeu sua preferência pessoal pela candidata derrotada. E, no nosso caso, o ex-presidente Jair Bolsonaro já se apressou em marcar sua posição favorável a essa mudança de poder. O Brasil é apenas um ator secundário na política externa dos Estados Unidos. Temas mais relevantes ocupam a agenda internacional daquele país. Guerra da Ucrânia, conflitos no Oriente Médio, política externa chinesa, liberalismo e “guerra comercial”, sobretudo com a China, enfim, assuntos de primeira hora da agenda internacional. Como se comportará o novo governo dos Estados Unidos? Mudanças radicais? Arriscado dizer. É um tanto improvável que Trump tenha capacidade para promover um giro radical na política externa norte-americana. Mudanças certamente virão. Mas tudo indica que não serão revolucionárias. Ajustes serão feitos. Mas os temas mais relevantes ainda despertam muita curiosidade sobre o que realmente pode mudar. E, mesmo considerando todo o peso dos Estados Unidos, até mesmo eles têm limitações. Haverá uma transformação radical no que diz respeito à guerra na Ucrânia? Nas relações com a Rússia e com a China? E com a Coreia do Norte? Muito difícil fazer qualquer afirmação, pelo menos por enquanto. Trump já foi presidente dos Estados Unidos, e muito do que ele prometeu em campanha eleitoral não foi cumprido. O que dizer, por exemplo, sobre a questão dos imigrantes? Por seguidas falas, ele já teria fechado completamente os Estados Unidos para imigrações não desejadas. Mas isso não aconteceu. Não é difícil imaginar, contudo, que o impacto da nova administração nos Estados Unidos terá desdobramentos profundos ao beneficiar candidatos conservadores e liberais em muitos países. A vitória de Trump reforça o apelo político desses movimentos. Mas mesmo isso não será capaz de frear as disparidades geopolíticas existentes. Pelo contrário, tem tudo para acirrar ainda mais as tensões mundiais em áreas estratégicas. Donald Trump tem uma visão política sobre o panorama internacional. O maior dilema é que se trata do presidente do país mais poderoso do mundo. E, mais perigoso ainda, em seu último e definitivo mandato. Trump não poderá mais concorrer às eleições presidenciais nos Estados Unidos. Isso coloca o mundo diante de um sério dilema. Estamos diante de um estadista ou não? A resposta para esse dilema é de extrema relevância. Fonte: Correio Braziliense