Atenção setembro de 2024: onda de calor histórica atinge o Brasil!

A MetSul Meteorologia adverte para uma onda de calor excepcional em grande parte do Brasil durante a primeira metade de setembro de 2024. Esse período prolongado de calor intenso afetará todas as regiões do país, com temperaturas variando entre 40ºC e 45ºC. Esse setembro está prestes a ser um dos mais quentes já registrados no Brasil, com um alto potencial de quebra de recordes de temperatura em várias localidades. As marcas esperadas para esta semana e, particularmente, para a segunda semana do mês, superam em muito os valores médios históricos de temperatura máxima em todas as cinco regiões do país. A severidade do calor demandará atenção das autoridades, pois vários estados enfrentarão calor extremo acompanhado de ar extremamente seco, aumentando o risco de incêndios e problemas de saúde. Temperaturas extremas causam um aumento dos casos de problemas de saúde como asma, pneumonia e sinusite, de acordo com o artigo da Climate Central de 1 de setembro de 2024. Onda de Calor no Brasil: Quais Áreas Serão Mais Afetadas? Uma massa de ar quente já cobre o Brasil e se fortalecerá muito nesta primeira semana de setembro. Na segunda semana, a onda de calor se expandirá para o Sul do país, atingindo temperaturas elevadas e incomuns até mesmo em áreas onde isso não é frequente nesta época do ano. Os estados mais afetados incluirão Paraná, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Mato Grosso, Minas Gerais, Tocantins, Goiás, Distrito Federal, Rondônia, Acre, Amazonas, Pará, Tocantins, Bahia, Piauí e Maranhão. Esses estados enfrentarão temperaturas próximas ou acima de 40ºC. A abrangência do calor excessivo será ainda maior na segunda semana de setembro. Qual a Gravidade da Onda de Calor? O período mais crítico de calor ocorrerá entre as regiões Norte, Centro-Oeste e partes do Sudeste do Brasil. As temperaturas ultrapassarão 40ºC em muitas cidades, com o Mato Grosso sendo o estado mais afetado. As marcas podem chegar entre 43ºC e 45ºC, e até mesmo superiores em certas áreas, como em Cuiabá. Modelos numéricos indicam temperaturas em níveis de pressão de 850 hPa (equivalente a 1.500 metros de altitude) perto de 30ºC no Centro-Oeste do Brasil. Isso é comum apenas em massas de ar extremamente quentes. Como resultado, cidades como Cuiabá terão máximas acima de 40ºC quase todos os dias desta primeira metade do mês, com picos entre 42ºC e 44ºC. Como a Onda de Calor Afeta a Saúde e a Segurança? O calor extremo representa um perigo significativo para a saúde e a vida, particularmente para a população vulnerável, como idosos e pessoas com condições de saúde preexistentes. Normalmente, o calor no Brasil é percebido como algo normal e até celebrado, mas o país não mantém estatísticas oficiais detalhadas sobre mortalidade relacionada ao calor. De acordo estudos, mais de 60 milhões de pessoas no Brasil enfrentarão temperaturas extremas exacerbadas pelas mudanças climáticas. O aumento dos casos de asma, pneumonia e sinusite também foi reportado devido à piora na qualidade do ar, como resultado de incêndios induzidos pelo calor. A exposição prolongada a altas temperaturas pode levar a condições graves como choque de calor, que requer tratamento de emergência. Recomendações para Enfrentar o Calor Extremo: Os especialistas em saúde alertam para monitorar e seguir essas recomendações, especialmente em períodos de calor extremo, para evitar complicações graves, como choque de calor. Os sintomas do choque de calor incluem uma temperatura corporal central de 40ºC ou superior, confusão mental, comportamento alterado, e pulso rápido. Conclusão e Previsão de Recordes de Temperatura Estudiosos enfatizam que o nível de calor esperado para esta primeira metade de setembro atingirá patamares extremamente perigosos. As altas temperaturas não apenas ultrapassam os recordes históricos para o mês de setembro, mas em algumas localidades podem até quebrar recordes absolutos. À medida que os dias passam, teremos uma ideia mais clara da possibilidade de novos recordes de temperatura máxima em outras partes do país. No entanto, hoje, a maior possibilidade de quebra de recordes concentra-se entre as regiões Norte e Centro-Oeste do Brasil. Aproveite as dicas e fique atento às atualizações meteorológicas para se manter seguro durante este período de calor extremo. A sua saúde e segurança são prioridade. Fonte: Tupi FM
Depois de sair do programa de desestatização, Ceagesp terá aplicações

Ministro Paulo Teixeira disse que estudo irá mapear deficiências O ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, disse que serão feitos estudos sobre as condições de operação e defasagem da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp). No último mês, a empresa deixou de constar no Programa Nacional de Desestatização (PND). O ministro reuniu-se com funcionários. Por conta do PND, a companhia deixou de investir em infraestrutura, como hidráulica, telhados e asfalto. Segundo o ministro, essas pendências serão revertidas em 2025. “Agora, a saída permite dois investimentos, o investimento aqui da empresa e o investimento também público, que possa ser feito através de emendas parlamentares. Com a saída [do PND], vamos fazer o levantamento e a presidência e diretoria podem fazer um apanhado de todos os investimentos emergenciais e ver se a empresa terá um superávit que possa reverter para esses investimentos, e também vamos poder colocá-la no Orçamento de 2025 para aqueles investimentos que a gente possa dar conta no curto prazo”, afirmou. O investimento principal será feito por meio de convênios com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), para financiamento de estruturas de armazenamento público, e com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), para qualificação dos agricultores e distribuidores. “O Brasil tem um déficit de armazenamento e a Ceagesp tem silos, mas para que eles sejam úteis eles precisam de investimento em segurança. Nós vimos agora recentemente a explosão de um armazém por falta de investimento [em Palotina, Paraná], então temos de fazer investimentos e colocar todos os armazéns da Ceagesp para servir o Brasil”, explicou Teixeira. Segundo o MDA, o investimento depende ainda do retorno das empresas em relação às necessidades mais imediatas de gestão, sendo uma estratégia de médio prazo, mas que deve ser iniciada com protocolos de intenção ainda este ano. “O BNDES vai trabalhar conosco. Vamos assinar um convênio de fortalecimento nas próximas semanas e já vamos conversar sobre uma linha de financiamento do parque de armazéns, com abertura de uma linha de financiamento para essas três empresas [Ceagesp, CeasaMinas e Conab]. O convênio está pronto, só precisa assinar”. No encontro com funcionários da central, Teixeira destacou que será feito estudo para abertura de armazéns voltados à agricultura familiar, administrados pela Ceagesp. “Se a gente conseguir ampliar essa vocação para que o agricultor familiar venha e venda, as cooperativas venham e vendam, pode ser muito importante. Tem uma proposta na mesa, e nós queremos acelerá-la”, acrescentou. Teixeira aproveitou a visita para confirmar que José Lourenço Pechtoll, que está há 15 anos na companhia, permanecerá como diretor-presidente. Pechtoll, que era diretor técnico operacional, assumiu o cargo interinamente após a morte de Jamil Yatim, que ocupava o cargo desde março de 2023 e faleceu no último dia 25 de agosto. Em entrevista, Pechtoll destacou o estudo da Fundação Instituto de Administração (FIA) para mapear cargos e funções na Ceagesp. O estudo, com previsão de durar mais dez meses, vai subsidiar o próximo concurso público na companhia, ainda sem data prevista, e a reestruturação das carreiras. Fonte: Agência Brasil
Efeito Lula: divulgação de aplicações no Brasil atingem recorde histórico

Levantamento feito pelo banco Bradesco mostra que o número de empresas interessadas em fazer negócios no Brasil é o maior desde 2020 Levantamento feito pelo banco Bradesco aponta que o Brasil, sob o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, bateu recorde em anúncios de investimentos feitos por empresas estrangeiras. De acordo com o estudo, divulgado pelo site Valor, de janeiro a julho desde ano foram feitos 362 anúncios de investimentos, número 23,6% maior que aquele observado no mesmo período de 2023 e o maior índice para o período desde 2020, quando foram feitos 397 anúncios. “Investimento, para nós, é o que aumenta a capacidade produtiva do Brasil. Pode ser, por exemplo, abertura de lojas e fábricas; construção de prédios residenciais, industriais, comerciais e de galpões logísticos; aquisição de equipamentos e frotas de veículos. Não entram, por exemplo, aquisições de empresas e compras de participações”, afirmou Priscila Pacheco, economista do banco responsável pelo levantamento. “Temos percebido quase mês a mês esse crescimento e a gente entende que é algo mais generalizado”, prossegue a representante do Bradesco. O estudo não leva em consideração os valores dos investimentos, já que esses podem mudar, mas apenas os anúncios, que são registrados através de monitoramento de anúncios feitos na internet e na imprensa por representes do governo e de setores como indústria, agroindústria, serviços e comércio. Brasil foi o segundo país que mais recebeu investimentos estrangeiros em 2023 O Brasil ficou em segundo lugar no ranking global de destino de investimentos estrangeiros em 2023. De acordo com informações da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o país ficou atrás apenas dos Estados Unidos. Os dados da OCDE mostram que o Brasil recebeu US$ 64 bilhões em investimento estrangeiro direto (IED) no primeiro ano do Governo Lula III. O líder da lista, os EUA, receberam US$ 341 bilhões em IED e em terceiro lugar figura o Canadá, com US$ 50 bilhões. O documento aponta ainda que houve uma redução global de IED, “abaixo de qualquer nível registrado desde 2005” em um contexto geral de tensões geopolíticas em curso e altas taxas de juros. Uma das maneiras que o presidente Lula capta recursos estrangeiros diretos ao Brasil é por meio das viagens presidenciais. No dia 18 de março deste ano, a Secretaria de Comunicação Social (Secom), da Presidência da República, divulgou uma nota na qual informa as conquistas alcançadas pelo governo a partir de viagens a outros países. “O Brasil, após hiato de quatro anos como pária internacional, voltou a ser convidado para os principais eventos globais e a ser recebido pelas principais lideranças do mundo. Além disso, em reconhecimento à importância do país e de suas atuais lideranças, líderes globais também voltaram a visitar o país”, diz a nota. O texto elenca que as viagens realizadas pelo presidente Lula já resultaram em diversos acordos bilaterais e atração de investimentos para o país, como a atração de mais de R$ 117 bilhões de montadoras estrangeiras no país. Na viagem à China, em abril de 2023, além dos 15 acordos entre os dois governos, outros 42 acordos foram assinados entre empresas brasileiras e chinesas e entre empresas chinesas e o governo brasileiro. A previsão é que os acordos com a potência asiática rendam investimentos de até R$ 50 bilhões., Há ainda outros R$ 12,5 bilhões dos atos assinados com os Emirados Árabes, especialmente na área de energia verde. Além disso, a visita à Arábia Saudita resultou em anúncio de investimentos de até R$ 50 bilhões do Fundo Soberano do país em projetos de desenvolvimento sustentável no Brasil, inclusive no âmbito do PAC, até 2030. Também as empresas portuguesas EDP e Galp anunciaram investimentos de R$ 32 bilhões. Por fim, o Japão anunciou uma linha de crédito de R$ 1 bilhão para investimentos no setor de saúde brasileiro. Por meio das viagens empreendidas até o momento, o Brasil fechou até agora ao menos 57 acordos bilaterais de diversos níveis: 7 com a Argentina, 15 com a China, 4 com os Emirados Árabes Unidos, 13 com Portugal, 4 com a Espanha, 2 com o Japão, 7 com Angola, 2 com São Tomé e Príncipe, 3 com Cuba, 19 com a Alemanha e 2 com Egito. As viagens presidenciais ajudaram também na abertura de 96 novos mercados para produtos brasileiros. Exemplo disso é a recente habilitação de 38 frigoríficos para exportar à China, a maior de uma só vez, totalizando 146, o que sozinho pode representar um aumento de US$ 10 bilhões na exportação de proteína animal para o país asiático. “A atual gestão, ao contrário da anterior, não antagoniza a China, o principal parceiro econômico do Brasil. O presidente da China, Xi Jinping, será recebido no Brasil em visita de Estado no segundo semestre”, alfineta a Secom. Além disso, de acordo com o Ministério do Meio Ambiente, as doações ao Fundo Amazônia, retomadas após paralisia de quatro anos no governo anterior, atingiram recorde de US$ 726 milhões. Outros R$ 3,1 bilhões devem ser doados ao longo de 2024 por EUA, Noruega, Reino Unido, União Europeia e Dinamarca. Fonte: Revista Forum
Orçamento de 2025 será R$ 74,3 bilhões com aplicações

Gastos com Bolsa Família devem somar R$ 167,2 bilhões Os investimentos (obras públicas e compra de equipamentos) deverão consumir R$ 74,3 bilhões no próximo ano, prevê o projeto de lei do Orçamento de 2025, enviado ao Congresso Nacional. O valor equivale ao piso de 0,6% do Produto Interno Bruto (PIB) estabelecido pelo novo arcabouço fiscal. Do total a ser investido com recursos do Orçamento, R$ 60,9 bilhões virão do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Além desse montante, o PAC terá R$ 166,6 bilhões de investimentos de estatais federais, que têm um orçamento próprio, também encaminhado nesta sexta ao Congresso. O projeto do Orçamento de 2025 prevê ainda R$ 38,9 bilhões para as emendas parlamentares impositivas. O valor é 3,46% maior que o deste ano. Bolsa Família Em relação às políticas sociais, o texto destina R$ 167,2 bilhões ao Bolsa Família em 2025. Segundo o texto, está previsto o atendimento de 20,9 milhões de famílias no próximo ano com o benefício mínimo de R$ 600, acrescido do adicional de R$ 150 para cada criança de até 6 anos e do adicional de R$ 50 para nutrizes e gestantes e para cada membro da família entre 7 e 18 anos incompletos. Saúde e educação O projeto do Orçamento também prevê R$ 241,61 bilhões para o Ministério da Saúde. O valor está acima do piso de R$ 227,84 bilhões para a área. A Constituição determina que o governo deve gastar pelo menos 15% da receita corrente líquida (RCL) com a saúde. Em relação ao Ministério da Educação, o Orçamento destina R$ 200,49 bilhões. O montante está acima do piso de R$ 113,45 bilhões, equivalente a 18% da receita líquida de impostos (RLI). Durante a vigência do teto de gastos, os dois mínimos constitucionais eram corrigidos pelo limite de 2016 corrigidos pela inflação calculada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Com o arcabouço fiscal, voltaram os limites antigos, calculados como percentuais da RCL e da RLI. Fonte: Agência Brasil
Veja as responsabilidades dos municípios na educação pública

Educação infantil é uma das principais competências de prefeitos Há dois anos, Esteffane de Oliveira, 25 anos, moradora da Cidade de Deus, em Japarepaguá, na zona oeste do Rio de Janeiro, tenta conseguir vaga em creche pública para a filha, Maytê, que tem 2 anos. Para conseguir trabalhar e sustentar a casa, muitas vezes Esteffane acaba deixando a filha menor com a outra filha, Ana, de apenas 7 anos. “Eles falam para mim que não tem vaga, que está tudo cheio. Eu até choro, está ficando muito complicado”. O caso de Esteffane está na Justiça. Ela é uma das 7,5 mil crianças que esperam vagas em creches no Rio de Janeiro, de acordo com a Secretaria Municipal de Educação. Em todo o país, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua 2023 (PNAD Contínua 2023) cerca de 2,3 milhões de crianças de 0 a 3 anos não estão em creches por alguma dificuldade de acessar o serviço, seja por falta de escola, inexistência de vaga ou porque a instituição de ensino não aceitou o aluno por causa da idade. A educação infantil é uma das principais competências do município em relação à educação e um dos maiores desafios para as próximas gestões que serão eleitas este ano. A educação, para Esteffane, é uma das demandas prioritárias. Os outros dois filhos, Ana e Pierre, de 4 anos, estão matriculados em escola próxima à casa deles. Agora só falta Maytê. “Minha filha de 7 anos sabe ler, faz conta, faz tudo. Meu filho de 4 está aprendendo agora também. E eu queria que ela já entrasse na creche, porque já vai sabendo o ritmo, como é a escola”, diz a mãe. Além da aprendizagem das crianças, Esteffane sente-se segura deixando as crianças na escola. “Isso para mim é muito importante, entendeu? Eu vou trabalhar com a minha mente mais tranquila”. A Constituição Federal estabelece a educação como direito de todos e dever do Estado e da família. De acordo com o Artigo 211, os sistemas de ensino federal, estadual e municipal devem se organizar em regime de colaboração. Os municípios devem atuar prioritariamente no ensino fundamental e na educação infantil, que abrange creches (que atendem bebês e crianças de até 3 anos) e pré-escolas (4 e 5 anos). A Constituição estabelece que as prefeituras destinem, no mínimo, 25% de sua arrecadação à educação. Os municípios também devem estar atentos à prestação de alguns serviços para que a educação seja garantida aos estudantes: o transporte escolar, a merenda dos estudantes, a qualidade do ensino e o financiamento, que abrange o salário dos professores. Em regime de colaboração, o governo federal oferece apoio por meio de iniciativas como o Programa Nacional de Apoio ao Transporte do Escolar (Pnate) e o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae). Representantes No dia 6 de outubro, mais de 150 milhões de eleitores poderão comparecer às urnas e votar em candidaturas para os cargos de prefeito e vereador. As pautas educacionais estão entre as que são citadas por candidatos e que fazem parte das promessas de campanha. Pesquisa Genial Quaest, divulgada em julho deste ano, mostra que entre os principais problemas considerados pelos eleitores estão economia (citada por 21% dos entrevistados); violência (19%); questões sociais (18%); saúde (15%); corrupção (12%) e educação (8%). Segundo a professora do Departamento de Ciência Política da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Mayra Goulart, o resultado da pesquisa mostra “algo desfavorável em termo das percepções sobre educação nessa lista de principais temas”, aparecendo em último lugar entre os assuntos considerados. No entanto, o Pé de Meia, voltado para estudantes do ensino médio, aparece entre os programas mais conhecidos e aprovados do governo Lula, mostrando que a educação têm relevância diante do eleitorado. As demandas da população são muitas, como a de Esteffane por vaga em creche, mas nem todas são de competência municipal, que deve ter como foco principalmente a educação infantil e o ensino fundamental. Promessas que fogem a essa alçada geralmente não são cumpridas. A área da educação virou também terreno de disputa. “O tema da educação aparece de outra forma por causa da polarização com a extrema direita que fala muito de Escola sem Partido, de ideologia de gênero na escola. É nesse sentido que a educação tem sido disputada, a partir da ideia de que tem que ficar a cargo da família, o que contrasta com a ideia de que a educação tem que ficar a cargo do Estado e das instituições republicanas”, afirma Mayra. A professora recomenda aos eleitores acompanhar o trabalho dos candidatos. Essa é uma forma de não cair em falsas promessas e de pressionar para que sejam cumpridas as que foram feitas. “A participação do eleitor no acompanhamento, no controle sobre o representante, vendo se ele está cumprindo a função de representação, acho que é a chave para se proteger de falsas promessas e responsabilizar os representantes quando eles não cumprem suas propostas”, alertou. Fonte: Agência Brasil
Israel: Greve geral paralisa voos no país; manifestantes solicitam retorno de reféns de Gaza

Principal aeroporto internacional do país suspendeu viagens como parte do protesto após morte de seis prisioneiros israelenses nos túneis do Hamas O principal aeroporto internacional de Israel suspendeu voos como parte de uma greve nacional após a grande mobilização pública pela morte de seis prisioneiros nos túneis do Hamas na Faixa de Gaza, enquanto aumentam os apelos para que o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu garanta um acordo de cessar-fogo. O maior sindicato do país, conhecido como Histadrut, ameaçou fechar a economia “inteira”, com seu presidente Arnon Bar-David alertando no domingo que Israel estava “em uma espiral descendente, e não paramos de receber sacos para cadáveres”. O Aeroporto Internacional Ben Gurion de Tel Aviv confirmou à CNN que interromperá as partidas e chegadas de voos por duas horas a partir das 8h (2h no horário de Brasília). A greve geral, que começou na manhã desta segunda-feira, reflete a crescente raiva contra Netanyahu — que foi acusado pelos críticos de atrasar os esforços para um acordo por parte de algumas famílias de reféns e seus apoiadores. O objetivo é pressionar o governo a garantir um acordo que garanta o retorno de mais de 100 reféns, incluindo 35 que se acredita estarem mortos, mantidos em Gaza. A grande maioria desses reféns foi tomada durante o ataque do Hamas em 7 de outubro a Israel, quando cerca de 1.200 pessoas foram mortas e mais de 200 foram feitas prisioneiras. Dezenas de milhares de israelenses foram às ruas em várias cidades no domingo, em um dos maiores protestos nacionais desde o início da guerra de Israel contra o Hamas. Os apoiadores prometeram uma resposta nacional, e alguns manifestantes voltaram às ruas de Tel Aviv na manhã de segunda-feira, bloqueando uma avenida principal. Três dos seis reféns encontrados mortos, incluindo o israelense-americano Hersh Goldberg-Polin, eram esperados para serem soltos em um eventual cessar-fogo, disseram autoridades israelenses à CNN. Autópsias mostraram que eles foram baleados a curta distância na quinta ou sexta-feira de manhã. As forças israelenses anunciaram a recuperação de seus corpos de um túnel subterrâneo em Rafah no sábado. A descoberta dos seis corpos de reféns colocou em questão as negociações para um cessar-fogo e um acordo sobre reféns. Em Jerusalém, os manifestantes pediram a renúncia de Netanyahu, enquanto durante uma reunião de gabinete no domingo, o ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, criticou duramente o governo israelense pelo que ele disse estar priorizando o controle de uma importante área de fronteira conhecida como corredor de Filadélfia em detrimento de um acordo para libertar reféns, chamando-o de “vergonha moral”. As divisões dentro do gabinete sobre a condução da guerra se tornaram cada vez mais públicas e rancorosas nos últimos meses, refletindo profundas divisões no topo do governo de Israel. Autoridades americanas descreveram uma nova urgência em chegar a um acordo de cessar-fogo para reféns. O conselheiro de segurança nacional dos EUA, Jake Sullivan, disse ao se reunir com as famílias dos americanos mantidos reféns que “os próximos dias serão críticos” no esforço para libertar aqueles ainda mantidos pelo Hamas. Greve atingirá serviços públicos e escolas Além do impacto nos voos, alguns municípios israelenses disseram que participarão da greve, incluindo Tel Aviv e Haifa, de acordo com uma lista da Histadrut destacando quem aderiu à ação, bem como declarações de algumas das cidades. A lista também inclui ministérios do governo que impactam uma ampla gama de serviços públicos, mostra o documento, incluindo partes do Gabinete do Primeiro-Ministro, o Ministério do Interior e outros. A CNN entrou em contato com o Gabinete do Primeiro-Ministro para obter comentários. Hospitais e unidades de saúde também podem ser afetados, pois ambos funcionarão em horários de fim de semana e em caráter emergencial, de acordo com o comunicado. O sindicato dos professores do país disse que não participará da greve, de acordo com uma declaração do sindicato, mas que os funcionários de apoio das escolas participarão, o que pode afetar as instituições de ensino. No entanto, as maiores universidades de Israel participarão da greve, incluindo a Universidade Hebraica de Jerusalém e a Universidade de Tel Aviv. Um porta-voz da Universidade Hebraica de Jerusalém disse que o fechamento seria mais extenso do que medidas anteriores tomadas desde o início da guerra, como uma greve parcial em junho. Este fechamento incluirá todas as atividades, exceto exames. Antes da greve desta segunda-feira, o ministro das Finanças de ultradireita de Israel, Bezalel Smotrich, pediu ao procurador-geral do país que solicitasse liminares urgentes para impedir a ação planejada. Em uma carta endereçada ao Procurador-geral Gali Baharav-Miara, Smotrich argumentou que uma greve prejudicaria a economia durante a guerra e estabeleceria um precedente perigoso. Uma audiência está marcada para esta segunda-feira de manhã. Fonte: CNN Brasil
Suspensão do X distanciará investimentos do Brasil, segundo investidor bilionário Bill Ackman

Norte-americano é fundador da Pershing Square Capital, gestora que administra cerca de US$ 16 bilhões em ativos O investidor bilionário de Wall Street Bill Ackman afirmou por meio do X, que a suspensão da rede social no Brasil afastará investimentos do país. O norte-americano é fundador da Pershing Square Capital, gestora que administra cerca de US$ 16 bilhões em ativos. “O fechamento ilegal do X e o bloqueio de contas na Starlink coloca o Brasil em um rápido caminho para se tornar um mercado não investível”, escreveu. O ministro Alexandre de Moraes, do STF, determinou a suspensão do X em todo o Brasil. Além disso, mandou bloquear as contas da Starlink no Brasil, diante da ausência de representantes do X no país. A empresa de tecnologia aeroespacial, assim como a rede social, pertence a Elon Musk. Na mesma publicação, o investidor indicou que “a China cometeu atos similares, o que levou à fuga de capitais”. “O mesmo vai acontecer com o Brasil, a menos que eles rapidamente retirem estes atos ilegais”, completou. A fala de Ackman compartilhava publicação em que Musk. Na postagem em questão, Musk anuncia o lançamento de uma base de dados diária para denunciar supostos crimes do ministro da Suprema Corte brasileira. O perfil de Ackman na rede social é marcado por compartilhamentos de postagens do ex-presidente americano Donald Trump e críticas ao presidente Joe Biden e à candidata democrata à presidência nas eleições deste ano, Kamala Harris. Fonte: CNN Brasil
Política educacional nos municípios conheça os desafios

Há dois tipos de questões. Uma diz respeito à criação de melhores condições para o sucesso das políticas, e outra relaciona-se com os temas prioritários A Constituição de 1988 foi um divisor de águas para a política municipal de educação. Antes da redemocratização, a maior parte dos municípios tinha um papel pequeno na provisão educacional, pois havia largo predomínio das redes estaduais de ensino. Com a nova ordem constitucional, os governos locais foram crescendo paulatinamente de importância, atendendo hoje a maioria dos estudantes do ensino fundamental e detendo 62% das matrículas de toda a educação básica pública. Desse modo, os prefeitos e seus gestores ganharam uma centralidade inédita na educação brasileira. As eleições de 2024 deveriam expressar o tamanho desse desafio. O novo papel conferido aos governos municipais veio junto com uma enorme transformação na política educacional. Antes da redemocratização, a educação brasileira era elitista e excludente, com grande evasão e repetência dos estudantes, pouco investimento público e enorme desigualdade territorial. A Constituição de 1988 começou a mudar esse quadro ao tornar o ensino fundamental obrigatório, colocando a ideia da universalização do acesso pela primeira vez nas diretrizes estratégicas do Estado brasileiro. Esforço de aprimoramento institucional deve se voltar prioritariamente aos desafios locais da educação. A partir desse objetivo maior, várias mudanças foram feitas no arcabouço institucional, todas com grande efeito sobre a municipalização da política educacional. Do lado do financiamento buscou-se viabilizar uma educação pública que não deixasse ninguém de fora da escola e que garantisse padrões básicos de qualidade, algo garantido hoje pelo novo Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação). Novas formas de apoio federal à gestão local, além de formas de colaboração com os estados, especialmente no processo de alfabetização, também melhoraram o suporte dado às administrações municipais. Os municípios também são mais cobrados, sobretudo a partir do IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), cujos resultados constituem uma forma de responsabilização dos gestores municipais. O cenário de melhora das condições locais de provisão educacional não significa que os municípios tenham todo o aparato necessário para produzir melhores políticas públicas. Primeiro porque ainda existe uma grande desigualdade territorial em termos de capacidades estatais municipais. Esse problema se complexifica nas municipalidades menores – 69% das cidades têm até 20 mil habitantes. Há assimetrias em termos de distribuição de capital humano e de capacidade gerencial nas secretarias municipais. Além disso, a infraestrutura das escolas é bastante desigual ao longo do território nacional. Para além das desigualdades territoriais, há também elementos estruturais da política educacional local que são problemáticos em quase todo o país, inclusive em municípios grandes. Na maior parte dos casos, vigora uma alta rotatividade dos secretários municipais de Educação, tornando a descontinuidade uma característica marcante. Outro ponto comum é que há pouca colaboração interinstitucional no campo educacional das municipalidades. Disto resulta, por exemplo, um pequeno número de casos de cooperação intermunicipal. Um dos elementos mais preocupantes nas redes municipais é a fragilidade das secretarias municipais em termos de planejamento, aperfeiçoamento contínuo dos gestores educacionais e relacionamento com as escolas. O novo Fundeb começa a atacar parte desse problema com incentivos para se reduzir a politização da função de diretor escolar. Não obstante, é preciso, ao mesmo tempo, profissionalizar a relação com as escolas e torná-las parceiras e fonte de legitimidade da política educacional, em vez de subordinadas e instáveis institucionalmente. Diante desse quadro geral, quais seriam os principais desafios educacionais para os prefeitos eleitos em 2024? É possível dividir em dois tipos de questões. Uma diz respeito à criação de melhores condições para o sucesso das políticas, e outra relaciona-se com os temas prioritários. No plano estrutural, três temas são centrais. Primeiro, fortalecer a qualificação dos profissionais da educação, por meio de melhores processos seletivos, da criação de uma carreira atrativa e com mecanismos de responsabilização, e, principalmente, da expansão da formação continuada. Além disso, é fundamental ter escolas de tempo integral, com uma governança mais participativa e inclusiva em relação à comunidade. Soma-se a isso o reforço das capacidades estatais das secretarias, para que possam liderar os processos educacionais, tanto em termos de planejamento, como no campo da articulação com atores sociais e federativos, como a Undime. Todo esse esforço de aprimoramento institucional deve se voltar prioritariamente aos desafios locais da educação. O primeiro deles é impulsionar o processo educacional na primeira infância, melhorando o que é especificamente vinculado ao ensino, mas também fortalecendo os laços intersetoriais com a saúde e com a assistência social. Cabe frisar que o investimento na primeira infância tem um efeito enorme sobre o conjunto do desenvolvimento infanto-juvenil, especialmente nos estudantes mais pobres. Melhorar a alfabetização e consolidá-la até o final do fundamental 1 é uma tarefa primordial para todos os prefeitos. Tão importante quanto é garantir a qualidade na passagem dos estudantes para o fundamental 2, que por vezes continua com as municipalidades, mas que por outras vai para as mãos dos estados, responsáveis por 47% das matrículas em escolas públicas. Fazer bem essa transição é central para a educação básica brasileira. Ainda no plano temático, deve-se destacar a preocupação com a equidade, a ser construída desde cedo. Um exemplo nesse sentido é o da educação inclusiva de crianças e jovens com deficiência. Quanto mais os governos municipais fizerem bem essa política nas origens do processo educacional, maiores as chances de se ter uma sociedade mais justa e civilizada. O município é central na política educacional, especialmente para semear o que se pode colher no futuro. Se prefeitos querem ter bastante legitimidade no presente e serem reconhecidos no futuro, não há tarefa mais nobre do que tratar bem da educação das crianças. Fernando Luiz Abrucio é doutor em ciência política pela USP (Universidade de São Paulo), professor da FGV-Eaesp, coordenador do Ceapg (Centro de Estudos de Administração Pública e Governo) e foi pesquisador visitante no MIT (EUA). Ana Paula Karruz é doutora em políticas públicas e administração pública pela George Washington University (EUA) e professora do Departamento de Ciência