Aumenta expectativa do Brasil receber investimentos novos dos EUA, diz Rui Costa depois de reunião com embaixadora

Elizabeth Bagley sinalizou que anúncios devem ocorrer em novembro, durante a Cúpula do G20 no Rio de Janeiro, no âmbito da Parceria para Infraestrutura e Investimento Global (PGI) O ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou que o Brasil espera receber investimentos da Parceria para Infraestrutura e Investimento Global (PGI) do Governo dos Estados Unidos, o PGI. Em agenda com a embaixadora norte-americana no Brasil, Elizabeth Bagley, no Palácio do Planalto, ele apresentou oportunidades de parcerias entre os dois países em áreas como saneamento, linhas de transmissão, energia renovável, entre outras que fazem parte da carteira de projetos do Novo PAC. Elizabeth Bagley pontuou que os Estados Unidos querem ampliar parcerias com o Brasil e contam com o PGI como oportuna ferramenta nesse sentido. A sinalização é de que o presidente Joe Biden deve participar da reunião da cúpula do G20 no Brasil, em novembro, quando seriam celebradas as novas parcerias. O PGI foi lançado com o objetivo de fomentar o desenvolvimento sustentável em países emergentes. O posicionamento do Brasil em fortalecer a produção de energias renováveis foi um dos pontos destacados como uma “concordância de visões” entre os dois países. Na oportunidade, Bagley disse ao ministro que seu país celebra com entusiasmo os 200 anos de relações diplomáticas com o Brasil. Um aceno, já concretizado, foi a inauguração, neste ano, em São Paulo, do primeiro escritório na América Latina da Corporação Financeira dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (DFC). Comércio Bilateral Eles também conversaram sobre a próxima edição do CEO Fórum Brasil – EUA, prevista, de acordo com a embaixadora, para acontecer em 2025 em Washington. O evento, que tradicionalmente reúne CEOs de empresas e representantes dos governos dos dois países, para discutir a promoção do comércio bilateral, aconteceu pela última vez em 2023 em Brasília. Fundo Amazônia Ainda no contexto de estreitar parcerias, a embaixadora afirmou ao ministro da Casa Civil que a efetivação de novo repasse do governo americano ao Fundo Amazônia deve acontecer ainda em 2024, como parte do compromisso de 500 milhões de dólares feito pelo presidente Biden em abril de 2023. Fonte: Gov.br
Ranking de Competitividade dispõe Uberlândia como a 3ª do Brasil em acesso à Saúde

Esse é um dos 13 pilares considerados na classificação anual divulgado pelo CLP; no ranking geral, cidade subiu 4 posições e ocupa o 24º lugar, à frente de Brasília e outras 20 capitais, além de ser a 3ª entre municípios na faixa de 500 mil a 1 milhão de habitantes Uberlândia segue como uma das mais competitivas e a 3ª do Brasil em acesso à saúde. O reconhecimento integra a nova edição do Ranking de Competitividade dos Municípios, que avalia a eficiência das políticas públicas em setores essenciais para a qualidade de vida, bem-estar e economia da população. Na classificação geral, a cidade subiu 4 posições e é a 24ª entre as 411 analisadas, ficando à frente de Brasília (DF), Rio de Janeiro (RJ), Goiânia (GO) e outras 18 capitais. Além disso, é a 3ª melhor posicionada na faixa populacional de 500 mil a 1 milhão de habitantes, destacando-se também nos pilares “Qualidade da Saúde”, “Saneamento” e “Telecomunicações” e “Inovação e dinamismo econômico”. Entre municípios que têm o total de habitantes variando de 500 mil a 1 milhão de habitantes, a segunda maior cidade mineira é a 1ª tanto em “Acesso à Saúde” quanto em “Saneamento” e “Telecomunicações”. Nessa categoria, ainda figura como a 3ª em “Qualidade da Saúde” e ocupa a 6ª colocação em “Inovação e dinamismo econômico”. A lista é elaborada anualmente pela organização suprapartidária Centro de Liderança Pública (CLP) com base em indicadores públicos e está em sua 5ª edição. A análise compila os dados em 13 pilares, que abrangem questões socioeconômicas, ambientais, educacionais, de saúde e gestão. Modelo em acesso à saúde e qualidade Considerado setor prioritário na Prefeitura de Uberlândia, a Saúde municipal recebeu, desde 2017, mais que o dobro do percentual mínimo de investimento previsto constitucionalmente. Enquanto a Constituição Federal determina que as cidades apliquem nessa área ao menos 15% de seu orçamento, os valores aportados pelo Executivo municipal, sob a gestão do prefeito Odelmo Leão, passaram de 30,67% a 35,73% dos recursos públicos em sete anos, superando em mais de 100% a previsão legal e resultando em 1,1 milhão de atendimentos realizados apenas nas oito Unidades de Atendimento Integrado (UAIs), que são a referência em pronto atendimento da rede municipal e porta de entrada para a acesso da população ao Sistema Único de Saúde (SUS). Somando às UAIs os números da prestação de serviços em atenção primária, atuante por meio das 14 Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e 61 Unidades Básicas de Saúde da Família (UBSFs), e dos diversos espaços que oferecem suporte multiprofissional à população, os atendimentos da Rede Municipal de Saúde passaram de 3 milhões no último ano. Dados como esses transformaram em destaque nacional a estrutura de saúde promovida pela Prefeitura, que passou por importantes melhorias promovidas pela atual gestão, apesar dos desafios enfrentados no período de 2017 a 2024, como crises econômicas e nacionais. Recentemente, o Município chegou a liderar nacionalmente no programa Previne Brasil e, no último ano, foi a única cidade de Minas a estar entre as dez primeiras do país com mais de 500 mil habitantes classificadas com bom desempenho na Atenção Primária à Saúde (APS). A cidade está à frente das mineiras Belo Horizonte, Contagem, Juiz de Fora e de outras cidades brasileiras do mesmo porte, como Campinas (SP) e Ribeirão Preto (SP). Para conferir o Ranking de Competitividade dos Municípios 2024 clique aqui. Fonte: Imprensa Uberlândia
Eleições 2024: Brasil precisa mudar e mais pessoas se lançarem nas eleições municipais

Eleição para prefeito está praticamente decidida em 214 cidades brasileiras, onde há apenas um candidato em cada município. Em tais localidades, um único voto pode garantir a vitória, representando 3,8% do total de municípios no Brasil. Com apenas um candidato na disputa, ele próprio pode assegurar sua eleição no dia 6 de outubro. Esses 214 municípios representam 3,84% dos 5.569 municípios do país. Nesses locais, não haverá segundo turno, pois, segundo o TSE, é necessário ter pelo menos 200 mil eleitores para que isso aconteça. Com uma única candidatura em cada município, a possibilidade de segundo turno não se aplica. No total, cerca de 1,4 milhão de pessoas vivem nessas cidades. Borá (SP) é a menor em termos populacionais, com 907 habitantes, enquanto Batatais (SP) tem a maior população, com 58.402 habitantes. A média populacional dessas cidades é ligeiramente superior a 6.700 habitantes, conforme o último Censo do IBGE de 2022. As regiões Sul e Sudeste têm a maior concentração de cidades com candidatos únicos. Neste ano, o maior número de cidades com candidatura única está no Rio Grande do Sul (43) e em Minas Gerais (41), seguidos por São Paulo (26), Goiás (20), Paraná (18) e Piauí (11). Portanto, as regiões Sudeste (68) e Sul (66) têm a maior quantidade de cidades com apenas um candidato. Quase metade dos candidatos já possui experiência política. Entre os 214 candidatos, 101 se identificam como prefeitos, o que representa 47% do total. Além disso, há 23 empresários, 15 agricultores, oito administradores e oito servidores públicos, entre outros. A maioria dos candidatos é do sexo masculino e branco. Ao todo, 89% dos candidatos únicos são homens, 57% se identificam como brancos, 73% são casados e 57% têm nível superior. A idade média dos candidatos é de 49 anos. Dos 214 candidatos a prefeito, 50 são do MDB, o que equivale a 23% do total. Em seguida, estão o PSB (34), PP (27), União Brasil (24), PL (16), Republicanos (13) e PT (10), entre outros partidos. O número de cidades com apenas um candidato dobrou em relação às eleições de 2020, quando 107 cidades tinham um único candidato a prefeito, segundo dados da CNM (Confederação Nacional dos Municípios). Fonte: Barbara Krysttal
Brasil: Cortes de energia renovável decretam prejuízos e desestimulam aplicações

No acumulado de 2024, os cortes levaram a uma frustração de geração de mais de 20% em cerca de 20 empreendimentos Geradores de energia eólica e solar estão amargando perdas de centenas de milhões de reais com interrupções da produção de suas usinas determinadas pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), um problema que pode tornar projetos inteiros inviáveis e impactar a decisão de investimentos futuros, disseram empresas e entidades à Reuters. A situação tem afetado principalmente parques renováveis no Nordeste, diante de gargalos na transmissão de energia para o Sul e Sudeste. Isso em meio a uma corrida das empresas para descarbonizar suas operações e após o país ter estimulado por meio de financiamentos públicos e até com subsídios o crescimento da geração de eletricidade limpa, que agora acaba sendo desperdiçada. Chamadas tecnicamente de “curtailments“, essas ações são alternativas quando a geração excede o consumo ou quando falta capacidade de transmissão, mas se intensificaram no último ano, depois de um grande apagão que começou no Nordeste e levou o ONS a reduzir o volume de energia que a região envia para o restante do país. O percentual de cortes na média nacional foi equivalente a 3% da carga em julho, quando houve aumento dessas ações. Em alguns projetos específicos, contudo, as perdas são mais relevantes. No acumulado de 2024, os cortes levaram a uma frustração de geração de mais de 20% em cerca de 20 empreendimentos, sendo que esse índice chega a superar 50% em uma usina solar da chinesa SPIC e em um conjunto eólico da Equatorial (EQTL3), segundo um levantamento da consultoria Volt Robotics obtido pela Reuters. “Esse é hoje o maior problema do setor eólico… Virou uma incerteza que o gerador não consegue nem calcular”, afirmou Elbia Gannoum, presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica). A entidade estima que o prejuízo total aos geradores da fonte alcançará R$ 700 milhões entre agosto de 2023, quando o problema se agravou, e o final deste ano. A Absolar, associação do setor de energia solar, não fez projeção, mas calcula perdas de R$ 50 milhões de abril a julho deste ano, período para o qual disse ter dados oficiais. Eduardo Sattamini, CEO da Engie Brasil (EGIE3), empresa também afetada pelos cortes, disse que a companhia está preocupada com os desafios impostos pela frustração de geração no Brasil, já que o impacto imediato é o “desperdício de energia renovável para o país”. Para o empreendedor, acrescentou ele, há a “frustração parcial de seus investimentos”. “Um complexo eólico que sofre uma série de cortes, que não está gerando nem próximo daquilo que é esperado, é um projeto que está indo à bancarrota”, afirmou o diretor técnico da ABEEólica, Francisco da Silva. Segundo Silva, por mais que para uma empresa seja um único projeto, ela “precisa daquilo dando retorno para que o acionista tome a decisão de investir em novos projetos”. De acordo com levantamento da Volt Robotics com base em dados do ONS, o maior impacto para o setor de energia eólica foi visto no conjunto Serra do Mel II B (RN), da Equatorial, com 57,8% de geração perdida. Na energia solar, o principal projeto afetado pelos cortes é o conjunto Banabuiu (CE) da SPIC, com uma frustração de geração de 50,35% de janeiro até o início de agosto. Os dados apontam ainda cortes acima de 20% para outras eólicas da Equatorial e uma série de usinas renováveis de grandes elétricas, como Engie Brasil, Alupar (ALUP11), Voltalia e Elera, da Brookfield. Além do desperdício de recursos e de energia renovável, a interrupção da geração impõe custos adicionais às empresas, que têm que sair a mercado para comprar energia para conseguir honrar seus contratos junto a distribuidoras ou consumidores livres. A Voltalia divulgou no início da semana uma projeção de impacto de 40 milhões de euros em seu Ebitda de 2024 em função dos cortes de geração no Brasil. Outras elétricas, como a CPFL Energia, destacaram o assunto na apresentação de seus resultados do segundo trimestre, apontando perdas financeiras. As entidades ressaltam que a lei brasileira prevê ressarcimento aos geradores pelos cortes do ONS, mas questionam a regulamentação do tema definida pela agência reguladora Aneel. O tema é alvo de uma disputa judicial. O ONS defende que os cortes que vêm sendo realizados no dia a dia não são excessivos, apenas o necessário para manter a segurança da operação, disse à Reuters um diretor do órgão na semana passada. O operador também prevê para setembro um aumento da capacidade de exportação da energia do Nordeste, o que deve ajudar a reduzir os cortes. Mas a expectativa é de que o problema persista com o crescimento acelerado da energia eólica e solar na matriz brasileira, enquanto novas linhas de transmissão não entram em operação –o governo realizou leilões bilionários para conceder a construção dos projetos a empresas privadas, mas eles ainda levarão anos para entrar em operação. As perdas mais relevantes dependem da localização das usinas, se estão em áreas com restrições associadas à segurança das operações. Desestímulo a projetos novos À Reuters, a CEO da SPIC Brasil, Adriana Waltrick, disse que parte dos cortes de geração em sua usina solar no Ceará está relacionado a atrasos de meses na entrada em operação de linhas de transmissão. “Caso as atuais restrições não sejam solucionadas adequadamente, podem onerar os custos futuros de energia e impactar a competitividade do setor de energia renovável no Brasil”, afirmou a executiva. Já a Equatorial Energia afirmou que os cortes de geração já estão trazendo impactos negativos, como acionamento de usinas térmicas, precificação de maior risco pelos investidores e redução de novos investimentos no país, “comprometendo os objetivos de transição energética brasileiro”. “Não há ambiente para tomada de decisão de novos projetos, desde o ano passado, quando houve o agravo significativo dos cortes de energia e, certamente, dentro de um a dois anos, vamos perceber as consequências deste cenário”, disse a Equatorial. Sattamini, da Engie Brasil Energia, avaliou que o principal razão para o crescimento dos cortes foi a aceleração de subsídios para a geração
Segundo ministra da saúde, Brasil localiza-se no primeiro nível de emergência da Mpox

Isso significa que não há detecção da nova variante do vírus em território nacional; centro para monitoramento da doença foi instalado A ministra da Saúde, Nísia Trindade, afirmou que o Brasil está no nível 1 de emergência da mpox. A fala ocorreu durante a instalação do Centro de Operações de Emergência em Saúde para coordenar ações de resposta à doença. Isso significa que não há detecção da nova variante do vírus, denominada 1B, em território nacional. Com potencial de causar quadros clínicos mais graves, a nova cepa da mpox é mais transmissível. A nova variante se tornou preocupação mundial após a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarar, nesta semana, o vírus como uma emergência de saúde global em decorrência do surto ocorrido na África. O COE-Mpox irá intensificar as ações de vigilância e controle da doença em território nacional e terá como função o monitoramento da situação epidemiológica do vírus, coordenando as ações de resposta, além de abordar medidas de orientação aos viajantes. Entre os sintomas da mpox, estão lesões agudas que possuem secreções, além de vesículas em diferentes áreas do corpo, mas que se concentram, principalmente, nas genitais e algumas vezes na região da boca. O infectado pode apresentar calafrios e dores de cabeça. A pasta também relatou que está em negociação com a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) para aquisição emergencial de 25 mil doses de vacinas contra a doença. O alvo da imunização serão as pessoas que vivem com HIV/AIDS e profissionais de laboratório. Segundo a ministra, não há nenhum caso da variante 1B, até o momento, no país. Desde que foi declarada situação de emergência internacional em 2022, somente foram registrados casos da doença com a cepa 2. As infecções estão concentradas, de acordo com um relatório técnico utilizado por Trindade, entre homens, sendo esse percentual de 98%, e pessoas portadoras do vírus HIV. Mpox no Brasil O primeiro caso de Mpox no Brasil foi registrado na cidade de São Paulo em 2022. Desde aquele ano até 2024, foram contabilizados 12.215 diagnósticos do vírus. A última morte pela doença aconteceu em abril deste ano. Fonte: CNN Brasil
Ranking do Ideb no sul do Brasil é liderado por Escolas municipais de Joinville

Adolpho Bartsch e Maria Magdalena Mazzolli alcançam nota 8,6 nos anos iniciais do Ensino Fundamental Os resultados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), divulgados pelo Ministério da Educação, destacam o excelente desempenho das escolas municipais de Joinville. As unidades Adolpho Bartsch e Maria Magdalena Mazzolli atingiram a nota 8,6, liderando o ranking dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental na região Sul do Brasil. Essas escolas de Joinville dividem a primeira posição com outras duas instituições do Paraná, localizadas em Cascavel e Foz do Iguaçu. Esse resultado coloca Joinville em evidência no cenário educacional, especialmente entre as unidades municipais catarinenses, onde quatro escolas da Rede Municipal estão entre as dez melhores notas. Além das líderes, destacam-se as escolas Francisco Rieper, com nota 8,2, e Senhorinha Soares, com 8,1. Nos Anos Finais do Ensino Fundamental, Joinville também se sobressai, com quatro escolas entre as dez melhores de Santa Catarina. A Escola Agrícola Carlos Heins Funke, com nota 7,3, lidera o grupo, seguida por Hans Müller (7,2), Paul Harris (7,0) e Plácido Xavier Vieira (6,8). O Ideb, que mede a qualidade da educação brasileira, é calculado com base no desempenho dos alunos nas provas de Língua Portuguesa e Matemática, além da taxa de aprovação dos estudantes. Joinville está entre as melhores notas do Brasil de municípios com mais de 500 mil habitantes O desempenho da Rede Municipal de Ensino de Joinville nos resultados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) de 2024 foi notável, consolidando a cidade como um exemplo de excelência educacional no Brasil. Joinville obteve um aumento na nota dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, passando de 6,8 em 2021 para 7,0 em 2024. Nos Anos Finais, o crescimento foi de 5,9 para 6,0 no mesmo período. Esses avanços colocam Joinville no topo do ranking nacional entre os municípios com mais de 500 mil habitantes, tanto nos Anos Iniciais quanto nos Anos Finais do Ensino Fundamental. A melhoria contínua nas notas do Ideb reflete a eficácia das políticas educacionais adotadas pelo município e o esforço coletivo dos profissionais envolvidos na educação. O secretário de Educação, Diego Calegari, celebrou os resultados, destacando o comprometimento dos servidores da Rede Municipal. “É um orgulho para Joinville saber que hoje temos a melhor educação entre as cidades de médio e grande porte do Brasil. Isso é fruto das políticas que temos adotado e do comprometimento e engajamento dos servidores da Educação, como gestores, professores, técnicos e demais colaboradores, que atuam nas Escolas e CEIs e tornam realidade essa educação transformadora no dia a dia dos nossos alunos”, afirmou. Resultados alcançados com trabalho em rede Os resultados alcançados fazem parte do trabalho realizado pela Secretaria de Educação de Joinville, com o desenvolvimento de projetos e programas em parceria com as Escolas e Centros de Educação Infantil (CEIs), além dos profissionais da Rede Municipal de Ensino para garantir que todos os alunos aprendam na idade certa e que ninguém fique para trás. Entre as ações realizadas ao longo de todo o ano, estão o combate à infrequência e a promoção de engajamento dos alunos e famílias; sistema de monitoramento da aprendizagem; apoio aos alunos com dificuldades e aceleração de estudantes em defasagem escolar; formação continuada; estruturação da gestão; e colaboração em rede. Fonte: JI Online
Crise eleitoral na Venezuela provoca racha na esquerda e é desafio para pretensões do Brasil na arena política mundial

Postura extremamente cautelosa do Itamaraty, que não reconheceu resultado das eleições, é resultado de confluência de fatores que incluem tradição de não-interferência, divisões na esquerda e legado da aliança entre diferentes setores da sociedade brasileira que derrotou ameaça de guinada autoritária nas eleições de 2022. Desde que ocorreram as mais recentes eleições presidenciais na Venezuela, em 28 de julho, o país vive um quadro que combina intensa tensão política e enfrentamento institucional. Nesta segunda-feira, 5/8, o presidente do CNE (Conselho Nacional Eleitoral) da Venezuela, Elvis Amoroso, informou ter entregado as atas relativas a à votação ao Tribunal Supremo de Justiça, (TSJ), o órgão máximo do judiciário nacional. Tanto o CNE quanto o TSJ são alinhados ao governo do presidente Nicolás Maduro (Partido Socialista Unido da Venezuela). No dia 2/8, mesmo sem dispor da totalidade destas atas, o órgão eleitoral confirmou a reeleição de Maduro, com supostos 51,95% dos votos. Porém, o Conselho até agora não havia divulgado as atas, o que era uma exigência do processo eleitoral, e também uma demanda do Brasil e de outras nações para reconhecerem a vitória de Maduro. A oposição contesta o resultado e afirma que o vencedor do pleito foi Edmundo González Urrutia (Plataforma Unitária Democrática). O TSJ solicitou ao CNE a entrega da ata de escrutínio das mesas eleitorais de toda a nação, da ata de totalização final do processo eleitoral, da ata de julgamento e da proclamação das eleições. A presidente do TSJ, Caryslia Rodríguez, confirmou a entrega do material. Disse que o tribunal vai investigar acusações de fraude. A apuração poderá durar até 15 dias. Edmundo González e outros três candidatos da oposição que participaram das eleições de 28 de julho foram convocados a comparecer perante o tribunal na 4ª feira (7/8). A sessão com Maduro foi marcada para 6ª feira (9/8). Segundo a corte, o objetivo é “a consolidação de todos os instrumentos eleitorais que se encontram em posse dos partidos políticos e dos candidatos”. Os citados “deverão entregar a informação requerida e responder às perguntas”. Neste início de semana, Edmundo González divulgou uma carta em que, na prática, também se proclama como vencedor do pleito e pede o apoio dos militares para encerrar o conflito. Os EUA já se posicionaram no sentido de reconhecer Edmundo González como vencedor do pleito atual, mas não o consideram presidente da Venezuela. A União Europeia também não reconheceu os resultados proclamados das eleições venezuelanas. Em comunicado, o bloco disse que aceita a veracidade das atas publicadas pela oposição liderada por María Corina Machado, ratificando que o candidato opositor Edmundo González Urrutia parece ser o vencedor por uma maioria significativa. O governo Lula até agora não reconheceu oficialmente o resultado proclamado pelo CNE, e condicionou este reconhecimento a uma apresentação da documentação eleitoral. Carolina Silva Pedroso, pesquisadora do Instituto de Estudos Econômicos e Internacionais da Unesp e pós-graduada pelo programa de Pós-Graduação em Relações Internacionais San Thiago Dantas (Unesp, Unicamp e PUC-SP), analisa o conflito que engoliu o processo eleitoral na Venezuela, e também aborda as divisões que surgiram entre os grupos de esquerda e até mesmo dentro do governo brasileiro. Pedroso explica que este pleito, em particular, atraía muita atenção porque, pela primeira vez desde que o Chavismo chegou ao poder na Venezuela, 25 anos atrás, parecia haver condições concretas para uma vitória da oposição. Como preparação para uma eleição tão importante, governo e oposição haviam inclusive se encontrado em um outro país, Barbados, para acordar o calendário eleitoral e as condições em que a campanha aconteceria. Entre os pontos estipulados estavam a de uma atitude de respeito mútuo e de cordialidade durante a campanha. “O fato de que foi preciso fazer estas definições em um encontro no exterior, ao longo desse primeiro semestre de 2024, era na verdade, era a ponta do iceberg de uma situação muito mais complexa e de enorme disparidade”, analisa ela. Para além de uma rivalidade política, governo e oposição enfrentam profundas divergências quanto aos projetos que sustentam para o país. “E eu diria que são projetos mutuamente excludentes de país. Essa divisão profunda da sociedade venezuelana ficou muito evidente durante a campanha eleitoral. E a própria oposição teve que lidar com suas próprias rivalidades para conseguir se organizar atrás de uma candidatura fortalecida e única. O dia da eleição, embora bastante tenso, foi relativamente tranquilo, e o processo foi acompanhado por uns poucos observadores internacionais. “O problema foi exatamente o fechamento das urnas. Após essa etapa, houve um problema na transmissão dos dados, dos votos dos centros de votação para o Conselho Nacional Eleitoral, que é esse centro que é esse poder, na verdade constitucional, independente, que organiza as eleições no país”, diz. O CNE alega que passou por um processo de ataque hacker de cunho terrorista. A oposição, por sua vez, diz que, no momento da transmissão dos dados, muitos dos seus observadores e testemunhas partidárias não puderam estar presentes para verificar se o processo estava acontecendo da maneira como consta no regulamento eleitoral do país. “Então nós não temos certeza quanto ao número exato de pessoas que foram votar. A oposição alega um determinado número. O governo alega que determinado número mais do que dá para saber que foi em torno de mais ou -60% do universo total de pessoas que estavam aptas para votar. E a grande questão não é nem só quantas pessoas foram votar, mas sim quantos votos cada candidato obteve”, diz. Na contagem oficial do Conselho Nacional Eleitoral, Nicolás Maduro teria recebido pouco mais de 5 milhões de votos, enquanto o seu adversário mais direto, Edmundo González, teria tido cerca de 4.400.000 votos. Porém, a oposição diz ter tido acesso a parte da documentação oficial das urnas eletrônicas e que, na verdade, Edmundo González foi o vencedor. O Conselho Nacional Eleitoral, até o presente momento, ainda não apresentou essas atas, todas na sua totalidade e separadas por centro eleitoral, que comprovariam aquele total que foi divulgado como resultado oficial. “Em linhas gerais, esse é o cenário da Venezuela hoje.” Posicionamento
Ferrovia com 1.753 km localizada no Brasil tem aplicações de R$ 6,72 bilhões

A Ferrovia Nova Transnordestina representa um dos projetos mais ambiciosos de infraestrutura no Brasil. Projetada para conectar o Porto de Pecém, no Ceará, e o Porto de Suape, em Pernambuco, ao cerrado do Piauí, essa iniciativa abrange mais de 1.753 km e visa transformar a logística da região Nordeste, beneficiando enormemente a população local. A ferrovia pretende amplificar a competitividade das produções agrícola e mineral, alegrando colaboradores e beneficiados. Com um custo inicial estimado em R$ 5,42 bilhões, a obra já ultrapassou a casa dos R$ 6,72 bilhões devido a investimentos em mão de obra e equipamentos. Operada pela Transnordestina Logística S.A., uma subsidiária da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), a ferrovia conta com a maior parte de seus recursos provenientes de investimentos públicos, mesmo sendo um empreendimento privado. Investimentos e Recursos da Nova Transnordestina Os recursos para a construção da ferrovia são provenientes de diversas fontes. Dos R$ 2,3 bilhões restantes da fase inicial, R$ 1,3 bilhão vem do caixa da CSN, R$ 823 milhões do Fundo de Investimento do Nordeste (Finor) e R$ 164 milhões da estatal Valec. Em 2024, durante o governo Lula, uma decisão do Tribunal de Contas da União autorizou a retomada de investimentos no trecho da ferrovia, com o governo federal lançando edital para a conclusão do projeto de engenharia. Esses investimentos visam finalizar um projeto que já utilizou R$ 6,27 bilhões até 2016, mas que ainda requer mais de R$ 5 bilhões para a conclusão total. Com a promessa de entrega até 2026, a Nova Transnordestina continua a prometer um grande desafio, mas também uma esperança de desenvolvimento para a região Nordeste. Desafios e Avanços da Ferrovia Nova Transnordestina Quais são os principais desafios e avanços desse gigantesco projeto? A Nova Transnordestina visa essencialmente suportar a logística eficiente da região, unindo uma infraestrutura ferroviária moderna com portos de calado profundo capazes de receber grandes embarcações. Além disso, a bitola mista proporciona a integração da bitola larga com outras ferrovias regionais de bitola métrica. Os terminais da ferrovia são estrategicamente localizados para facilitar a exportação de granéis sólidos e atender os principais mercados consumidores. A futura conexão com a Ferrovia Norte-Sul através de Eliseu Martins (PI) e Estreito (MA) também reforça a integração desse projeto com outras importantes malhas ferroviárias brasileiras. Como a Ferrovia Nova Transnordestina Impactará o Porto de Pecém? O Porto de Pecém, no Ceará, é uma das âncoras desse projeto. Mas como a ferrovia impactará diretamente este porto? A Nova Transnordestina proporcionará maior eficiência e baixo custo na logística de exportação/importação de mercadorias, especialmente produtos agrícolas e minerais. Isso aumentará a competitividade do Porto de Pecém no cenário nacional e internacional. Qual a Importância da Bitola Mista na Ferrovia Nova Transnordestina? A bitola mista, presente na Ferrovia Nova Transnordestina, é um dos elementos cruciais do projeto. Este formato permite a combinação da elevada capacidade da bitola larga com a conexão às outras ferrovias regionais de bitola métrica. Essa característica não só aumenta a capacidade de transporte de cargas, como também facilita a integração logística nacional. Desde o leilão da Malha Ferroviária Nordeste em 1997 até o reinício das obras em 2019, o percurso da Nova Transnordestina foi repleto de desafios e avanços. Com estimativas de conclusão para 2026 e a futura conexão com a Ferrovia Norte-Sul, a promessa é que os benefícios superem as adversidades enfrentadas. Com um panorama que inclui rampas e curvas projetadas meticulosamente para garantir a eficiência logística, a Ferrovia Nova Transnordestina se destaca não só pela extensão, mas pela importância estratégica para o Nordeste brasileiro. Fonte: Monitor do Mercado