Consequências do corte de gastos do governo nos investimentos

Marcelo d’Agosto responde à duvida de um ouvinte sobre os reflexos do pacote de corte de gastos do governo para a rentabilidade dos investimentos de renda fixa e renda variável O impacto, pelo menos na teoria, tende a ser a valorização dos investimentos. Só para entender, hoje a gente tem uma discussão sobre como financiar os gastos do governo. Como eu falei, toda essa discussão tem um aspecto muito teórico. O argumento é que quando o governo gasta, ele promove um bem estar geral e um crescimento econômico. Por exemplo, quando o governo faz uma linha de metrô numa cidade, durante a construção gera emprego e depois o bairro tende a se valorizar. Só que o gasto precisa ser financiado e tem três formas para isso: ou com o aumento da dívida do governo, ou com mais emissão de moeda, ou com a redução dos ativos do governo. E qualquer forma de financiar esses gastos pode ter consequências negativas. Hoje em dia, especificamente, a dívida pública está crescendo e é um problema. Até porque os juros aumentaram, por causa da inflação. Se o governo conseguir equilibrar os gastos, ele pode reduzir o ritmo de crescimento da dívida. Daí os juros tendem a cair. Como os juros mais baixos são bons para as empresas e para os consumidores, o lucro das empresas tende a subir e as ações na bolsa valorizam. E os fundos imobiliários. Esse ambiente positivo pode acabar reduzindo a cotação do dólar em relação ao real. Resumo: O ajuste fiscal tem mais chance de ter um impacto positivo para a rentabilidade dos investimentos. Agora, toda essa discussão é teórica. Depende do apoio e da consistência das medidas. Fonte: CBN

Estados Unidos e o mundo sob Donald Trump

É um tanto improvável que Trump tenha capacidade para promover um giro radical na política externa. Mudanças certamente virão. Mas tudo indica que não serão revolucionárias A vitória eleitoral de Donald Trump surpreendeu boa parte do mundo. Havia uma expectativa de que Kamala Harris poderia ser a vitoriosa na disputada eleição dos Estados Unidos. Mas deu Trump. Isso tem grandes implicações para a política internacional. É possível imaginar várias mudanças, diretas e indiretas, inclusive para o Brasil, mas, sobretudo para o mundo. Essa vitória consagra, pelo menos momentaneamente, a predominância de uma perspectiva conservadora e liberal, algo que se costumava chamar de “direita”. Uma eleição nos Estados Unidos implica em impactos globais, muito diferente do que acontece em um país que não tenha as características dos EUA. A mudança de governo lá será sentida em escala mundial. A volta de Trump ao poder significa a volta de um ideal político, talvez não claramente definido, mas que tem indicações ideológicas claras e profundas. Governos liberais que foram eleitos nos últimos anos se sentirão muito fortalecidos. Um dos exemplos mais evidentes é o da Argentina. Mas ele não é o único. E outros virão. Isso quer dizer que, muito provavelmente, haverá o crescimento de partidos com ideologias afins àquelas desse setor dos Republicanos que estão de volta ao poder nos Estados Unidos. No caso do Brasil, por exemplo, Luiz Inácio Lula da Silva nunca escondeu sua preferência pessoal pela candidata derrotada. E, no nosso caso, o ex-presidente Jair Bolsonaro já se apressou em marcar sua posição favorável a essa mudança de poder. O Brasil é apenas um ator secundário na política externa dos Estados Unidos. Temas mais relevantes ocupam a agenda internacional daquele país. Guerra da Ucrânia, conflitos no Oriente Médio, política externa chinesa, liberalismo e “guerra comercial”, sobretudo com a China, enfim, assuntos de primeira hora da agenda internacional. Como se comportará o novo governo dos Estados Unidos? Mudanças radicais? Arriscado dizer.  É um tanto improvável que Trump tenha capacidade para promover um giro radical na política externa norte-americana. Mudanças certamente virão. Mas tudo indica que não serão revolucionárias. Ajustes serão feitos. Mas os temas mais relevantes ainda despertam muita curiosidade sobre o que realmente pode mudar. E, mesmo considerando todo o peso dos Estados Unidos, até mesmo eles têm limitações.  Haverá uma transformação radical no que diz respeito à guerra na Ucrânia? Nas relações com a Rússia e com a China? E com a Coreia do Norte? Muito difícil fazer qualquer afirmação, pelo menos por enquanto. Trump já foi presidente dos Estados Unidos, e muito do que ele prometeu em campanha eleitoral não foi cumprido. O que dizer, por exemplo, sobre a questão dos imigrantes? Por seguidas falas, ele já teria fechado completamente os Estados Unidos para imigrações não desejadas. Mas isso não aconteceu. Não é difícil imaginar, contudo, que o impacto da nova administração nos Estados Unidos terá desdobramentos profundos ao beneficiar candidatos conservadores e liberais em muitos países. A vitória de Trump reforça o apelo político desses movimentos. Mas mesmo isso não será capaz de frear as disparidades geopolíticas existentes. Pelo contrário, tem tudo para acirrar ainda mais as tensões mundiais em áreas estratégicas.  Donald Trump tem uma visão política sobre o panorama internacional. O maior dilema é que se trata do presidente do país mais poderoso do mundo. E, mais perigoso ainda, em seu último e definitivo mandato. Trump não poderá mais concorrer às eleições presidenciais nos Estados Unidos. Isso coloca o mundo diante de um sério dilema. Estamos diante de um estadista ou não? A resposta para esse dilema é de extrema relevância.  Fonte: Correio Braziliense

Ieda Chaves estimula gestores municipais a cuidar das pessoas e dos animais em novos mandatos

“Transição e Inovação para uma Gestão Eficiente” é tema de evento promovido pela Arom Gestores municipais, em início ou fim de mandato, participam do “Encontro de Prefeitos e Prefeitas: Transição e Inovação para uma Gestão Eficiente”, em Porto Velho. Como forma de estreitar relações, a deputada estadual Ieda Chaves (União Brasil) esteve presente durante a abertura e das mesas temáticas, nas quais foram abordados os desafios da transição de mandatos e a valorização da inovação na gestão pública. Promovido pela Associação Rondoniense de Municípios (Arom), em colaboração com a Controladoria Geral do Município de Porto Velho (CGM-PVH) e a Rede de Controle Rondônia, o evento seguiu até a última sexta-feira (8), no Teatro Banzeiros. Em sua fala, a parlamentar destacou o papel essencial dos prefeitos na transformação da vida das pessoas. “Embora eu não tenha sido prefeita, estive ao lado do prefeito da capital, Hildon Chaves, e vi toda a dedicação e o comprometimento no trabalho realizado. O gestor é quem de fato cuida das pessoas e define a qualidade da educação, da saúde e o olhar especial aos idosos e, por que não, aos animais de estimação”, disse Ieda Chaves, reforçando o papel do chefe do Executivo Municipal como agente de mudança. Em seguida, a deputada estadual também enfatizou que a Assembleia Legislativa de Rondônia (Alero) está de portas abertas para os prefeitos e prefeitas eleitos e seus respectivos vices. “Somos a Casa do Povo, e nosso interesse é ver Rondônia crescer e se desenvolver. Uma gestão feita com seriedade e dedicação pode transformar a vida das pessoas, especialmente quando conduzida por quem realmente gosta de gente”, acrescentou Ieda Chaves. Governança Segundo o presidente da Arom, Hildon Chaves, o público presente é engajado e participativo e o Encontro de Prefeitos e Prefeitas é um marco no fortalecimento da governança e inovação na Administração Pública em Rondônia. “A programação conta com palestras proferidas por grandes nomes do país e focadas em temas essenciais para o desenvolvimento de uma gestão pública transparente”. Fortalecimento da causa animal Além disso, Ieda Chaves fez um apelo em prol da causa animal, uma das suas principais bandeiras, destacando a vulnerabilidade dos animais de estimação e a importância de uma gestão especial para as necessidades desses seres. “Gostaria de pedir pelos pets, porque eles não têm voz. Se sentir fome ou frio, não fazem pedido de ajuda, e muitas vezes a gente passa e não vê. Quando Hildon Chaves assumiu a prefeitura de Porto Velho, não havia sequer uma Secretaria para o bem-estar animal. Hoje, temos essa secretaria, votada pela Câmara Municipal, que distribui ração para ONGs e acolhe animais em situação de abandono”, relatou Ieda, lembrando que essa é uma questão de saúde pública e se colocou à disposição para contribuir com emendas parlamentares em todo o estado. Parcerias A programação só foi possível com a parceria do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Caixa Econômica Federal (Caixa), Banco do Brasil (BB), Universidade Federal de Rondônia (Unir) e Instituto Federal de Rondônia (Ifro) – Campus Porto Velho Zona Norte.  Fonte: Assembleia Legislativa de Rondônia

Prefeitura de Palmital – SP lança edital novo de Processo Seletivo

Oportunidades são para profissionais de nível médio; confira as vagas disponíveis No estado de São Paulo, a Prefeitura de Palmital anuncia a abertura de um novo Processo Seletivo, com o objetivo de preencher 27 vagas, além de formar cadastro reserva, para profissionais de nível médio. De acordo com o edital, as oportunidades são para os seguintes cargos: Monitor Escolar (10 vagas); Monitor de Creche (5 vagas); Monitor de Transporte (12 vagas). Ao serem contratados, os profissionais deverão cumprir jornadas de 30 a 40 horas semanais e contarão com remuneração mensal de R$ 1.059,00 a R$ 1.412,00, além de vale no valor de R$ 550,00. Para concorrer a uma das vagas, é necessário que o candidato comprove o nível de escolaridade exigido, tenha idade mínima de 18 anos, entre outros requisitos. Inscrição e seleção Os interessados podem se inscrever no período de 11 a 17 de novembro de 2024, pelo site Recrutamento Brasil, com taxa de R$ 40,00. A seleção dos candidatos será feita por meio de prova objetiva, prevista para o dia 8 de dezembro de 2024. O conteúdo programático consistirá em questões de língua portuguesa, matemática e conhecimentos gerais. Vigência A validade do Processo Seletivo será de 24 meses, podendo ser prorrogado por igual período, a partir da data da homologação. Mais detalhes podem ser encontrados no edital completo, disponível em nosso site. Fonte: PCI Concursos

Após eleições nos EUA o pedido de Bolsonaro a Trump

Após a vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais dos Estados Unidos, reações e expectativas surgiram em várias partes do mundo. Entre os interessados no resultado estava o ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro. Ele demonstrou uma forte expectativa em relação à liderança de Trump, especialmente no que diz respeito ao impacto que isso pode ter no Brasil. Bolsonaro chegou a expressar publicamente seu desejo de que a liderança de Trump seja um fator crucial para manter o Brasil distante de um caminho considerado desfavorável por ele. Essa declaração revela a importância que o ex-presidente brasileiro atribui ao governo Trump no cenário internacional. Em conversa com o colunista Paulo Cappelli, do portal Metrópoles, Bolsonaro afirmou que espera que Trump ajude a impedir que o Brasil “se torne uma Venezuela”, ressaltando a importância da liderança do republicano para a defesa da liberdade. Como Trump Influencia a Política Brasileira? A vitória de Trump nos Estados Unidos traz implicações significativas para o cenário político do Brasil. Durante o período em que ambos os políticos exerceram a presidência de seus respectivos países, houve uma visível convergência de ideais e políticas. Esse alinhamento político tem potencial para afetar estratégias internas e externas do Brasil. Entre os principais pontos de interesse está a política externa dos Estados Unidos, que, sob a liderança de Trump, poderia fortalecer certas alianças econômicas e militares. Bolsonaro, portanto, encontra na liderança de Trump um aliado que pode fortalecer sua visão de governo e auxiliar em desafios internacionais que o Brasil enfrenta. Qual é o Futuro da Relação EUA-Brasil Sob a Nova Liderança? A perspectiva de proximidade entre Bolsonaro e Trump ainda levanta questões sobre o futuro da relação entre os dois países. Bolsonaro já manifestou seu desejo de que o agora presidente dos EUA desempenhe um papel ativo na política internacional de maneira a promover valores que considera essenciais. Uma das principais preocupações de Bolsonaro é que o Brasil não siga o caminho político e econômico de regimes que ele critica, como é o caso da Venezuela. A liderança de Trump é vista como um contrapeso a essas influências, o que pode moldar futuras políticas de cooperação entre Brasil e Estados Unidos. “Desejo felicidades [a Donald Trump]. E que não esqueça o Brasil. O Brasil depositou muita esperança na sua eleição, Trump. Ainda durante a campanha, uma mulher brasileira pediu a você que não permita que os Estados Unidos virem o Brasil. E eu faço um complemento: não deixe o Brasil virar a Venezuela. Peço que nos ajude, Trump, a não deixar o Brasil virar uma Venezuela. A sua liderança é muito importante para a liberdade.”, frisou Bolsonaro, ao ser questionado sobre o que deseja ao republicano. Implicações Internacionais de um Alinhamento Brasil-Estados Unidos Um potencial alinhamento próximo entre Brasil e Estados Unidos sob a liderança de Trump pode ter amplas implicações internacionais. Isso pode influenciar desde acordos comerciais a colaborações em questões de segurança. O Brasil, com sua posição estratégica na América do Sul, se torna um parceiro atraente para os Estados Unidos nesse contexto. Implicações Internacionais de um Alinhamento Brasil-Estados Unidos Um potencial alinhamento próximo entre Brasil e Estados Unidos sob a liderança de Trump pode ter amplas implicações internacionais. Isso pode influenciar desde acordos comerciais a colaborações em questões de segurança. O Brasil, com sua posição estratégica na América do Sul, se torna um parceiro atraente para os Estados Unidos nesse contexto. Além disso, a colaboração em desafios globais, como segurança e mudanças climáticas, pode ser influenciada por essa proximidade. Contudo, é importante observar que tais alianças também podem gerar reações de outros países ou blocos econômicos, tornando o cenário político internacional ainda mais complexo. Fonte: Terra Brasil Notícias

Deputadas brasileiras indicam problemas para aprovar propostas que aumentam representatividade feminina

De acordo com as coordenadoras das bancadas femininas da Câmara e do Senado, a luta é permanente para superar desafios Depois de debater com mulheres parlamentares de diversos países os desafios enfrentados para reduzir a desigualdade econômica em comparação com os homens e ocupar mais posições de chefia e poder, as coordenadoras das bancadas femininas da Câmara e do Senado, deputada Benedita da Silva (PT-RJ) e senadora Leila Barros (PDT-DF), disseram que houve avanços nos últimos anos, mas admitiram que esta é uma luta que ainda prossegue. Elas tiveram papel de destaque nos debates das mulheres parlamentares do G20, o grupo de países mais ricos do mundo, que discutiu maneiras de aumentar a representatividade feminina, diminuir as desigualdades de gênero e de raça e enfrentar os efeitos dos desastres climáticos a partir da perspectiva de gênero e raça. Para a senadora Leila Barros, esses desafios serão superados a médio e longo prazos. “Esses desafios não serão superados em uma, duas ou três legislaturas. É um trabalho diário, como essas iniciativas, como esse P20 que nós estamos tendo, que é um fórum importantíssimo de nós podermos compartilhar com outras parlamentares de outros países e perceber que as dificuldades, as frustrações, os desafios são os mesmos.” A deputada Benedita da Silva disse que aprovar propostas que reduzam desigualdades nem sempre é fácil em um ambiente comandado por homens. Para a deputada, essa é uma luta permanente. “Chegar em uma Casa que é majoritariamente masculina para tratar de uma pauta de mulher não é uma coisa fácil. Hoje, eles dizem que são questões identitárias, mas eu vou lutar para dizer que nós somos maioria da população. Nós ganhamos menos, moramos mal e somos privadas de direitos. E a gente prova cientificamente que nosso país é um país de preconceito, é um país racista”, disse Benedita. Violência política de gêneroUm dia antes da reunião dos presidentes dos parlamentos do G20, o Plenário da Câmara recebeu mulheres parlamentares de diversos países, e os problemas apontados eram mais ou menos os mesmos. A violência política de gênero foi um dos temas tratados na discussão. A deputada Yandra Moura (União-SE), coordenadora do Observatório da Mulher na Política, uma iniciativa da Câmara, disse que vivenciou episódios desse tipo quando se candidatou à prefeitura de Aracaju, em Sergipe, nas últimas eleições. Para ela, a solução passa pelo Judiciário. “Apesar de avanços, a Justiça ainda é muito lenta para combater esse tipo de violência, desde as fake news, até mesmo as agressões, a diminuição única e exclusivamente por ser mulher. Então o que a gente pretende, o que a gente vai se debruçar, principalmente com o Observatório e a Secretaria da Mulher, é desenvolver políticas públicas até mesmo para ajudar e auxiliar o Judiciário a ser mais ágil nessas próximas eleições que estão por vir e que já se aproximam”, afirmou a deputada. Fonte: Agência Câmara de Notícias

Prefeitura abriu licitação para aquisição de materiais de saúde

A Secretaria de Administração da Prefeitura de Vila Velha abriu, no último dia 29, o pregão eletrônico nº 120/2023 para aquisição de materiais destinados à Secretaria de Saúde. O pregão eletrônico teve seis lotes destinados à participação de microempresas (ME) e empresas de pequeno porte (EPP), além de outros dois voltados à ampla concorrência. São materiais de consumo hospitalar para fim de promover a assistência adequada aos pacientes da rede municipal de saúde. Serão adquiridos materiais como curativo em gel, sabonete antisséptico, compressa de gaze aderente, curativo não aderente de diferentes tamanhos, além de gel condutor para transmissão ultrassônica e ECG. O prazo para apresentação de propostas era até dia 08 de novembro, às 10h30. A inscrição poderia ser feita no site Sistema Compras.gov do Governo Federal. O valor estimado da licitação: R$ 340.764,00 (trezentos e quarenta mil, setecentos e sessenta e quatro reais). O certame pode ser acompanhado pelo link http://www.vilavelha.es.gov.br/transparencia e também pelo endereço https://www.vilavelha.es.gov.br/licitacoes. Mais informações pelo telefone 3149-7580. Fonte: Prefeitura de Vila Velha

Veja como vitória de Trump impacta investimentos no Brasil

Economistas consultados, afirmam que câmbio, juros e importações serão principais setores que devem sentir efeitos do resultado eleitoral nos EUA A vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais dos Estados Unidos traz consigo preocupações de políticas econômicas protecionistas que podem causar estresse sobre parcerias comerciais e fortalecer o dólar. Com isso Donald Trump voltará à Casa Branca após quatro anos para um segundo mandato. Economistas, afirmam que câmbio, juros e importações serão os principais setores que podem sentir desdobramento da conquista de Trump de seu segundo mandato na Casa Branca. José Alfaix, economista da Rio Bravo Investimentos, afirma que o dólar pode passar por alta devido às expectativas de juros maiores na administração Trump, por conta da política fiscal expansionista e cortes de impostos. “O plano de Trump tem um viés bastante inflacionário, que deve ser combatido com maiores taxas de juros, aumentando a atratividade do dólar e dos ativos estadunidenses frente aos pares emergentes”, explica. Paulo Silva, economista e co-fundador da Consultoria Advisory 360, ressalta que uma política econômica que busca equilíbrio fiscal pode beneficiar o Brasil nesse cenário de vitória de Trump. “O protecionismo econômico de Trump aumenta a pressão inflacionária e intensifica o ciclo de alta de juros por aqui. Diante disso, podemos esperar que haverá aumento da taxa Selic, nesta quarta-feira (6), somada a outros fatores que sugerem isso”, afirma. Sidney Lima, analista da Ouro Preto Investimentos, afirma que com possíveis ajustes do Federal Reserve (Fed, na sigla em inglês) de suas taxas de juros, os EUA se tornaram mais atrativos a investidores. “Ao olhar para nossa economia, essa valorização da moeda americana pode encarecer commodities e insumos importados, caso o cenário seja de aversão ao risco nos mercados globais e o fluxo de capitais migrar fortemente para os EUA”, diz o analista. O aumento da dívida pública do Brasil deve demandar maior “prêmio” por parte dos investidores no médio-prazo e Trump tem plano de governo mais deficitário, com políticas protecionistas que devem prejudicar mais as moedas emergentes nesse sentido. Outro nicho do mercado brasileiro que pode sentir os impactos da nova onda republicana puxada pela vitória de Trump são as importações. O plano econômico de Trump planeja tarifar em 60% a China, maior rival e exportadora do país, e em 10% a 20% demais parceiros comerciais dos EUA. O excesso de taxas impostas podem levar a uma queda no preço das commodities, explica Celso Grisi, professor da FIA Business School. “A super taxação feita para proteger a economia e o emprego estadunidense irá afetar economias exportadoras como a China, maior parceira de exportações dos EUA, pode causar uma recessão no país asiático, que depende das importações feitas pelo país. Assim, a queda na demanda pode levar a uma recessão e impactar diretamente importadores brasileiros que fazem negócios com a China.” Fonte: CNN Brasil