Confira o que é #FATO ou #FAKE na sabatina de Eduardo Paes para O GLOBO, Valor, CBN e Extra

Candidato à reeleição pelo PSD, atual prefeito do Rio foi o segundo entrevistado da série Os jornais O GLOBO, Extra e Valor e a rádio CBN entrevistaram o atual prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), candidato à reeleição. O primeiro candidato a ser sabatinado foi o deputado federal Alexandre Ramagem (PL). O candidato Tarcísio Motta (PSOL) completa a lista. As entrevistas com os candidatos no Rio têm transmissão ao vivo pela rádio e nos sites e redes sociais dos três veículos. Elas têm início às 10h30 (horário de Brasília), com duração aproximada de uma hora. A cobertura, no site e na edição impressa do GLOBO, contará com reportagens e análises sobre cada sabatina. A ordem das sabatinas foi definida por sorteio. Foram chamados os candidatos mais bem colocados na última pesquisa eleitoral no Rio divulgada pelo instituto Datafolha, na última quinta-feira, e que tenham atingido ao menos 3% de intenções de voto neste levantamento. As sabatinas representam uma oportunidade para que os candidatos detalhem propostas para a cidade, e também para que sejam questionados sobre diferentes aspectos de suas atuações políticas. Os entrevistadores dos candidatos do Rio são os colunistas Lauro Jardim e Merval Pereira, do GLOBO e da CBN, os âncoras da rádio Bianca Santos e Leandro Resende, e a jornalista Camila Zarur, do Valor. A equipe do Fato ou Fake checou as principais declarações de Eduardo Paes. Leia: “Não sou eu que estou dizendo que a tarefa da segurança pública [não] é uma responsabilidade dos prefeitos. Isso é a tal da Carta Magna, a Constituição Federal que define esses instrumentos de combate à criminalidade. O ente da federação que tem menos relevância nisso são os municípios. É uma tarefa em todos os estados do governo estadual, portanto é quem dispõe da Polícia Militar, da Polícia Civil, da Polícia Judicial. Todo o sistema de segurança pública pertence aos governos estaduais.” A declaração é #FATO. Veja por quê: Segundo a Constituição Federal, no Art. 144, a segurança pública é dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, sob a égide dos valores da cidadania e dos direitos humanos, através dos órgãos instituídos pela União e pelos Estados. O documento ainda afirma que compete aos Estados, na forma fixada em lei estadual, a apuração das infrações penais, a preservação da ordem pública, a execução de atividades de defesa civil, os serviços penitenciários e de bombeiros. “As corporações militares, se existentes, destinadas, primordialmente, à manutenção da ordem pública e da segurança interna e ao exercício de outras funções, nos termos da lei, constituir-se-ão em forças auxiliares e reserva do Exército, subordinada aos Governadores dos Estados.” A Constituição Federal ainda delimita que os municípios poderão constituir guardas municipais destinadas à proteção de seus bens, serviços e instalações. Esses guardas também são autorizados a exercer funções de segurança pública da competência dos Estados, na forma fixada em lei estadual, assim como serviços de bombeiro. “Só tem em Copacabana funcionando [base do programa Segurança Presente com parceria da prefeitura].” A declaração é #FATO: Veja por quê: Na campanha de 2020, Eduardo Paes (PSD) prometeu que iria viabilizar uma parceria com governo do estado para expandir o Segurança Presente em bairros da Zona Norte e Oeste e ampliar o Programa em Bangu e Campo Grande até o fim de 2023. No entanto, a promessa acabou não sendo cumprida. O monitor de promessas cumpridas do portal g1 mostra que esse assunto não foi resolvido. A prefeitura ainda não fez a parceria com o governo estadual para expandir o Programa Segurança Presente para bairros das zonas Norte e Oeste nem para ampliar a atuação do programa em Bangu e Campo Grande, na Zona Oeste. A prefeitura disse, porém, que lançou em novembro de 2021 o programa CEP (Conjunto de Estratégias de Prevenção), que atua diretamente no combate aos crimes de oportunidade. O projeto-piloto foi lançado no Méier, na Zona Norte. Em Copacabana, atualmente há presença de agentes municipais, que contribuem com as forças de segurança estaduais para o policiamento. O programa se chama Rio+Seguro. “A Prefeitura tem 5 mil câmeras […] já funcionando com Civitas e trabalhando em conjunto com as forças policiais.” A declaração é #FATO. Veja por quê: As polícias Civil e Militar, o Programa Segurança Presente e o Corpo de Bombeiros ocupam cadeiras na Sala de Situação do Centro de Operações Rio (COR), que possui à disposição aproximadamente 3,8 mil câmeras espalhadas pela cidade. Segundo a prefeitura, a Civitas (Central de Inteligência, Vigilância e Tecnologia em Apoio à Segurança Pública), sistema inaugurado em 4 de junho, foi criada para apoiar as forças de segurança no combate de atividades irregulares ou ilegais. A central, que tem base no COR, utiliza a análise de dados, padrões e tendências para realizar intervenções de forma planejada, e conta com o auxílio de 1.500 radares da CET-Rio, totalizando 5.300 equipamentos de vigilância. Em três meses, a Civitas já emitiu cerca de 20 mil alertas em tempo real a pedido das polícias Civil, Militar, Judiciária e órgãos de fiscalização. Foram mais de 3.829 placas monitoradas para inquéritos e até prisões imediatas. A Civitas apoiou 232 casos, entre inquéritos e operações, que resultaram em 58 abordagens de veículos, desarticulação de quadrilhas especializadas e pelo menos 18 pessoas detidas. “Nós ampliamos, quase dobramos o número de vagas em abrigo.” #NÃOÉBEMASSIM. Veja por quê: Consultada, a assessoria do prefeito diz que a fonte dos números é a Secretaria Municipal de Assistência Social. “Aumento de 75,54% no número de vagas, passando de 1.803 (jan/2021) para 3.165 (2024), nas 33 unidades de acolhimento, incluindo albergues, hoteis, centrais de recepção, unidades de reinserção social e unidades terapêuticas. Além disso, mais 850 vagas serão abertas até o final de 2024.” Procurada, a assessoria de imprensa da Prefeitura confirmou os dados por e-mail. “Retomamos 200 linhas que tinham sumido. 188, não tenho aqui o número exato. Passamos a subsidiar o sistema, passagem está em R$ 4,30, era para estar R$ 7 e tanto.” A declaração