China: aplicações bilionárias do gigante asiático promete passar R$ 280 bilhões

Investimento surpreendente da China nos setores de energia, ferrovias e petróleo e gás promete ultrapassar R$ 280 bilhões e revolucionar a infraestrutura do Brasil De acordo com o Poder360, o plano ambicioso das companhias estatais chinesas por projetos de infraestrutura no Brasil está crescendo exponencialmente. Nos últimos anos, os investimentos chineses no setor de energia e infraestrutura no país ultrapassaram a marca de R$ 280 bilhões, destacando-se como um dos principais focos de interesse da China. Esse avanço ocorre em meio à celebração dos 50 anos de relações diplomáticas entre Brasil e China, um marco que reflete a intensificação dos laços econômicos entre os dois países. Investimentos da China no Brasil nos últimos 10 anos estão transformando o cenário energético, de infraestrutura, ferrovias e exploração de petróleo no país Nos últimos 10 anos, o Brasil testemunhou um salto significativo na presença das estatais chinesas, que têm arrematado concessões de energia e infraestrutura em níveis federais e estaduais. A lista de empreendimentos inclui geração e distribuição de energia elétrica, bem como projetos de infraestrutura viária, como ferrovias e rodovias. Além disso, os chineses também estão investindo na exploração de petróleo e gás natural, ampliando ainda mais seu alcance no país. Esse movimento está transformando o cenário energético brasileiro, com impactos de longo prazo. Em 2023, chinesa State Grid arrematou o maior lote do leilão de transmissão de energia do Brasil Um exemplo claro desse avanço é a atuação da State Grid, gigante chinesa do setor de energia, que já detém a maior parte dos investimentos no Brasil. O conglomerado controla a CPFL, uma das principais concessionárias de energia do país, responsável pela distribuição e geração de energia elétrica em várias regiões. Além disso, a State Grid planeja investir R$ 28,4 bilhões até 2028 para aprimorar as redes de distribuição da CPFL em São Paulo, Minas Gerais, Paraná e Rio Grande do Sul. Em 2023, a State Grid arrematou o maior lote do leilão de transmissão de energia, realizado em dezembro do ano anterior pelo governo brasileiro. Esse projeto envolve a construção de uma linha de ultra-alta tensão, ligando o Maranhão a Goiás, com o objetivo de escoar a energia gerada por fontes eólicas e solares no Nordeste. O investimento projetado é de R$ 18,1 bilhões, e a concessão do empreendimento é válida por 30 anos. Com a construção de 1.513 km de linhas de transmissão e a manutenção de outros 1.468 km, a conclusão está prevista para 72 meses. Além desse megaprojeto, a State Grid já possui 24 concessionárias de transmissão no Brasil, entre subsidiárias integrais e joint ventures, totalizando mais de 16.000 km de linhas. Nos próximos anos, a empresa projeta investimentos adicionais de R$ 150 bilhões, com foco em fontes renováveis. Ao todo, o grupo pretende investir R$ 200 bilhões no país, consolidando sua posição como um dos principais players do setor energético brasileiro. Brasil vira alvo de investimentos bilionários de estatais chinesas Outras estatais chinesas também estão ampliando seus investimentos no Brasil. A Energy China, por exemplo, anunciou em 2023 a intenção de investir US$ 10 bilhões (aproximadamente R$ 50 bilhões na época) em projetos de geração de energia renovável e hidrogênio verde. Esses investimentos reforçam o compromisso da China com a sustentabilidade e a transição energética global. Além disso, a CTG (Companhia Três Gargantas), que opera a super-hidrelétrica de mesmo nome na China, completa 10 anos de atuação no Brasil em 2024. A CTG adquiriu várias hidrelétricas brasileiras em 2010 e atualmente detém a concessão de 17 usinas. Para os próximos anos, a CTG projeta investimentos de R$ 3 bilhões para aumentar a eficiência das suas hidrelétricas de Ilha Solteira (SP) e Jupiá (SP/MS). Além disso, a empresa tem planos de expandir sua atuação em fontes renováveis, com novos projetos de usinas eólicas e solares, cujo investimento estimado é de R$ 6,4 bilhões. Esses projetos reforçam a importância das energias renováveis na matriz energética brasileira. A SPIC, outra estatal chinesa de energia, também anunciou novos investimentos no Brasil. Em junho de 2024, a empresa divulgou um investimento de R$ 780 milhões para a construção de um complexo eólico na região de Touros, no Rio Grande do Norte, com capacidade instalada de 105,4 MW. Esse projeto demonstra o interesse contínuo da China em expandir sua presença no setor energético brasileiro, especialmente em fontes renováveis, que têm ganhado destaque globalmente. No setor de petróleo, a Cnooc, uma das maiores estatais chinesas, arrematou em 2023 a concessão de três blocos de exploração na Bacia de Pelotas, em sociedade com a Petrobras e a Shell. A estimativa é que o consórcio invista cerca de R$ 100 milhões na pesquisa de reservas de óleo e gás na região. Esse investimento é estratégico para a diversificação das fontes de energia no Brasil, contribuindo para a segurança energética do país. Além dos setores de energia, China investe pesado no setor de construção, e arremata concessões bilionários de infraestrutura no Brasil Além dos projetos de energia, os chineses também conquistaram importantes concessões de infraestrutura no Brasil. Um exemplo é a construção do Trem Intercidades São Paulo-Campinas, arrematado pela CRRC, em parceria com o grupo brasileiro Comporte, em um leilão realizado em fevereiro de 2024. Esse projeto ferroviário, com investimento total de R$ 14,6 bilhões, inclui um trem de passageiros de média velocidade entre São Paulo e Campinas, além de um trem intermetropolitano de Jundiaí a Campinas e a concessão da linha 7-Rubi do sistema de trens metropolitanos da Grande São Paulo. Controlada pelo governo chinês, a CRRC é listada como uma das 500 maiores empresas do mundo pela revista Forbes. A estatal teve uma receita de US$ 32,3 bilhões no ano passado e tem aumentado sua participação na América do Sul. No Brasil, a CRRC já forneceu trens para o metrô do Rio de Janeiro e é a fabricante dos trens da linha 15-Prata do Metrô de São Paulo. Esses projetos demonstram a força da China no setor ferroviário brasileiro, onde o país asiático tem se consolidado como um parceiro estratégico. Em conjunto com outra estatal chinesa, a
IBEF-RIO Fórum conta com palestrantes de peso para discutir o papel do gás e do óleo para um futuro mais sustentável

A transição energética necessariamente precisará do setor de óleo e gás como uma das principais alavancas para um mundo sustentável. Esse será um dos enfoques da nova edição do Fórum IBEF-Rio. O encontro reunirá nomes de peso da indústria, incluindo o diretor de transição energética da Petrobrás, Mauricio Tolmasquim, o diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Rodolfo Saboia, o presidente do Conselho de Administração do IBEF-Rio, Marcio Fortes, a diretora financeira da Ocyan, Helena Ramos, o CEO da PetroReconcavo, José Firmo, a presidente executiva da ABiogás, Renata Isfer, o CEO da EnP Energy, Marcio Felix, entre outros. Para conhecer um pouco mais sobre o que será discutido no fórum, nossa entrevistada desta sexta-feira é a diretora da Carvalhão Guindastes e Transportes, Miriam Carvalho (foto), que também é Diretora Vogal de Logística do IBEF-Rio. “Este Fórum traz grandes especialistas exatamente para debater e provocar reflexões sobre as novas possibilidades e, principalmente, as decisões que, atualmente, no tempo presente, vão assegurar-nos um futuro mais sustentável”, declarou. “Nossa empresa, Carvalhão, é associada ao IBEF há muitos anos e não poderia ficar de fora de um evento dessa relevância. Somos patrocinadores e divulgadores deste importante evento e estaremos presentes com nossa diretoria e equipe comercial, apoiando e contribuindo”, acrescentou a executiva. Poderia apresentar aos nossos leitores um resumo do que será essa nova edição do Fórum IBEF? Este será o décimo oitavo ano em que é realizado o Fórum IBEF de Petróleo, Gás e Energia. A edição deste ano aborda o tema de um futuro sustentável, por meio de novas soluções em energia, incluindo as renováveis, pois se entende que o mundo vivencia um momento de transformação, ou ainda melhor, de evolução energética. Temos os desafios do aquecimento global e também da finitude dos recursos de petróleo e gás. Isto é pauta hoje de todas as grandes conferências sobre o tema. Nosso Brasil é um país com uma matriz energética bastante variada e limpa, e nossos maiores e melhores especialistas têm se dedicado a essas análises, através das renováveis energias renováveis e modos alternativos de melhor performance energética. Qual a importância de se discutir esses temas que serão tratados no evento? Compreendemos que o óleo e gás ainda é a nossa grande matriz de energia. Este Fórum traz grandes especialistas exatamente para debater e provocar reflexões sobre as novas possibilidades e, principalmente, as decisões que, atualmente, no tempo presente, vão assegurar-nos um futuro mais sustentável. Não se imagina o nosso futuro – e não é só do Rio e do Brasil, mas do planeta e população – sem passarmos por mudanças, que vão desde pequenas atitudes no dia a dia até a atitudes em um nível macro. Ao seu ver, qual a importância do óleo e gás para a economia do Brasil, mesmo em meio à transição energética? Participei de palestra recente de IBP e o setor de petróleo e gás, bem como toda a sua cadeia de valor, é extremamente relevante para a economia brasileira, respondendo por 10% do seu PIB. O Brasil é um dos maiores produtores de petróleo do mundo. Em especial, no Rio de Janeiro, onde estamos localizados, ele representa mais do que a metade do seu PIB e responde por cerca de 85% de toda a produção de petróleo no Brasil. Só o petróleo respondeu por cerca de 72% de todo valor exportado pelo Rio nesta última década, segundo o IBP. Então, por muitos e muitos anos, o óleo e gás vai continuar sendo muito relevante não só aqui, mas para toda a economia mundial. As novas fontes de energia estão começando a aparecer, mas também estão surgindo algumas fragilidades, nas quais o petróleo e gás pode vir a coexistir, assegurando um modelo múltiplo e com maior confiabilidade. Como sua empresa vai participar do evento? Nossa empresa, Carvalhão, é associada ao IBEF há muitos anos e não poderia ficar de fora de um evento dessa relevância. Somos patrocinadores e divulgadores deste importante evento e estaremos presentes com nossa diretoria e equipe comercial, apoiando e contribuindo. Como tem sido a atuação da Carvalhão no setor de óleo e gás? O Carvalhão iniciou suas atividades em 1960, transportando cargas no Porto do Rio. A empresa teve a sua ampliação na década de 70, ligada exatamente à expansão da economia brasileira, no Milagre Econômico e com a Petrobrás, REDUC, etc. Nós temos o atendimento a esse setor tão especializado de óleo e gás em nossas raízes, trabalhando ao longo de décadas em inúmeras e diversificadas etapas desses processos. Nosso escopo engloba transporte de itens da cadeia de exploração de petróleo, como tubos, carretéis, implementos diversos, árvores de natal. Atuamos também servindo em operações logísticas dedicadas, incluindo armazenagem e controle de estoque de itens relacionados à cadeia de exploração de petróleo e gás – o Upstream, assim como movimentações especiais de instalação, manutenção e ampliação/atualização em refinarias e indústrias petroquímicas, bem como transporte e armazenagem de máquinas, insumos e produtos acabados já no Downstream. Ou seja, são muitos anos atuando nisso e estamos preparados com as licenças necessárias, com ISO 9001:2015, Sassmaq desde 2004 (ou seja, há 20 anos), CRC e sempre buscando as melhores práticas, com foco absoluto na segurança de nossas operações, criteriosamente planejadas. E quais as perspectivas de crescimento da empresa nesse negócio? As perspectivas de crescimento de nossa empresa nesse negócio estão relacionadas à expansão, com expressivos investimentos para o setor, especialmente com a ampliação de novas entrantes no ciclo de exploração e também do descomissionamento. Isso tem atraído novos players, e com eles novas demandas e oportunidades. Além das oportunidades logísticas, existe expectativa na retomada do setor naval e de operações em geral para servir ao segmento. Fonte: PetroNotícias