Conforme informa a cientista política: é pela determinação dos vereadores que se inicia a composição das próximas eleições

Paula Vieira é professora, pesquisadora e cientista política. Foto: Thiago Gadelha. Fonte: Diário do Nordeste

A professora Paula Vieira foi a entrevistada na live do PontoPoder A nova composição das câmaras municipais de vereadores de todo o Brasil, que será definida em outubro deste ano, será decisiva para as próximas eleições gerais, em 2026. A avaliação é da socióloga e cientista política Paula Vieira, pesquisadora do Laboratório de Estudos sobre Política, Eleições e Mídia (Lepem), da Universidade Federal do Ceará. Ela foi a convidada da live do PontoPoder. Na entrevista para a editora Jéssica Welma e para a repórter Luana Barros, Vieira comentou sobre o peso do pleito deste ano no equilíbrio de forças políticas nacionais.  “É pelos vereadores que a gente começa não só a composição do município, mas até as eleições de 2026. É agora que se estruturam as principais forças políticas, os vereadores que vão apoiar os futuros deputados estaduais, federais, senadores, candidatos ao governo e até a Presidência. Esse nosso modelo começa, na verdade, desde os municípios, pela quantidade de prefeituras e vereadores, é assim que as eleições são pensadas”Paula Vieira Socióloga, pesquisadora e cientista política COMO SE ELEGE UM VEREADOR? Na entrevista, a pesquisadora explicou a diferença entre eleições majoritárias, que ocorrem neste ano para a definição dos prefeitos, e as proporcionais, que define os novos vereadores nos municípios brasileiros. “A gente imagina que quem tiver mais voto leva, que é como ocorre para o Executivo, uma forma mais prática da gente entender a seleção dos representantes. No caso do Legislativo, a gente tem uma outra demanda dentro da democracia representativa, que é representar o maior número de grupos existentes na sociedade. Como temos a necessidade dessa pluralidade de representação, então a dinâmica é proporcional”, explicou. Essa distribuição é feita por meio de um cálculo, que define o quociente eleitoral. Esse índice representa a quantidade mínima de votos que cada partido ou federação precisa obter para garantir uma vaga no Legislativo. O cálculo considera o total de votos válidos e a quantidade de vagas disponíveis na câmara, por exemplo. “Assim a gente garante o debate, a pluralidade de ideias, a dinâmica de discussões para que vários interesses possam ter a chance de serem representados nesse espaço de poder que é o Legislativo”, acrescentou. Fonte: Diário do Nordeste

MCTI triplicou média anual de aplicações do FNDCT em instituições federais de ensino

Foto: Luara Baggi (ASCOM/MCTI). Fonte: Gov.br

Em reunião com reitores de universidades e institutos federais, ministra Luciana Santos destacou ampliação dos investimentos e ações para fortalecer a produção científica nacional Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) triplicou a média anual de investimentos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) em universidades e institutos federais de ensino nos últimos dois anos e atingiu a marca de R$ 564 milhões. O destaque foi feito pela ministra Luciana Santos durante participação na reunião do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, com reitores das instituições, em Brasília. No encontro, a ministra apontou a retomada dos investimentos e fez um balanço das diversas ações do MCTI para o fortalecimento da produção científica no país. “As universidades públicas concentram 90% da produção científica nacional. São verdadeiros centros produtores de conhecimento, instituições de excelência que possuem papel central no desenvolvimento do Brasil”, afirmou Luciana Santos. A ministra detalhou que o investimento médio anual do MCTI nas instituições federais de ensino em 2023 e 2024, por meio do FNDCT, aumentou em três vezes. Os recursos atingiram a média anual de R$ 564 milhões, o triplo da registrada entre 2019 e 2022, que foi de R$ 195 milhões. Entre as iniciativas do MCTI, a ministra ressaltou o Programa Pró-Infra, que neste ano de 2024 vai investir R$ 1,3 bilhão em projetos voltados para a infraestrutura de pesquisa das Instituições Científicas e Tecnológicas (ICTs). O Pró-Infra passou a fazer parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e terá chamadas anuais. Os editais do Pró-Infra de 2024 já estão em andamento e são divididos em três linhas: Pró-Infra Expansão e Desenvolvimento; Pró-Infra Recuperação e Pró-Infra Centros Temáticos. O programa é operacionalizado pela Finep – agência pública de fomento à pesquisa e inovação, vinculada ao MCTI – e conta com recursos não reembolsáveis do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT). A ministra Luciana Santos também apontou outras ações do MCTI voltadas para as instituições federais de ensino: R$ 390 milhões aportados na execução de projetos da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii); R$ 372 milhões via Lei de TICs; R$ 863 milhões de investimento em infraestrutura e serviços de comunicação para educação e pesquisa por meio da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), além do fomento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) a projetos e bolsas de formação e pesquisa. Inteligência ArtificialNo encontro com os reitores, o presidente Lula fez um desafio para que o Plano Brasileiro de Inteligência Artificial, em elaboração pelo governo federal sob coordenação do MCTI, inclua as universidades e institutos federais. “Vamos apresentar ao mundo um projeto feito no Brasil, em língua portuguesa, por brasileiros. Vamos fazer esse debate nas universidades”, afirmou o presidente. O Plano Brasileiro de IA deverá ser apresentado em agosto, durante a 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação. Novo PAC UniversidadesDurante a reunião, o ministro da Educação, Camilo Santana, anunciou que o Governo Federal vai destinar R$ 5,5 bilhões para a consolidação e expansão das universidades e dos hospitais universitários federais. O investimento integra o Novo PAC e será dirigido à criação de dez novos campi, espalhados pelas cinco regiões do País, e a melhorias na infraestrutura das 69 universidades federais. Além disso, serão repassados recursos a 31 hospitais universitários da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), sendo oito novos. A instalação de novos campi de ensino superior vai assegurar a presença de universidades federais em São Gabriel da Cachoeira (AM), Rurópolis (PA), Cidade Ocidental (GO), Caxias do Sul (RS), Ipatinga (MG), Jequié (BA), Baturité (CE), São José do Rio Preto (SP), Sertânia (PE) e Estância (SE).   Fonte: Gov.br