Municípios buscam reforçar segurança escolar, mas verba não representa nem R$ 5 mil por escola

Referência em diagnóstico municipal, a Confederação Nacional de Municípios (CNM) realizou rápida pesquisa com os Municípios brasileiros para avaliar o atual cenário de ameaças e ataques a escolas em todo o país. De uma amostra de 863 Municípios, foi possível ouvir 635 no período de 17 a 20 de abril. Desse total, 82% afirmaram que já adotavam medidas adicionais de segurança no ambiente escolar e 86% reforçaram tais medidas diante do contexto recente de violência escolar no Brasil. Entre os que participaram da pesquisa, 7% (42) dos Municípios já registraram situação de violência no ambiente escolar com ameaça à vida dos estudantes ou profissionais e 14% (87) sofreram ameaças de ataque ou atos de violência. Quase metade dos Municípios pesquisados (48%) informou que não possui condições técnicas, financeiras e humanas para adotar ou ampliar os protocolos de segurança no ambiente escolar. O governo federal anunciou cerca de R$ 3,5 bilhões em ações para o enfrentamento da situação nos Estados e Municípios. Mas a CNM alerta que 85% desse valor não são recursos novos. São verbas já destinadas para os Entes e que, agora, podem ser usadas para adoção de medidas de segurança. Do total, R$ 1,8 bilhão está nas contas do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) qualidade e R$ 1,1 bilhão são recursos que já seriam repassados este ano para o PDDE básico. As novas receitas para as ações imediatas e preventivas de enfrentamento à violência nas escolas totalizam somente cerca de R$ 540 milhões: R$ 100 milhões para o PDDE básico; R$ 150 milhões do edital do Ministério da Justiça e Segurança Pública para fortalecer as Guardas Municipais; R$ 200 milhões para o Plano de Ações Articuladas (PAR) e R$ 90 milhões para o Programa Saúde na Escola (PSE). Considerando apenas as 107,1 mil escolas municipais em atividade, a verba federal representaria cerca de R$ 5 mil por escola. No entanto, vale destacar que o dinheiro anunciado pela União engloba ainda os Estados. Além disso, não contemplará todos os Entes, pois dependem de atendimento aos critérios estabelecidos para concorrer a receber os recursos federais A CNM ressalta ainda que, apesar da necessidade e relevância da adoção de medidas emergenciais para enfrentar o cenário, não se pode abrir mão de medidas estruturantes, que atuem na raiz desse problema. Além do apoio técnico e financeiro da União, é preciso que esse debate não se esgote e que sejam ouvidos aqueles que estão na ponta, vivenciando de perto as angústias da população. Da Redação Fonte: CNM

Portal da Nota Fiscal libera acesso ao painel administrativo a todos os municípios

Após mobilização da Confederação Nacional de Municípios (CNM), junto ao Comitê Gestor da Nota Fiscal de serviços eletrônica (CGNFSe), o portal da Nota Fiscal de Serviços Eletrônica (NFS-e) pode ser acessado por todos os Municípios. Inicialmente, apenas Entes conveniados com a Receita poderiam acessar o sistema. Agora, todas as prefeituras podem acessar o ambiente de testes do Painel Administrativo Municipal e as notas fiscais de Serviços eletrônica, no padrão nacional emitidas por Microempreendedores Individuais (MEI). No entanto, a via Application Programming Interface – Interface de Programação de Aplicação (API) de integração deve ser adequada à realidade do Ente. Toda a documentação necessária para integração está disponível no Portal NFS-e: www.gov.br/nfse. Desde janeiro, os MEIs podem emitir, facultativamente, notas fiscais de serviço eletrônico no padrão nacional, utilizando os emissores públicos disponibilizados. Está disponível o Emissor Web (versão para navegador): https://www.nfse.gov.br/EmissorNacional; e o NFS-e Mobile (versão para dispositivos móveis): disponível na App Store (Apple) e Play Store (Google). Quem fez a opção pela emissão do documento eletrônico deve efetuar cadastro inicial no Emissor Web e criar senha de acesso. Ter título de eleitor ou informar o número do recibo de entrega do Imposto de Renda são alguns dos requisitos para que o Microempreendedor Individual efetue o cadastro. No caso dos gestores e agentes municipais autorizados, a CNM orienta acessar o ambiente de testes do Painel Administrativo Municipal (PAM) e configurar as obrigações acessórias e legislações locais. No entanto, as informações inseridas pelos Municípios neste ambiente não possuem validade jurídica, sendo apenas para testes e familiarização dos agentes municipais às telas de configuração. O primeiro acesso ao ambiente de testes deve se dar via certificado digital do gestor municipal (prefeito): https://www.producaorestrita.nfse.gov.br/PainelMunicipal/Caso o servidor municipal utilize o certificado para acesso com o Cadastro de Pessoa Física (CPF) de um auditor-fiscal ou com o Cadastro CNPJ de alguma secretaria municipal, é necessário atender aos requisitos do certificado constante da Swagger. A CNM reforça a importância da emissão do Certificado Digital seja emitido por Autoridade Certificadora ICP-Brasil, tipo A1 ou A3, CNPJ ou CPF, com “Autenticação do Cliente”. A NFS-e foi criada para modernizar o ambiente de negócios no Brasil, aumentar a competitividade das empresas, fomentar novos investimentos, diminuir a fragilidade jurídica, simplificar o modelo de arrecadação do Imposto Sobre Serviços (ISS) no país e viabilizar o compartilhamento de informações. A recomendação é realizar o convênio, por meio de assinatura de termo de adesão. A Nota Técnica (NT) 25/2022 traz orientação para adesão ao Convênio da NFS-e.  Da Redação Fonte: CNM

Publicada a lei que inclui atividades complementares nas despesas de educação

A Confederação Nacional de Municípios (CNM) destaca que foi publicada nesta quarta-feira, de 26 de abril, a Lei 14.560, que altera o artigo 70 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) para incluir como despesa de manutenção e desenvolvimento de ensino (MDE) as atividades curriculares complementares. A Confederação Nacional de Municípios (CNM) esclarece que, na prática, o acréscimo feito à LDB apenas indica de forma expressa a possibilidade de o gestor usar os recursos educacionais em ações pedagógicas diferenciadas nas escolas como exposições, feiras ou mostras de ciências, culturais e literárias, entre outras. Assim, a alteração da LDB torna mais explícita a possibilidade que já existia de usar os recursos da educação em atividades curriculares complementares. Entretanto, a CNM entende que a inclusão dessa nova ação é importante, pois dá mais segurança ao gestor e aos órgãos de controle externo de que os gastos com qualquer atividade complementar voltada ao aprendizado dos alunos ou à formação continuada dos profissionais da educação podem ser computados como ação de MDE. Saiba quais são as outras ações de MDE consultando a cartilha sobre o “Financiamento da educação Básica, disponível aqui. Da Agência CNM de Notícias

Câmara aprova MP que muda Código de Trânsito Brasileiro

Texto mantém a exigência de exame toxicológico para motorista profissional, mas define novas regras, válidas a partir de 2024 A Câmara dos Deputados aprovou nesta quinta-feira (27) a Medida Provisória 1153/22, que faz várias mudanças no Código de Trânsito Brasileiro (CTB) em temas como exigência de exame toxicológico de motoristas profissionais, competência para aplicação de multas e descanso de caminhoneiros. O texto que irá ao Senado é um substitutivo do deputado Hugo Motta (Republicanos-PB). Outro tema incluído por meio de emenda aprovada em Plenário é quanto aos termos da contratação de seguro de cargas e caminhões. Se virar lei, o texto dará aos órgãos municipais de trânsito a competência privativa de fiscalização e aplicação de multas nas principais infrações, como aquelas envolvendo estacionamento ou parada irregulares, excesso de velocidade, veículo com excesso de peso ou da capacidade de tração e recolhimento de veículo acidentado ou abandonado. Estados e Distrito Federal terão competência privativa para fiscalizar e multar infrações relacionadas a não realização de exame toxicológico, a falta de registro do veículo, a falta de baixa de veículo irrecuperável, a cadastro desatualizado e a falsa declaração de domicílio, por exemplo. As demais infrações serão de competência concorrente. Tanto um quanto outro agente podem atuar. Já as privativas podem ser delegadas a outro órgão por meio de convênio. Motta também inclui dispositivo para especificar que não há infração de trânsito quanto a circulação, parada e estacionamento de veículos destinados a socorro de incêndio e salvamento ou a veículos de polícia, de fiscalização e operação de trânsito e ambulâncias, mesmo que sem identificação ostensiva. A fim de prevenir e reprimir atos relacionados à segurança pública e garantir obediência a normas de segurança do trânsito, a polícia militar poderá realizar atividades de polícia ostensiva de trânsito, respeitadas as competências da Polícia Rodoviária Federal. Seguro de cargasUm dos pontos mais polêmicos debatidos foi o da contratação de seguro para a carga transportada. O texto original da MP atribuía exclusivamente ao transportador a contratação desse seguro e não permitia ao dono da carga fazer exigências como as relacionadas a Planos de Gerenciamento de Riscos (PGR). O objetivo era evitar a imposição de seguradoras e exigências que dificultassem o trabalho de logística e aumentassem os custos dos transportadores. Ao argumentar a necessidade de maior debate sobre o tema, o relator deixou de fora esse tópico de seu relatório, mas nas votações de destaques em Plenário foi aprovada, por 181 votos a 171, emenda do deputado Altineu Cortes (PL-RJ) que traz regras intermediárias. Assim, os transportadores, ainda que pessoas físicas ou cooperativas, deverão contratar obrigatoriamente seguros de cargas de três tipos: Entretanto, tanto o seguro de perdas por acidentes quanto o de roubo e assemelhados deverão estar vinculados a Planos de Gerenciamento de Riscos (PGR) estabelecidos de comum acordo entre o transportador e sua seguradora. Se o contratante do serviço de transporte quiser impor obrigações ou medidas adicionais na operação de transporte ou no gerenciamento do serviço deverá pagar pelas despesas envolvidas nisso. Por outro lado, o transportador e o dono da mercadoria poderão contratar outros seguros e este último poderá exigir do transportador cópia da apólice de seguro com as condições, prêmio e gerenciamento de risco contratados. Quando houver subcontratação para o transportador autônomo de cargas (TAC) realizar o serviço, esse caminhoneiro será considerado preposto e contra ele não poderá haver ação de regresso pela seguradora. Já o seguro por danos a terceiros deve ficar em nome do TAC subcontratado. Em qualquer hipótese, os embarcadores, as empresas de transporte e as cooperativas de transporte não poderão descontar do valor do frete do TAC valores de taxa administrativa e de seguros, sob pena de indenização igual a duas vezes o valor do frete. Pablo Valadares/Câmara dos Deputados Zé Trovão comemorou aprovação da proposta “importante” para caminhoneiros Divergências e convergênciasA emenda teve orientações divergentes de partidos tanto da Maioria quanto da Minoria. Para a deputada Erika Kokay (PT-DF), o PT apoiou a emenda porque “significa dar autonomia aos transportadores autônomos, para eles fazerem o seu próprio seguro da carga, pois muitas vezes os seguros feitos pelas empresas penalizam os autônomos”. Já o deputado Zé Trovão (PL-SC), que patrocinou a emenda, comemorou a concordância entre partidos de campos opostos. “Essa construção entre o PL e o PT para votar algo tão importante para os meus irmãos caminhoneiros mostra uma seriedade muito grande no trabalho e no trato de quem leva as riquezas do nosso País sobre suas costas”, disse. Contrário à emenda, o relator Hugo Motta (Republicanos-PB) alertou para os custos adicionais da perda da carga. “Vale lembrar que os prejuízos de eventual sinistro não se limitam ao valor da carga em si. A falha em honrar compromissos, as consequências para as linhas de produção e os custos de oportunidade são exemplos de consequências nem sempre precificadas na indenização”, argumentou. Exame toxicológicoSobre o exame toxicológico exigido para condutores com Carteira Nacional de Habilitação (CNH) nas categorias C, D e E, a MP aplica novas sanções por sua não realização. Em vez da suspensão da multa pela falta do exame até 2025, como previa o texto original, o substitutivo aprovado prevê vigência das novas regras a partir de 1º de julho de 2023. Se o motorista não realizar o exame para obter ou renovar a CNH, ela será emitida somente até a apresentação de um com resultado negativo e o interessado estará sujeito a multa de cinco vezes o valor base se dirigir veículo. Atualmente, a multa é aplicável somente no caso de veículos cuja condução exija a habilitação C, D ou E. Nessa situação, a reincidência resultará em multa de dez vezes e suspensão do direito de dirigir. Quanto ao exame de mesmo tipo exigido pelo Código a cada dois anos e meio após a renovação da CNH, se ele não for realizado em até 30 dias após o fim do prazo, o condutor estará sujeito a multa gravíssima (cinco vezes o valor base) a ser aplicada pelo Detran. Caberá à Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran) comunicar a proximidade

Congresso aprova R$ 4,2 bilhões para o Ministério da Ciência e Tecnologia

Crédito destina-se ao pagamento de despesas do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico O Congresso Nacional aprovou projeto que abre crédito suplementar para o Ministério da Ciência e Tecnologia no valor de R$ 4,182 bilhões para pagar despesas do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT – PLN 1/23). O projeto foi relatado pela deputada Dilvanda Faro (PT-PA) e segue para sanção presidencial. O dinheiro será usado para pagar despesas de administração e operacionais do FNDCT; equalizar a taxa de juros dos financiamentos para inovação tecnológica; investir em empresas inovadoras; subsidiar projetos de desenvolvimento tecnológico e financiar projetos de desenvolvimento tecnológico de empresas. Os recursos servirão também para implantar o reator multipropósito brasileiro; manter os contratos de gestão com organizações sociais e fomentar pesquisas, além de custear diversos projetos institucionais e de implantação, recuperação e modernização da infraestrutura de pesquisa das instituições públicas. Da Agência Senado – GM

Deputados criticam ofensiva de Big Techs contra o projeto das Fake News

Ação do Google e do Twitter dividiu opiniões entre os parlamentares; ministro da Justiça vai acionar a Secretaria do Consumidor Compartilhe Versão para impressão A ofensiva de empresas de tecnologia contra o Projeto de Lei das Fake News (PL 2630/20) – especialmente o Google e o Twitter –, chamou a atenção dos deputados durante o fim de semana. Segundo denúncias de parlamentares e ativistas, as empresas retiraram conteúdo favorável das plataformas e patrocinaram conteúdo contestando o projeto. A votação da proposta será discutida hoje pelos líderes partidários. O relator do projeto, deputado Orlando Silva (PCdoB-SP), chamou a ação de “sórdida e desesperada” para impedir a votação do texto. “Vamos à luta vencer a batalha contra a mentira e o jogo sujo das big techs!”, disse o deputado em sua conta no Twitter. O ministro da Justiça, Flávio Dino, afirmou que vai pedir que a Secretaria Nacional do Consumidor investigue a conduta do Google e do Twitter por supostas “práticas abusivas”. A deputada Sâmia Bomfim (Psol-SP) também foi às redes sociais denunciar a ação das empresas de tecnologia. “O Google alterou a página inicial para atuar contra o PL 2630, de combate à desinformação e regulação das big techs. Jogo baixo de quem lucra muito e não quer se responsabilizar pelo que circula em suas plataformas, inclusive conteúdos de ódio e violência”, afirmou. O líder do governo da Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), defendeu a aprovação do projeto e destacou a denúncia contra as empresas de tecnologia que deverá ser formalizada ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) pelo líder no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP). “Aprovar o PL 2630 é proteger as famílias contra ataques na internet”, disse Guimarães na sua conta no Twitter. Pablo Valadares/Câmara dos Deputados Marcel van Hattem: projeto texto vai levar à censura na internet Já o deputado Marcel van Hattem (Novo-RS) condenou às críticas às empresas. Ele participou de manifestação contra o projeto em Porto Alegre a afirmou que o texto vai levar à censura na internet. “A Globo pode fazer fake news a favor [do projeto], com direito a sensacionalismo dizendo que tem de barrar o Discord que sequer é atingido pelo projeto, mas o Google não pode falar a verdade sobre o PL da Censura”, publicou o deputado, referindo-se a uma reportagem do Fantástico sobre conteúdo criminoso com crianças e adolescentes na plataforma Discord. Remoção de conteúdoA proposta divulgada pelo relator estabelece obrigações a serem seguidas por redes sociais, aplicativos de mensagens e ferramentas de busca na sinalização e retirada de contas e conteúdos considerados criminosos. O texto determina que as empresas tem o dever de cuidar do conteúdo publicado: agir de forma diligente para prevenir ou reduzir práticas ilícitas no âmbito do seu serviço, com o combate a publicações que incitem crimes de golpe de estado, atos de terrorismo, suicídio ou crimes contra a criação e adolescente. As big techs também ficam obrigadas a criar mecanismos para que os usuários denunciem conteúdos potencialmente ilegais. E deverão ainda cumprir regras de transparência, se submeter a auditoria externa e atuar contra os riscos sistêmicos dos algoritmos que possam levar à difusão de conteúdos ilegais ou violar a liberdade de expressão, de informação e de imprensa e ao pluralismo dos meios de comunicação social ou de temas cívicos, político-institucionais e eleitorais.

Metrô lança nova licitação da Linha 22-Marrom, que atenderá Cotia

O Metrô de São Paulo abriu uma nova licitação relacionada à Linha 22-Marrom, que pretende ligar os municípios a oeste da capital, como Cotia, à região de Pinheiros e Sumaré. O novo certame envolve o acompanhiamento técnico, assessoria e controle de qualidade das atividades de sondagens geológicas que serão usadas no desenvolvimento do anteprojeto de engenharia do ramal. As propostas deverão ser entregues em 23 de maio no centro de São Paulo. Para tocar o anteprojeto de engenharia e estudo ambiental, a companhia selecionou e habilitou o Consórcio Systra Prime L22 em fevereiro, mas ainda não divulgou a assinatura do contrato. A nova concorrência escolherá a empresa que dará suporte a um terceiro contrato, com a CCL Serviços em Rodovias, responsável pela realização de investigações geotécnicas, sondagens e mapeamento de redes públicas da Linha 22. Com os estudos, o Metrô espera ter subsídios para decidir qual tipo de modal será implantado e como isso será feito. Embora a Linha 22 esteja sendo avaliada há vários anos, a empresa ainda não chegou à conclusão sobre como será seu perfil. Estudos internos indicaram que a Linha 22 deverá atender a 649 mil passageiros por dia. Ela também será bastante extensa, com 29 km, 19 estações e um pátio de manutenção. Serão necessários 52 trens para atender os usuários, segundo estimativa da companhia. O ramal poderá ser subterrâneo, em superfície ou elevado, e utilizar trens convencionais ou monotrilho, por exemplo. Há também a possibilidade de que a Linha 22 tenha um projeto mais robusto até Granja Viana e de lá até Cotia um modal de média capacidade. Da Redação

Tribunal libera edital que prevê implantação de reconhecimento facial em São Paulo

Conselheiros do município manifestaram preocupação com risco de violação de direitos, mas autorizaram pregão suspenso em novembro O TCM (Tribunal de Contas do Município) decidiu liberar o edital do programa Smart Sampa, que deve instalar 20 mil câmeras com tecnologia de reconhecimento facial em São Paulo. A prefeitura agora pode retomar o pregão, suspenso em novembro do ano passado após o envio de sete representações à corte. O edital foi liberado por unanimidade em sessão no final da manhã desta quarta-feira (26). Os conselheiros, no entanto, manifestaram preocupação com o risco de violação de direitos e de liberdades individuais por causa do monitoramento. O edital foi suspenso após sete representações questionarem no TCM pontos como o modelo de licitação e possíveis violações da Lei Geral de Proteção de Dados e dos direitos de minorias, como a população negra. As representações foram condensadas em 35 questionamentos discutidos nos últimos meses por auditores do tribunal e técnicos da prefeitura, que realizaram uma mesa técnica na semana passada. A gestão Ricardo Nunes (MDB) vê no Smart Sampa uma chance de integrar diversos serviços públicos e aumentar o monitoramento de segurança pela cidade. O texto do edital, no entanto, foi criticado por conter, na versão inicial, termos como “vadiagem” e menção à cor da pele como critério para identificação de eventuais suspeitos. Após as discussões, a prefeitura pode adequar o texto para seguir as últimas recomendações do tribunal e republicar o edital. O programa ainda é alvo de um inquérito do Ministério Público de São Paulo e de questionamentos do Ministério Público Federal, que perguntou, entre outras coisas, quais bancos de dados seriam usados no programa para reconhecimento facial. Em resposta, a prefeitura disse, por meio de ofício, que as informações para identificar desaparecidos, procurados e foragidos seriam importadas do Ministério da Justiça e Segurança Pública e da Secretaria da Segurança Pública paulista. Da Redação Folha