Haddad diz que queimadas e fiscal não afastam investimentos estrangeiros do Brasil

Ainda sobre queimadas, ministro defendeu apoio de governadores estaduais às ações do governo federal para combatê-las O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, negou que o cenário fiscal do Brasil ou as queimadas que atingem o país afastem investimentos estrangeiros. A fala a jornalistas aconteceu em Nova York, onde comitiva do governo participa de eventos da Semana do Clima. “Acredito que não [afasta investimentos]. Só [afasta] o capital especulativo, mas o capital que vai investir no Brasil por 15, 20 ou 30 anos não é afetado. Mas temos que cuidar deste cenário, claro”, disse ao defender que estes atores observam o país com uma lupa “de longo prazo”. Em Nova York, Haddad apresentará a investidores o Tropical Forest Facility Fund (TFFF – Fundo de Apoio às Florestas Tropicais, em tradução livre). Criado em parceria entre o Ministério da Fazenda e o Ministério do Meio Ambiente, o programa tem como objetivo central angariar fundos para a proteção das florestas tropicais. Sobre as queimadas que atingem o país, Haddad defendeu o apoio dos governadores estaduais às ações do governo federal para combatê-las. O ministro classificou como um sucesso a colaboração entre União, estados e municípios para atendimento às enchentes no Rio Grande do Sul. “A tragédia no Rio Grande do Sul foi superada com dedicação do governo federal, com apoio dos estados e municípios. Temos que ter o mesmo apoio dos governadores dos estados afetados. Temos que trabalhar em parceria”, defendeu. Agenda em Nova York Segundo interlocutores do ministro, o TFFF já começou a atrair o interesse de investidores internacionais e é também uma peça fundamental na agenda ambiental e econômica do Brasil. Desde a assinatura do pacto climático do país com o Tesouro Americano, em julho, durante eventos do G20 no Rio de Janeiro, o Brasil tem fortalecido sua colaboração com os Estados Unidos. Esse acordo inclui áreas como financiamento climático e o TFFF. Haddad pretende avançar nessa pauta em Nova York, aproveitando sua relação próxima com o governo americano. O ministro também vai discutir a integração das economias brasileira e americana no atual cenário global. O chefe da equipe econômica ainda pretende levar aos investidores internacionais os avanços do plano de transformação ecológica no Brasil, além de pautas do mesmo tema que estão adiantadas ou aprovadas no Congresso Nacional. Fonte: CNN Brasil

Em reunião em NY com empresários Grupo Esfera debate investimentos para o Brasil e a região Sul

Professor da Universidade de Columbia, Thaddeus Pawlowski, em evento do Esfera Brasil, em Nova York. / 13/05/2024. Fonte: CNN

Evento ocorreu no complexo do Rockefeller Center, em Manhattan Empresários, economistas e personalidades se reuniram no Rockefeller Center, em Nova York, para discutir oportunidades de investimentos no Brasil. O evento “Conectando oportunidades, construindo o futuro”, do Grupo Esfera, foi idealizado por João Camargo, presidente do Conselho de Administração do grupo Esfera Brasil e presidente executivo do Conselho da CNN Brasil. Entre os executivos presentes estava Alexandre Birman, CEO da Arezzo&CO, que neste ano foi eleito como “Pessoa do Ano” pela Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos. Também presente no evento do Grupo Esfera, o presidente da Apex, Jorge Viana, que falou à CNN sobre as novas oportunidades de negócios estrangeiros no Brasil e os motivos que tornam o país atraente para investidores internacionais. “Acho que o Brasil virou uma chave, agora tem o maior programa social do mundo, reduzindo o desmatamento e virando um endereço das oportunidades”, afirmou à CNN. “Não à toa, nós vamos sediar, por exemplo, a COP, que é a grande conferência do clima do mundo. Tudo isso é imagem do país, que é muito importante para que o país possa colocar seus produtos, suas empresas”, complementou o presidente da Apex. Enchentes no Rio Grande do Sul No evento, os empresários também falaram sobre ações para minimizar os impactos da tragédia que atinge o Rio Grande do Sul. As enchentes já deixaram mais de 140 mortos, além de prejuízos econômicos milionários. Para falar sobre o assunto, um dos convidados foi o professor de arquitetura, planejamento e preservação na Universidade de Columbia, Thaddeus Pawlowski. Ele contou como ajudou a desenvolver o plano de recuperação da prefeitura de Nova York na época do furacão Sandy, que devastou parte da cidade em 2012. “Enquanto estávamos fazendo esse planejamento de reconstrução, nós tivemos que pensar no longo prazo. Como nós poderíamos fazer com que isso não acontecesse de novo”, explicou o professor. “Nós começamos a usar o termo resiliência para falar sobre como nós podíamos reconstruir com mais força e ficar prontos para tempestades futuras. Aprendemos muitas lições.” Pawlowski lamentou as chuvas no Rio Grande do Sul e sugeriu que a reconstrução siga o caminho de Nova York. “Eu espero que as pessoas lá [no Rio Grande do Sul] consigam trabalhar juntas para reconstruir de uma forma que fiquem seguras no longo prazo, mas isso significa pensar em mudanças climáticas, sobre padrões de terreno, pois sei que é uma região que tem muita agricultura, então de que forma podem tornar a agricultura uma aliada, gerenciando a água”, detalhou. Ainda nos Estados Unidos, o presidente Joe Biden lamentou a tragédia no estado brasileiro, no fim de semana. O líder norte-americano disse em nota que ele e a esposa, Jill Biden, estão “profundamente tristes” com os desdobramentos e afirmou que seu governo está em contato com o do Brasil para enviar ajuda. Afirmou ainda que os EUA atuam “para fornecer assistência necessária ao povo, em coordenação com as autoridades brasileiras”. Fonte: CNN