Rio: Eleitorado terá aumento de 4,6% nas eleições deste ano

De acordo com o TRE-RJ, 11 cidades do estado poderão ter segundo turno O estado do Rio de Janeiro teve um crescimento no número de pessoas aptas a votar e na próxima eleição municipal serão 13.033.929 eleitores. De acordo com o Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ), o total equivale a um aumento de 4,64%no eleitorado fluminense, se comparado ao último pleito municipal, em 2020. Nas eleições deste ano, os eleitores vão votar para escolher prefeitos, vice-prefeitos e vereadores nos 5.568 municípios do país. Conforme o TRE-RJ, a partir desse crescimento do eleitorado, 11 cidades do estado poderão ter segundo turno, uma a mais do que ocorreu na última eleição municipal. O município de Magé, na Baixada Fluminense, entrou na lista ao chegar a 201.611 pessoas aptas a votar no próximo dia 6 de outubro e no segundo turno marcado para 27 de outubro. Para ter segundo turno, a cidade deve ter mais de 200 mil eleitores. Além da estreante Magé, no estado do Rio, o segundo turno será realizado na capital Rio de Janeiro, em Duque de Caxias, Nova Iguaçu, São João de Meriti, Belford Roxo, São Gonçalo, Niterói, Campos do Goytacazes, Petrópolis e Volta Redonda. As mulheres são a maior parte do eleitorado do estado do Rio. O Cadastro Eleitoral indicou que são 7.001.670 eleitoras, que correspondem a 54% do total. Os homens são 6.022.774. Eleitoras e eleitores com nome social somam 5.228. Na faixa etária de 16 e 17 anos no estado do Rio o número de eleitores avançou de 35.321, em 2020, para 58.783, em 2024, o que equivale a um aumento de 66,4%. O mesmo movimento ocorreu na faixa com idade acima de 70 anos: o número passou de 1.524.361, em 2020, para 1.752.759, em 2024, um aumento de 14,9%. O voto é facultativo para os jovens com menos de 18 anos e os idosos que já completaram 70 anos. No total do eleitorado do estado do Rio de Janeiro, 99.500 pessoas declararam ter algum tipo de deficiência. Em 2020, o número de pessoas com deficiência era 76.180. No país, o total de eleitores atingiu 155.912.680. Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o maior colégio eleitoral do Brasil é o estado de São Paulo, com 34.403.609 (22.06%) eleitores, seguido por Minas Gerais, com 16.469.155 (10,56%) e Rio de Janeiro (8,35%). Fonte: Agência Brasil
Milei torna estatal de notícias Télam em agência de publicidade

Entidades consideraram a medida um ataque ao sistema de mídia do país Decreto publicado nessa no Diário Oficial da Argentina converte a agência de notícias pública Télam em uma agência de publicidade e propaganda estatal. A publicação é assinada pelo presidente argentino Javier Milei. De acordo com o texto, a nova agência estatal de publicidade ficará responsável “pelo desenvolvimento, pela produção, pela comercialização e pela distribuição de material publicitário nacional e/ou internacional, tanto na Argentina como no exterior”. A publicação oficializa o encerramento da Télam, anunciado pelo governo argentino em março. À época, Milei argumentou que a agência de notícias pública vinha sendo utilizada “como meio de propaganda kirchnerista”, ao fazer referência ao principal movimento de oposição na Argentina, associado aos ex-presidentes Néstor e Cristina Kirchner. Em fevereiro, Milei interveio em todos os meios públicos da Argentina, trocando diretorias por gestores diretamente nomeados pelo governo. A medida foi interpretada como um primeiro passo para a privatização ou a extinção dos meios públicos argentinos, já que essa foi uma das promessas de campanha do presidente ultraliberal. No último sábado (29), o porta-voz da Presidência argentina, Manuel Adorni, já havia postado em seu perfil na rede social X: “A Télam como a conhecíamos deixou de existir. Fim”. O texto acompanhava um print de trecho do decreto que seria publicado no início da semana. Quem tenta acessar a agência de notícias pública encontra a mensagem “página em reconstrução”. Reações O Sindicato de Imprensa de Buenos Aires (SiPreBA) e a Federação Argentina de Trabalhadores de Imprensa (Fatpren), por meio de suas redes sociais, manifestaram apoio à Télam e às mídias públicas. “Mantemos nossa luta”, dizia um post retuitado por ambas as entidades no X. Em seu perfil particular, a secretária-geral da Fatpren, Carla Gaudensi, escreveu: “A Télam não fecha. Vamos defender não apenas os trabalhadores e trabalhadoras da agência, mas também todo o povo argentino, todas as empresas estatais, os bens públicos e a soberania do nosso país”. “A agência de notícias Télam possui profissionalismo de qualidade, como demonstrado por cada meio de comunicação privado quando utiliza seus serviços. Por isso, seu encerramento não é apenas ilegal, mas também ilegítimo e um ataque a todo o sistema de mídias, ao federalismo e ao pluralismo”, completou. Estrutura e história Criada há 78 anos com o propósito de difundir informação, a Télam contava com mais de 700 funcionários e era a única agência de notícias com correspondentes em todas as províncias argentinas. Produzia cerca de 500 matérias e 200 fotografias por dia e mantinha um departamento de vídeo e rádio, além de perfis nas redes sociais. Como agência pública de notícias, figurava como uma das parceiras da Agência Brasil no continente. Ao longo das quase oito décadas de existência, a Télam enfrentou outras ameaças. Tentativas de fechamento, demissões ou reduções aconteceram também durante as presidências de Carlos Menem (1989-1999), Fernando de la Rúa (1999-2001) e Mauricio Macri (2015-2019). A agência foi criada como uma empresa mista, formada por capital privado e estatal, com o objetivo de quebrar o duopólio existente em matéria de informação das duas agências americanas que monopolizavam o mercado, a United Press International (UPI) e Associated Press (AP). Fonte: Agência Brasil