Plano estratégico da Enel diminui investimentos na América Latina até 2026, em meio a eventos climáticos extremos

Enquanto milhares de pessoas seguem sem luz na região metropolitana de São Paulo, ações na bolsa italiana começam semana em alta Mais de 1,5 milhão de pessoas na região metropolitana de São Paulo estão sem energa elétrica desde o apagão nos serviços da empresa italiana Enel na última semana, por conta das fortes chuvas que atingiram a região. É o segundo ano consecutivo que a capital paulista e cidades adjacentes vivem o caos por conta da falta de planejamento da rede concessionária para mitigar os danos provocados por eventos climáticos extremos ou não habituais. Enquanto milhares de consumidores seguem sem resposta sobre quando suas casas serão abastecidas novamente, a Enel segue o plano estratégico que montou para o biênio 2024-2026: reduzir seus investimentos na América Latina, ao mesmo tempo em que vê suas ações subindo na Europa. A corporação anunciou um investimento total de 35,8 bilhões de euros em seu plano estratégico 2024-2026, abaixo dos 37 bilhões de euros registrados para o período 2023-2025. Boa parte desse montante (18,6 bilhões de euros) seria direcionado para o segmento de redes, enquanto cerca de 12,1 bilhões seriam direcionados para energias renováveis e cerca de 3 bilhões seriam para o que a empresa chama de “clientes”. Seis países estariam no foco de investimentos: Itália, Espanha, Brasil, Chile, Colômbia e Estados Unidos. Segundo o plano divulgado em novembro de 2023, a Enel planejava investir o equivalente a 19% de seu capex bruto total na América Latina e 7% nos Estados Unidos, principalmente em redes, ao mesmo tempo “em que se posiciona em um estágio inicial para a liberalização progressiva do negócio de varejo”. Como lembra reportagem do site Megawhat, o valor é menos da metade frente aos 45% destinados às regiões entre 2020 e 2022. A justificativa para a redução foi o “reequilíbrio, após anos de investimento intenso na região”. O gráfico abaixo afirma que a Enel buscaria fazer uma alocação de capital otimizada “com base em uma abordagem de matriz país/negócio”. No caso da América Latina, a empresa destacou o aumento de demanda pela qualidade da rede e resiliência, e a liberalização avançando como “oportunidade única”.  Veja abaixo a íntegra do plano estratégico da Enel para o ciclo 2024-2026 divulgado no final do ano passado na Itália. Investimentos em São Paulo No mês de abril, a empresa divulgou um plano de investimentos a pedido do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), para reforçar a resiliência de sua rede elétrica para “enfrentar os crescentes desafios climáticos” após o apagão ocorrido em São Paulo no começo do ano. O plano em questão projetava uma “melhoria contínua do fornecimento como solicitado pela prefeitura de São Paulo”, com investimentos de aproximadamente R$ 6,2 bilhões entre 2024 e 2026 na área de concessão da Enel – a cidade de São Paulo e outros 23 municípios da região metropolitana de São Paulo. Segundo comunicado divulgado pela Enel, o patamar de investimento da Enel São Paulo passaria de uma média de R$ 1,4 bilhão, desde a aquisição da Eletropaulo, para cerca de R$ 2 bilhões. “Dentre as iniciativas apresentadas pela Companhia, além do reforço significativo das equipes de profissionais próprios que atuam em campo, foi destacada a intensificação das manutenções preventivas, o aumento do número de podas preventivas e modernização da rede elétrica”, diz o documento, cuja íntegra pode ser lida a seguir. Enquanto isso, a cidade de São Paulo e municípios como Cotia, Taboão da Serra e São Bernardo do Campo seguem sentindo as consequências da tempestade ocorrida na última sexta-feira. Quem é a Enel Fundada em 1962 como uma entidade pública italiana, a empresa de geração e distribuição de eletricidade e gás Enel foi transformada em sociedade anônima em 1992 e privatizada em 1999, após a liberalização do mercado de eletricidade na Itália. Na América Latina, as operações da Enel se concentram no Brasil, no Chile e na Colômbia. As operações brasileiras englobam os Estados do Ceará, Rio de Janeiro e São Paulo, além de contar com um braço de geração renovável com 6,5 GW em operação, dos quais mais de 3,5 GW são de fonte eólica, mais de 1,7 GW são de fonte solar e cerca de 1,3 GW de fonte hídrica. Com valor de mercado em torno de 72,97 bilhões de euros, a Enel tem ações negociadas na Borsa da Italia, em Milão – nesta segunda-feira, a ação fechou em alta de 1,56%, negociada a 7,176 euros. Em um ano, o papel acumula 25,39% de valorização. Fonte: Jornal GGN

Município é forçado a cumprir plano de cargos e carreira de enfermeiros

A entidade pediu reposicionamento vertical (promoções) e horizontal (por tempo de serviço) O Município de Campo Grande foi condenado a cumprir o plano de cargos e carreiras estabelecido por lei aos profissionais da enfermagem na Capital. A ação coletiva foi proposta pelo Sindicato dos Trabalhadores em Enfermagem do Município de Campo Grande e Mato Grosso do Sul. A entidade pediu reposicionamento vertical (promoções) e horizontal (por tempo de serviço) previstos na Lei Complementar Municipal nº 376/2020; a lei de regência da carreira e que tinha prazo para que o município realizasse os reposicionamentos até o dia 31 de dezembro de 2022. A ação ainda propõe que os reajustes sejam feitos de forma retroativa. Foram usados como fundamento os relatórios de gestão fiscal, que indicam o crescimento da receita pública. O Município de Campo Grande apresentou contestação alegando que a medida não é um direito automático, ou seja, não são incorporados automaticamente após a conquista, porque dependem de regulamentação do chefe do Executivo municipal, de uma análise minuciosa sobre as finanças municipais e da publicação em Diário Oficial para que fique registrado. Em sentença proferida neste último dia 30 de agosto, o juiz do Marcelo Ivo de Oliveiro, da 2ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais e Homogêneos, acolheu na íntegra o pedido do sindicato. Cumpre destacar também que a suspensão do pagamento de vantagens legalmente previstas aos servidores públicos municipais como feita, não visou assegurar o interesse público primário (real interesse da sociedade no agir da administração pública), mas o secundário (interesse patrimonial do ente público), de modo que não há como superar a abusividade na omissão do requerido em promover promoção horizontal na carreira de técnicos de enfermagem e enfermeiros do quadro de pessoal do Município de Campo Grande, como regido pela Lei Complementar Municipal nº 376/2020, sob o fundamento da supremacia do interesse público”. O Município ainda não apresentou recurso. Fonte: Campo Grande News

Estratégia junta ações do estado para política energética mais inclusiva e verde

Com a presença de Lula, conselho aprova Política Nacional de Transição Energética, que vai integrar todas as ações do Governo Federal, com potencial de R$ 2 trilhões em investimentos O Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) aprovou, a Política Nacional de Transição Energética (PNTE). A reunião foi liderada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e por Alexandre Silveira, ministro de Minas e Energia, que preside o Conselho. Também participaram outros 16 ministros de Estado e representantes da sociedade civil e instituições de ensino que compõem o colegiado. Silveira destacou que a PNTE promoverá a articulação e coordenação da transição energética no Brasil, criando sinergia entre as políticas governamentais, como a Política Nacional de Mudança do Clima e o Plano de Transformação Ecológica, de forma a fortalecer a nova economia global com geração de emprego e renda no país, promovendo uma transição justa e inclusiva. A expectativa é de que o Brasil tenha potencial de receber R$ 2 trilhões em investimentos. Segundo o ministro, o Brasil dá mais um importante e decisivo passo para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e contribuir, ainda mais, com a sustentabilidade do planeta. Silveira estima que o país tenha potencial para receber cerca de R$ 2 trilhões em investimentos na chamada economia verde. “Vamos protagonizar, no mundo, a nova economia – a economia verde. São R$ 2 trilhões em investimentos, são 3 milhões de empregos para brasileiras e brasileiros. É energia eólica, solar, hídrica, biomassa, biodiesel, etanol, diesel verde, captura e estocagem de carbono, combustível sustentável de aviação, hidrogênio verde. É o renascimento da indústria do Brasil em bases sustentáveis. É agregação de valor ao produto brasileiro produzido com energia limpa e renovável, é oportunidade para impulsionar o uso do nosso conteúdo local”, destacou o ministro. Segundo Alexandre Silveira, a política estabelece as diretrizes que irão nortear a estratégia brasileira para a transição energética, reforçando o compromisso do Governo Federal de contribuir não só com a redução das emissões de gases de efeito estufa, mas com a geração de oportunidades de emprego, cuidando da segurança do suprimento e o combate às desigualdades sociais e regionais. “Com a política nacional de transição energética, que lançamos hoje, estamos olhando para o futuro. Vamos integrar políticas e ações governamentais, consolidando esforços para melhorar ainda mais a nossa matriz energética. A nossa prioridade é e sempre será as pessoas. A transição energética deve ser justa, inclusiva e equilibrada”, finalizou o ministro. Implementação A política terá dois instrumentos centrais para sua implementação. O primeiro traz a participação da sociedade, com a criação do Fórum Nacional de Transição Energética (Fonte), onde serão ouvidos diversos atores públicos e privados para construção coletiva permanente sobre o tema. O Fonte será um espaço ativo, político-democrático, de diálogo, escuta e acolhimento de proposições dos membros para desenvolvimento de um projeto de transição energética justa e inclusiva. O diálogo com a sociedade civil é essencial para a construção e aprimoramento de uma política de transição energética no país. Além disso, o fórum consultivo e permanente apresentará recomendações ao Conselho Nacional de Política Energética (CNPE). Já o Plano Nacional de Transição Energética (Plante), será elaborado como um plano de ação, no âmbito da política energética, articulado com outras iniciativas governamentais, como o PAC, o Plano Clima, a Nova Indústria Brasil e o Pacto pela Transformação Ecológica. O Plante está sendo estruturado com base em dois eixos. O primeiro de abordagem setorial, contemplando setores industrial, transportes, elétrico, mineral e petróleo e gás natural. O segundo de abordagem transversal, focado em marcos legais e regulatórios, combate à pobreza energética e desigualdades e ambiente atrativo para investimentos. Para a elaboração do plano, o MME já conta com apoio da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), da Agência Internacional de Energia, do BNDES e da FGV. Levantamento inicial aponta que os novos investimentos em energia elétrica limpa e renovável, combustíveis sustentáveis de baixo carbono e mineração sustentável para a transição energética podem alcançar R$2 trilhões em investimentos em 10 anos. Com isso, a política vai contribuir para que a transição energética traga retornos sociais, com foco em geração de emprego e renda, inclusão social e o desenvolvimento de regiões mais carentes. A iniciativa também irá trazer o combate da pobreza energética e democratizar o acesso à energia, destravando o potencial sustentável do país. Pobreza energética é conceito que designa o baixo acesso aos serviços de energia, frente a segmentos sociais que acessam em abundância. Demais propostas O CNPE ainda deliberou outras seis propostas que visam criar novas oportunidades de desenvolvimento econômico sustentável, principalmente nos setores de óleo e gás. O Conselho aprovou resolução que estabelece diretrizes adicionais à política de comercialização do petróleo e gás natural da União. A norma cria condições para que o gás natural da União chegue mais próximo aos agentes consumidores, definindo que a Pré-Sal Petróleo (PPSA), estatal vinculada ao MME, passe a poder contratar o escoamento e o processamento do volume do gás natural que cabe à União nos contratos de partilha de produção. O objetivo é otimizar a utilização de insumos provenientes dos contratos de partilha de produção, impulsionando a industrialização e fortalecendo a segurança no abastecimento nacional de energia, insumos petrolíferos, fertilizantes nitrogenados e outros produtos químicos. Outra medida aprovada no CNPE desta segunda é a resolução que estabelece diretrizes voltadas para a descarbonização das atividades de exploração e produção de petróleo e gás natural no Brasil. As normas incluem o fomento ao desenvolvimento tecnológico, a minimização da queima de gás natural, a manutenção da queima zero de rotina e a promoção do compartilhamento da infraestrutura instalada, entre outros pontos. Desenvolvimento de mercado Em outra deliberação, o CNPE aprovou uma resolução que visa atualizar as diretrizes estratégicas para o desenvolvimento do mercado de combustíveis, biocombustíveis e derivados de petróleo no Brasil. O documento prevê o fortalecimento da capacidade de processamento nacional, que atualmente enfrenta desafios com importações significativas de derivados. Entre as diretrizes estratégicas listadas pela resolução, estão a busca pelo aumento da produção de biocombustíveis, a ampliação e modernização do

China: aplicações bilionárias do gigante asiático promete passar R$ 280 bilhões

Investimento surpreendente da China nos setores de energia, ferrovias e petróleo e gás promete ultrapassar R$ 280 bilhões e revolucionar a infraestrutura do Brasil De acordo com o Poder360, o plano ambicioso das companhias estatais chinesas por projetos de infraestrutura no Brasil está crescendo exponencialmente. Nos últimos anos, os investimentos chineses no setor de energia e infraestrutura no país ultrapassaram a marca de R$ 280 bilhões, destacando-se como um dos principais focos de interesse da China. Esse avanço ocorre em meio à celebração dos 50 anos de relações diplomáticas entre Brasil e China, um marco que reflete a intensificação dos laços econômicos entre os dois países. Investimentos da China no Brasil nos últimos 10 anos estão transformando o cenário energético, de infraestrutura, ferrovias e exploração de petróleo no país Nos últimos 10 anos, o Brasil testemunhou um salto significativo na presença das estatais chinesas, que têm arrematado concessões de energia e infraestrutura em níveis federais e estaduais. A lista de empreendimentos inclui geração e distribuição de energia elétrica, bem como projetos de infraestrutura viária, como ferrovias e rodovias. Além disso, os chineses também estão investindo na exploração de petróleo e gás natural, ampliando ainda mais seu alcance no país. Esse movimento está transformando o cenário energético brasileiro, com impactos de longo prazo. Em 2023, chinesa State Grid arrematou o maior lote do leilão de transmissão de energia do Brasil Um exemplo claro desse avanço é a atuação da State Grid, gigante chinesa do setor de energia, que já detém a maior parte dos investimentos no Brasil. O conglomerado controla a CPFL, uma das principais concessionárias de energia do país, responsável pela distribuição e geração de energia elétrica em várias regiões. Além disso, a State Grid planeja investir R$ 28,4 bilhões até 2028 para aprimorar as redes de distribuição da CPFL em São Paulo, Minas Gerais, Paraná e Rio Grande do Sul. Em 2023, a State Grid arrematou o maior lote do leilão de transmissão de energia, realizado em dezembro do ano anterior pelo governo brasileiro. Esse projeto envolve a construção de uma linha de ultra-alta tensão, ligando o Maranhão a Goiás, com o objetivo de escoar a energia gerada por fontes eólicas e solares no Nordeste. O investimento projetado é de R$ 18,1 bilhões, e a concessão do empreendimento é válida por 30 anos. Com a construção de 1.513 km de linhas de transmissão e a manutenção de outros 1.468 km, a conclusão está prevista para 72 meses. Além desse megaprojeto, a State Grid já possui 24 concessionárias de transmissão no Brasil, entre subsidiárias integrais e joint ventures, totalizando mais de 16.000 km de linhas. Nos próximos anos, a empresa projeta investimentos adicionais de R$ 150 bilhões, com foco em fontes renováveis. Ao todo, o grupo pretende investir R$ 200 bilhões no país, consolidando sua posição como um dos principais players do setor energético brasileiro. Brasil vira alvo de investimentos bilionários de estatais chinesas Outras estatais chinesas também estão ampliando seus investimentos no Brasil. A Energy China, por exemplo, anunciou em 2023 a intenção de investir US$ 10 bilhões (aproximadamente R$ 50 bilhões na época) em projetos de geração de energia renovável e hidrogênio verde. Esses investimentos reforçam o compromisso da China com a sustentabilidade e a transição energética global. Além disso, a CTG (Companhia Três Gargantas), que opera a super-hidrelétrica de mesmo nome na China, completa 10 anos de atuação no Brasil em 2024. A CTG adquiriu várias hidrelétricas brasileiras em 2010 e atualmente detém a concessão de 17 usinas. Para os próximos anos, a CTG projeta investimentos de R$ 3 bilhões para aumentar a eficiência das suas hidrelétricas de Ilha Solteira (SP) e Jupiá (SP/MS). Além disso, a empresa tem planos de expandir sua atuação em fontes renováveis, com novos projetos de usinas eólicas e solares, cujo investimento estimado é de R$ 6,4 bilhões. Esses projetos reforçam a importância das energias renováveis na matriz energética brasileira. A SPIC, outra estatal chinesa de energia, também anunciou novos investimentos no Brasil. Em junho de 2024, a empresa divulgou um investimento de R$ 780 milhões para a construção de um complexo eólico na região de Touros, no Rio Grande do Norte, com capacidade instalada de 105,4 MW. Esse projeto demonstra o interesse contínuo da China em expandir sua presença no setor energético brasileiro, especialmente em fontes renováveis, que têm ganhado destaque globalmente. No setor de petróleo, a Cnooc, uma das maiores estatais chinesas, arrematou em 2023 a concessão de três blocos de exploração na Bacia de Pelotas, em sociedade com a Petrobras e a Shell. A estimativa é que o consórcio invista cerca de R$ 100 milhões na pesquisa de reservas de óleo e gás na região. Esse investimento é estratégico para a diversificação das fontes de energia no Brasil, contribuindo para a segurança energética do país. Além dos setores de energia, China investe pesado no setor de construção, e arremata concessões bilionários de infraestrutura no Brasil Além dos projetos de energia, os chineses também conquistaram importantes concessões de infraestrutura no Brasil. Um exemplo é a construção do Trem Intercidades São Paulo-Campinas, arrematado pela CRRC, em parceria com o grupo brasileiro Comporte, em um leilão realizado em fevereiro de 2024. Esse projeto ferroviário, com investimento total de R$ 14,6 bilhões, inclui um trem de passageiros de média velocidade entre São Paulo e Campinas, além de um trem intermetropolitano de Jundiaí a Campinas e a concessão da linha 7-Rubi do sistema de trens metropolitanos da Grande São Paulo. Controlada pelo governo chinês, a CRRC é listada como uma das 500 maiores empresas do mundo pela revista Forbes. A estatal teve uma receita de US$ 32,3 bilhões no ano passado e tem aumentado sua participação na América do Sul. No Brasil, a CRRC já forneceu trens para o metrô do Rio de Janeiro e é a fabricante dos trens da linha 15-Prata do Metrô de São Paulo. Esses projetos demonstram a força da China no setor ferroviário brasileiro, onde o país asiático tem se consolidado como um parceiro estratégico. Em conjunto com outra estatal chinesa, a

MS: Aeródromo de Cassilândia ganha aplicações de R$ 6,7 milhões para melhorias

Imagem: Governo de Mato Grosso do Sul. Fonte: AEROIN

O Governo de Mato Grosso do Sul informou que está promovendo obras de restauração no aeródromo de Cassilândia, incluindo a pista de pouso e decolagem (PPD), a pista de taxiway e o pátio de aeronaves. As obras, que já estão 15% concluídas, fazem parte de um investimento total de R$ 6.765.545,83. O objetivo da obra é proporcionar melhores condições logísticas e turísticas, além de atrair novos investimentos da iniciativa privada, segundo o secretário de Estado de Infraestrutura e Logística (Seilog), Helio Peluffo. “Essas obras não apenas melhoram a infraestrutura local, mas também contribuem significativamente para a chegada de novas empresas e investimentos, fortalecendo a economia regional“, afirma. Além de Cassilândia, nesta fase do Plano Aeroviário Estadual os investimentos contemplam outros municípios como Jardim, Naviraí, Camapuã, Paranaíba, Água Clara e Inocência. Esse esforço faz parte do “maior plano de investimento aeroviário da história do Estado“, que prevê a aplicação de R$ 250 milhões na construção, estruturação e reforma de aeroportos e aeródromos. O Plano Aeroviário Estadual visa atender à crescente demanda turística e empresarial, posicionando Mato Grosso do Sul como um importante polo de desenvolvimento aéreo. Até o final de 2026, o Governo planeja investir outros R$ 174 milhões, além dos R$ 9 milhões já aplicados em obras concluídas em Porto Murtinho, Camapuã, Jardim, Paranaíba, Cassilândia e Naviraí. “O plano aeroviário não só visa o crescimento do setor, mas também busca trazer facilidades aos turistas, promover o desenvolvimento econômico do estado e atrair novos investimentos para as cidades envolvidas“, destaca o superintendente Logístico e coordenador de Transporte Aéreo, Hidroviários e Ferroviários da Seilog, Derick Hudson Machado de Souza. Fonte: AEROIN

Prorrogação do Plano Nacional de Educação é aprovado por Senado

Fonte: Agência Senado

A Comissão de Educação (CE) aprovou esta semana projeto que prorroga a vigência do Plano Nacional de Educação (PNE) até 31 de dezembro de 2025. A segunda edição do PNE (Lei 13.005, de 2014) está a menos de um mês de encerrar o seu decênio de vigência (25 de junho). O PL 5.665/2023, salvo se houver recurso para análise no Plenário do Senado, segue para a Câmara. Já a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) aprovou projeto (PL 2.954/2023) que exige a capacitação permanente e periódica de agentes públicos e privados que atuam na proteção e na defesa civil. A proposta inclui a formação obrigatória entre as diretrizes da Política Nacional de Proteção e Defesa Civil (PNPDEC). Se não houver recurso, o texto também seguirá para a Câmara dos Deputados. Fonte: Agência Senado

Gerdau reafirma plano de otimização e aplicações de sua operação no Brasil

Fotos aéreas - Usina Ouro Branco Gerdau , Ouro Branco, Minas Gerais (GERDAU/Divulgação) Fonte: Exame

Plano contempla R$ 7,5 bilhões de investimentos que estão sendo implementados e acelerados na esteira das medidas do governo federal de aumento da tarifa de importação de aço A Gerdau reforçou o plano de investimentos e otimização de suas operações no Brasil. A empresa está investindo cerca de R$ 7,5 bilhões no Brasil, sendo aproximadamente a metade desse valor em uma nova plataforma de mineração sustentável e o restante na otimização e modernização de plantas produtoras de aço no País. No total, com os projetos curso, estão sendo gerado mais de 5 mil empregos apenas nas obras dos diversos projetos em curso. As recentes medidas do governo federal de aumento da tarifa de importação de aço são fatores preponderantes para essa decisão da Gerdau de continuar e acelerar os investimentos. Os aportes em projetos da companha abrangem uma ampla gama de iniciativas, desde a modernização de instalações existentes até ampliação de novas capacidades de produção. Dessa forma, a empresa busca estar preparada para atender a demanda do mercado, ao mesmo tempo que promove a eficiência e a sustentabilidade. Observando para o recorte Minas Gerais, o estado hoje recebe parte importante dos novos projetos e investimentos, com R$ 5 bilhões até o final de 2025. Em Ouro Branco, a empresa está com investimento em curso de R$ 1,5 bi para ampliação de capacidade com a instalação no novo laminador de bobinas a quente. A capacidade do laminador de bobinas a quente (BQ) será de 250 mil toneladas por ano e será inaugurado entre agosto e setembro de 2024. Já no município de Ouro Preto, a Gerdau está com a execução em curso do projeto de mineração responsável. A nova capacidade anual de produção de minério de ferro da empresa na mina de Miguel Burnier, distrito de Ouro Preto, de 5,5 milhões de toneladas, está prevista para entrar em operação no final de 2025. O projeto permitirá à empresa aumentar a competitividade de suas operações e ampliar futuramente sua produção de aço em Minas Gerais. Outra frente importante no estado está na unidade de Divinópolis, que está com investimento em curso de 50 milhões de reais na modernização da planta. No Ceará serão investidos aproximadamente 400 milhões de reais, com geração de 400 empregos na unidade no pico da obra. Durante o período de obras a usina será hibernada, mas voltará a operar inicio de 2026 mais moderna e competitiva. “Com essas medidas estamos tornando as operações da Gerdau no Brasil preparadas para um novo clico de crescimento, com custos mais competitivos e focando em usinas mais eficientes. As recentes medidas tomadas pelo governo federal, de defesa comercial do aço, foram um passo importante para reafirmamos nosso compromisso em investir e olhar para longo prazo no Brasil, afirma Gustavo Werneck, CEO da Gerdau. O plano de investimento da companhia passa pela otimização dos ativos, maximizando plantas mais competitivas e revisando unidades menos competitivas. Por isso, a empresa está hibernando a usina de Barão de Cocais, em Minas Gerais, que responde por menos de 3% das operações da Gerdau no Brasil. Trata-se de uma operação antiga, com menor nível de atualização tecnológica e com custo alto de produção. Nessa operação, os 450 colaboradores estão passando por um processo humanizado de análise. Uma parte está sendo realocada em projetos e unidades da Gerdau e a parcela que não for, receberá da companhia suporte para uma recolocação no mercado de trabalho. A unidade de Cosigua, no Rio de Janeiro, a Gerdau tem um programa completo de competitividade da planta, com investimentos na casa de 200 milhões. Uma série de investimento para melhoria de performance e atendimento dos clientes. Essa usina, inclusive, irá absorver boa parte dos produtos que vinham sendo produzidos até então Barão de Cocais. Fonte: Exame

Galvani concede abertura a plano de investir R$ 3 bi em adubos

Com investimentos, Galvani prevê reduzir em 25% a dependência que Norte e Nordeste têm de fertilizantes importados. Fonte: Globo Rural.

Empresa vai duplicar capacidade de sua operação industrial na Bahia, abrir mineração no Estado e construir, no Ceará, uma nova fábrica A Galvani, maior produtora de fertilizantes fosfatados na região do Matopiba, que compreende os Estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, planeja investir R$ 3 bilhões, até 2027, para duplicar a capacidade de sua operação industrial na Bahia, abrir uma nova mineração no Estado e construir uma nova fábrica, no Ceará, tirando do papel um projeto antigo em parceria com a Indústrias Nucleares do Brasil (INB). Com os aportes, a empresa prevê reduzir em 25% a dependência que Norte e Nordeste têm de fertilizantes importados. No ano passado, o Brasil importou 39 milhões das 45 milhões de toneladas de fertilizantes que consumiu. De acordo com o presidente da Galvani, Marcelo Silvestre, a empresa já começou a executar a primeira etapa do plano de expansão, que consumirá R$ 700 milhões em investimentos. Desse montante, a companhia destinará R$ 400 milhões a uma nova mineração de fosfato, em Irecê, na Bahia, e R$ 200 milhões à fábrica de Luís Eduardo Magalhães, no oeste do Estado. Na unidade fabril, a capacidade de produção, que é de 600 mil toneladas por ano, subirá para 1,2 milhão de toneladas anuais. A planta alcançará essa capacidade a partir do início de 2026. “Temos um plano estruturado de crescimento. Como a fábrica é integrada, precisamos desenvolver uma nova unidade de mineração associada”, afirma o executivo. A companhia vai lançar a pedra fundamental da unidade na sexta-feira (24/5). A segunda etapa do plano envolve o projeto em parceria com a INB, estatal responsável pelo abastecimento das usinas nucleares de Angra dos Reis (RJ). Por meio do Consórcio Santa Quitéria, as empresas vão explorar reservas de fosfato e urânio associados, em uma jazida na cidade cearense de Santa Quitéria. A Galvani venceu, em 2008, uma concorrência para explorar a jazida. A empresa ainda aguarda a concessão de licenças para começar a implantar o projeto, o que pode levar de dois a três anos. No complexo minero-industrial, diz Silvestre, os investimentos chegarão a R$ 2,3 bilhões. A companhia desembolsará todo o montante e vai remunerar a INB, detentora dos direitos minerários, com o urânio extraído. “É como um royalty”, explica. O fosfato é predominante na jazida, com 8,9 milhões de toneladas. Já as reservas de urânio somam 80 mil toneladas. Conforme o executivo, a Galvani protocolou o estudo de impacto ambiental (EIA-Rima) no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) em dezembro. A expectativa da empresa é que as licenças prévia e de instalação saiam até o fim deste ano. Com isso, o complexo poderia entrar em operação no terceiro trimestre de 2027. O projeto prevê capacidade instalada de 1 milhão de toneladas de fertilizantes fosfatados por ano, o que equivale a cerca de 25% da demanda nas regiões Norte e Nordeste. O complexo também vai produzir 220 mil toneladas anuais de fosfato bicálcico, usado em nutrição animal, marcando a estreia da Galvani em um novo mercado. Com esse volume, a empresa estará apta a suprir 50% da demanda do composto nesses mercados. Com foco no atendimento às culturas de soja — que responde por mais de 50% dos negócios —, milho e algodão, a empresa, de controle familiar, é hoje a única produtora integrada de fertilizantes fosfatados nas regiões Norte e Nordeste, com vendas concentradas no sul do Tocantins e oeste da Bahia. No ano passado, ela faturou R$ 1,2 bilhão. A companhia emprega 1,1 mil trabalhadores, entre próprios e terceiros. De acordo com Silvestre, parte dos recursos para os investimentos sairá do caixa da empresa. Para o projeto de mineração em Irecê, a empresa obteve financiamento da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), de R$ 344 milhões. O fator inovação assegurou o crédito à companhia — por usar tecnologia de concentração a seco, o empreendimento não terá barragem de rejeitos. Também não haverá resíduos: a empresa venderá o concentrado de fosfato para conversão em fertilizante, e o calcário, extraído conjuntamente, será comercializado para correção de solo. Silvestre diz que esse deve ser o segundo projeto do mundo de concentração a seco de fosfato — o primeiro foi implantado nos Estados Unidos. Para a duplicação da fábrica de Luís Eduardo Magalhães, a Galvani pretende usar recursos próprios, mas também avalia oportunidades no mercado. Já o projeto Santa Quitéria será executado com caixa próprio e dívida, provavelmente com um mix de 60% e 40%, respectivamente. O complexo não terá barragem de rejeitos. Nos últimos anos, os preços dos fertilizantes tiveram forte alta por causa da invasão da Ucrânia pela Rússia, que é grande fornecedora desses produtos. As cotações já se normalizaram, acompanhando também os preços dos grãos. “A relação de troca entre preço de fertilizante e saca do produto voltou aos níveis históricos”, afirma. Fonte: Globo Rural