Deputados exigem mais investimentos na rede de atenção primária à saúde

Em audiência pública, gestores da Secretaria de Saúde apresentaram números relativos a 2023 A Comissão de Fiscalização, Governança, Transparência e Controle (CFGTC) recebeu, os representantes da Secretaria de Saúde do DF (SES/DF) para a apresentação do relatório de atividades da pasta referente aos dois últimos quadrimestres de 2023, o que compreende o período de maio a dezembro do ano passado. A presidente da comissão, deputada Paula Belmonte (Cidadania), reconheceu o empenho dos gestores no trabalho desenvolvido frente à pasta, mas cobrou soluções mais imediatas para o que chamou de “crise no sistema de saúde”, referindo-se às longas filas de espera e óbitos por falta de atendimento que vêm ocorrendo dentro da rede de saúde. Belmonte pediu mais empenho na aplicação dos recursos destinados à Saúde para que o DF possa superar as falhas quem vêm sendo identificadas no atendimento ao cidadão. “Temos um orçamento vultoso, mas a responsabilidade sobre a gestão desse orçamento é fundamental”, pontuou. A parlamentar lembrou ainda que é urgente a necessidade de se suprir o déficit de servidores da Saúde para o pleno funcionamento da rede pública. Durante a apresentação dos dados, os deputados Fábio Félix (PSOL), Dayse Amarilio (PSB), Max Maciel (PSOL) e Gabriel Magno (PT) frisaram a urgência de se fortalecer o atendimento primário na rede de saúde. Os profissionais da atenção primária são os que atuam na primeira linha de cuidado para a população, oferecendo serviços preventivos, curativos e de promoção à saúde. Eles trabalham em equipes multidisciplinares, compostas por médicos, enfermeiros, agentes comunitários de saúde, dentistas, psicólogos, entre outros, e se dedicam à realização de consultas, vacinação, acompanhamento de doenças crônicas, assistência pré-natal e atividades educativas. Além disso, esses profissionais realizam visitas domiciliares e participam de ações comunitárias, promovendo ações de saúde nas comunidades. Para Amarilio, a má gestão em algumas unidades de saúde está desvirtuando a atuação destes profissionais, fazendo com que as equipes atuem mais como Unidade de Pronto Atendimento (UPA) que como equipe de atenção primária. “Atenção primária não está fazendo sua função em muitos lugares, os agentes comunitários de saúde não estão fazendo visitas”, denunciou. Dados da SES/DF A secretária de Saúde do DF, Lucilene Queiroz, lembrou dos desafios de se gerir as ações da pasta levando-se em consideração que o DF recebe milhões de usuários moradores das cidades do entorno. Ela concordou que muitos procedimentos precisam ser aprimorados, mas declarou que a equipe tem se empenhado para melhorar a qualidade do atendimento prestado ao cidadão. “Temos uma demanda de 5 milhões de pessoas que tencionam o sistema. Entre 2 e 2,5 milhões dessas pessoas vêm de regiões vizinhas, principalmente com leitos hospitalares e internação”, argumentou. Conforme o relatório referente aos dois últimos quadrimestres de 2023, 49% da demanda das internações da Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno (Ride) são atendidas pela rede da SES-DF. No 2º e 3º quadrimestres de 2023, o documento aponta um crescimento de 10,1% no número de procedimentos realizados com relação ao mesmo período do ano anterior. O relatório afirma ainda que houve redução na fila de espera para cirurgias, tendo sido realizadas 113.568 operações cirúrgicas no mesmo período. Parlamentares cobram soluções Embora a secretaria tenha apresentado números positivos em alguns indicadores, a deputada Paula Belmonte cobrou uma demonstração mais objetiva com relação às políticas públicas desenvolvidas pela pasta. A distrital cobrou ações objetivas em algumas áreas específicas, como a prevenção da gravidez na adolescência, o cuidado especial com as doenças congênitas infantis e os procedimentos de citopatologia de câncer de útero. Dayse Amarilio reforçou que, apesar de terem sido atingidas algumas metas, a estrutura física e de recursos humanos ainda está extremamente deficitária. Um estudo que leva em consideração a densidade demográfica do DF e o índice de vulnerabilidade social revela que deveriam ser implantadas, no mínimo, mais 33 Unidades Básicas de Saúde. O próprio relatório da secretaria aponta ainda que há a necessidade de contratação de mais 23 mil servidores. O representante do Conselho de Saúde Júlio César Florêncio Isidro avalia que há uma sobrecarga de trabalho nos servidores da atenção primária, o que tem dificultado a prestação de um serviço de qualidade. “O servidor da saúde está ali como ‘pau para toda obra’. Ele faz o que pode e, muitas vezes, mais do que seria sua obrigação para entregar o melhor possível à população”, frisou. O promotor de justiça de defesa da saúde do Ministério Público do DF (MPDFT), Clayton Germano, defende que seja proposto ao governador um pacto para o suprimento de recursos humanos e materiais para o reforço na atenção primária de forma urgente. Levantamento apresentado durante a audiência mostrou que, em 2022, o GDF destinou R$ 4,8 bi à Saúde, o que representou 42,11% do orçamento da pasta. Esse número caiu para R$ 3,4 bi em 2023, o que correspondeu a 23,6% do total destinado à SES/DF. Já os valores oriundos do Fundo Constitucional destinados à saúde tiveram majoração de R$ 4,4 para R$ 8,1 bilhões. Amarilio criticou a política de redução de investimentos na saúde pelo GDF em 2023, alegando que foi fator determinante para a queda da qualidade dos serviços prestados ao cidadão. “Sem saúde, ninguém anda em viaduto”, criticou a deputada, sugerindo que o Executivo tem focado seus investimentos prioritariamente em obras. Belmonte fez coro à sua colega e cobrou que a pasta, em 2024, mude esse panorama de aplicação dos recursos orçamentários. “Que neste ano a gente consiga ver que a prioridade do governo não é só cimento e concreto, mas, sim, a vida humana”, declarou. O deputado Gabriel Magno criticou o que chamou de “terceirização da rede de saúde”, referindo-se ao repasse de diversos serviços ao Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (Iges). “Estamos saindo da lógica da complementariedade da saúde pública para a substituição da rede”, opinou. Para ele, a SES/DF também precisa melhorar seus processos de comunicação com a população para que o cidadão saiba, de forma clara, a que unidade de saúde recorrer para cada tipo de necessidade específica. Os relatórios completos com
RS: governo irá priorizar por modernização de sistemas contra enchentes

Projetos que requalificam, trocam bombas, refazem diques, diz ministro O governo federal anunciou, que vai priorizar a contratação e a execução de projetos de infraestrutura no Rio Grande do Sul que possam modernizar, requalificar e atualizar os sistemas de proteção já existentes contra as enchentes. A declaração foi dada em entrevista coletiva, em Porto Alegre, pelo ministro-chefe da Casa Civil da Presidência da República, Rui Costa, ao lado de outros ministros de Estado que compõem a comitiva federal que visita o estado nesta semana. “Projetos que requalificam, trocam bombas [de drenagem], refazem diques [de contenção] ou seja, atualizam e requalificam o que já existe, estes terão prioridade para a gente buscar agilizar a contratação”, afirmou o ministro da Casa Civil. Novos projetos O ministro disse também que novos projetos de infraestrutura de sistemas de proteção já existentes contra as enchentes que estão em fase de pedido de financiamento pelo Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) deverão revistos, para considerar o que ocorreu nestas últimas enchentes no estado. “Nós queremos que esses projetos sejam revistos com os últimos dados. Porque não adianta licitar uma obra com os parâmetros anteriores ao que aconteceu porque estarão desatualizados”. Para uma solução definitiva para os problemas de alagamentos, o ministro adiantou que será contratado um grande estudo elaborado por técnicos e especialistas de universidades que farão uma análise mais aprofundada da situação geral do Rio Grande do Sul para propor soluções estruturantes que evitem novas ocorrências como as do mês de abril e maio. Sistema centralizado Rui Costa revelou também que conversou com o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, para sugerir que o governo estadual assuma a gestão de um sistema integrado de prevenção a desastres e proteção contra enchentes dos rios. O governo federal ficará responsável pelos investimentos financeiros dessas ações. “Gostaríamos que o governo do estado assumisse essa responsabilidade da gestão desse sistema. Entendemos que isso envolve várias cidades e não pode ser um somatório de cuidados pulverizados. Para manter esse sistema integrado funcionando, precisamos que todos funcionem corretamente, em conjunto, para proteger a todos. E nós entendemos que o lugar mais adequado é um órgão ou empresa estadual ou uma superintendência”. Fonte: Agência Brasil
Santa Catarina: terá zoneamento ecológico econômico aumentado

Buscando promover um ordenamento territorial mais efetivo, a Secretaria de Meio Ambiente e Economia Verde, junto com a Defesa Civil, Secretaria do Planejamento e Instituto do Meio Ambiente, se reuniu para definir o termo de referência do Zoneamento Ecológico e Econômico catarinense. Durante a reunião de integração e alinhamento, foram debatidas as diretrizes para se fazer a gestão do território catarinense considerando os aspectos econômicos, sociais, ambientais, turísticos, entre outros. “Esta iniciativa busca orientar as políticas públicas, investimentos e atividades econômicas de forma compatível com o uso sustentável dos recursos naturais, através da delimitação das zonas e o estabelecimento de diretrizes para uso e ocupação do território e metas de gestão, respeitando as peculiaridades, fragilidades e potencialidades do território. Queremos com isso garantir a equidade social, o desenvolvimento econômico aliado a garantia dos serviços ecossistêmicos do estado”, ressaltou o secretário adjunto da Semae, Guilherme Dallacosta. Santa Catarina já tem o Zoneamento Ecológico Econômico Costeiro dos cinco setores costeiros, que hoje abrange 41 municípios. Além disso, há o Zoneamento Ecológico Econômico do Vale do Rio do Peixe e do Complexo Lagunar, que juntos representam 63 municípios. “O IMA colabora com as informações ambientais e técnicas para o Zoneamento Ecológico Econômico, que é uma das principais bases e instrumentos para a gestão do território, e engloba a orientação sobre o uso do solo, a sustentabilidade e os mecanismos para a tomada de decisão e elaboração de políticas públicas”, explicou o Diretor de Controle e Passivos Ambientais do IMA, Diego Hemkemeier, que esteve presente na reunião. Juntas as secretarias do estado pretendem agora revisar estes Zoneamentos já prontos e formular o zoneamento das áreas ainda não contempladas. Fonte: Agências de Notícias SECOM
Lula manda carta à Marcha para Jesus e fala que igreja tem papel fundamental na ‘vida digna’ da família brasileira

Texto foi lido durante o evento para milhares de evangélicos reunidos em São Paulo. Lula, que busca aproximação com o público evangélico, enviou o advogado-geral da União como representante do governo O presidente Luiz Inácio Lula da Silva enviou uma carta que foi lida na Marcha para Jesus, evento evangélico promovido em São Paulo. No texto, Lula diz que a igreja tem papel fundamental na promoção de uma vida digna para as famílias brasileiras. Também disse que a igreja é aliada no fortalecimento da harmonia na sociedade. Lula foi convidado para ir à marcha, mas disse que “infelizmente” não pôde comparecer. Ele enviou em seu lugar o advogado-geral da União, Jorge Messias, que é evangélico. “Temos o compromisso profundo, com todos os brasileiros, de construir um país mais justo e inclusivo. As ações do meu governo são desenvolvidas a partir dessa premissa e buscam promover uma vida digna à família brasileira”, afirmou Lula no texto lido no evento. “E a Igreja desempenha um papel vital nesse compromisso, que se reflete na sua ação social e no suporte espiritual de seus fiéis. Por isso, acredito que, juntos, podemos fazer muito mais pelo bem-estar, a paz e a harmonia de nosso povo”, completou o presidente. Lula busca uma aproximação com o público evangélico, que, em sua maioria, não votou no presidente nas eleições de 2022 e que vem contribuindo para a queda na avaliação da popularidade do governo nas últimas pesquisas. Em reuniões e discursos públicos com aliados, Lula tem enfatizado a necessidade de a esquerda e o governo criarem pontes de diálogo com as denominações religiosas cristãs, em especial com os evangélicos, que mostram preferência política pelos adversários do presidente. A Marcha para Jesus começou às 10h em frente à estação Luz do Metrô e seguiu até a Praça Heróis da Força Expedicionária Brasileira (FEB), próximo ao Campo de Marte, na Zona Norte. Milhares de pessoas participaram do evento. Ao longo da caminhada de duas horas foram colocados 10 trios elétricos que levaram ao público louvores e mensagens. Na carta lida na marcha, Lula afirmou que, “como cristão”, se sente “regozijado de ver a dimensão extraordinária que este evento tomou”. Lula ressaltou que, em seu segundo mandato, em 2009, sancionou a lei que criou o Dia Nacional da Marcha para Jesus. Em seu texto, além de falar na busca pela harmonia na sociedade brasileira, Lula citou um trecho da Bíblia em que Jesus diz: “Amem-se uns aos outros. Assim como eu amei vocês, vocês devem se amar uns aos outros. Se vocês tiverem amor uns para com os outros, todos reconhecerão que vocês são meus discípulos”. Fonte: Portal G1
MEC inaugura adesão de escolas no PDDE Interativo para Educação Conectada

O Ministério da Educação (MEC) abre o módulo Educação Conectada na plataforma do PDDE Interativo, referente ao Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE). Nesse módulo, os gestores escolares poderão responder ao monitoramento e elaborar seus Planos de Aplicação Financeira (PAFs), a fim de enviá-los para análise do MEC. Quanto ao procedimento, o Ministério disponibiliza um tutorial para uso do sistema. No último dia 13 de maio, o MEC publicou a Portaria nº 22/2024, que define critérios da Política de Inovação Educação Conectada (Piec) para repasse de recursos financeiros às escolas públicas de educação básica no ano de 2024. A Política é uma das iniciativas que compõem as ações articuladas pela Estratégia Nacional de Escolas Conectadas (Enec), cujo objetivo é universalizar a conectividade de qualidade para uso pedagógico e administrativo nos estabelecimentos de ensino da rede pública da educação básica. Entre 13 e 24 de maio, os secretários de Educação fizeram a seleção de escolas aptas a receber o recurso do PDDE Educação Conectada em 2024 no Sistema Integrado de Monitoramento, Execução e Controle do Ministério da Educação (Simec). Como próximo passo, os gestores escolares das unidades indicadas devem acessar o Módulo Educação Conectada do PDDE Interativo e formalizar a adesão da escola; responder às perguntas de monitoramento; e elaborar o PAF, definindo o planejamento do uso dos recursos disponíveis. Os valores a serem recebidos pelas escolas elegíveis serão calculados em função da faixa de matrículas na educação básica do Censo Escolar de 2023: Entre os critérios para classificação das escolas, o MEC determina a prioridade de escolas com Medidor Educação Conectada instalado e que alocaram recurso para contratação de serviço de internet no PAF. Dúvidas podem ser encaminhadas para o e-mail cgti@mec.gov.br ou para o Fale Conosco do Ministério da Educação: 0800 616161. Medidor Educação Conectada – A instalação do Medidor Educação Conectada em um dos computadores da escola (utilizado preferencialmente para atividades pedagógicas) pode ser realizada pelo site – clique aqui, na aba “Downloads e manuais”. A ferramenta é essencial para o monitoramento da qualidade de internet das escolas no País. Parâmetros mínimos de velocidade de internet – A recomendação do MEC é que as unidades de educação básica levem em consideração os parâmetros mínimos de velocidade, definidos na Resolução do Comitê Executivo da Estratégia Nacional de Escolas Conectadas nº 2/2024 no momento de contratação do plano de internet. Fonte: Undime BA
Senado aprova reestruturação de servidores e reajustes salariais

Medida prevê aumento para servidores da segurança O plenário do Senado aprovou, reajustes salariais para servidores de categorias da segurança pública – Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e Polícia Penal – além de servidores da Agência Nacional de Mineração (ANM), da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai); das áreas de Tecnologia da Informação; de analistas de política social; e de servidores da Secretaria Nacional de Defesa Civil. O texto agora segue para sanção presidencial. “[O projeto] constitui o resultado de um trabalho que vem sido empreendido pelo governo desde o início de sua gestão, no aperfeiçoamento constante da estrutura de pessoal da administração pública federal”, disse o senador Jaques Wagner (PT/BA), relator do texto. O líder do governo no Senado disse que a matéria leva em consideração dois pontos fundamentais. “A valorização e o oferecimento de condições dignas de trabalho aos servidores públicos e a observância rigorosa dos limites financeiros e orçamentários, em respeito aos contribuintes e aos cidadãos”, disse Wagner. De autoria do governo federal, inicialmente o projeto não previa o reajuste para os servidores da segurança pública federal, incluído durante a tramitação na Câmara dos Deputados. A medida também cria a carreira de Polícia Penal Federal e de especialista em indigenismo, de técnico em indigenismo e de tecnologia da informação, criando ainda o Plano Especial de Cargos da Funai. Além disso, a medida altera as regras de diversas carreiras, como de Desenvolvimento de Políticas Sociais, da ANM, da Polícia Federal, Rodoviária Federal, entre outras. A proposta prevê a criação de gratificações, progressão no reajuste salarial até 2026 e transforma a remuneração em subsídios, em que o salário é pago em uma parcela única, vedado acréscimo de adicionais, prêmios e outros valores à parte. Reajustes Os subsídios dos cargos de delegado de Polícia Federal e de perito criminal federal, que atualmente vão até o teto de R$ 33.721,23, chegarão a R$ 41.350,00, a partir de 1º de maio de 2026. Esse valor será pago a quem alcançar o final da carreira na categoria “especial”, a mais alta. Os policiais rodoviários federais, que têm subsídios que chegam a R$ 18.042,05, passarão a receber, a partir de 1º de maio de 2026, até R$ 23 mil, também para quem chegar ao topo da carreira na categoria mais alta. O texto ainda iguala os salários das carreiras da Agência Nacional de Mineração (ANM) aos das demais agências reguladoras até 2026. O analista em tecnologia da informação passará a receber R$ 18,118 no topo da carreira. Em janeiro de 2026, o teto de remuneração desse analista deve chegar a R$ 21.613. Já o subsídio para carreira de analista de políticas socais deve chegar ao teto de R$ 21.070 a partir de 2016. Os profissionais da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sedec) passarão a receber uma gratificação no valor de R$ 3.824,81 para cargos de nível superior e de R$ 2.448,14 para cargos de nível intermediário. As tabelas com os reajustes previstos para todas as carreiras contempladas no projeto podem ser consultadas nos anexos do documento, a partir da página 71. Fonte: Agência Brasil
2ª edição do Zunne: Programa de investimentos de impacto é apresentado em Salvador

O programa tem como prioridade negócios liderados por mulheres, pessoas pretas e indígenas O Zunne, programa de investimentos de impacto, foi lançado em Salvador, na sede do Sebrae Costa Azul. A nova edição pretende potencializar o impacto positivo gerado, aumentando os investimentos e o número de negócios beneficiados. Lançado em 2023, o Zunne mobilizou R$ 4,7 milhões em investimentos no Norte e Nordeste no ano passado, priorizando empreedimentos ou iniciativas comandados por mulheres, pessoas pretas e indígenas. “Estamos muito felizes de estar aqui. O lançamento do Zunne começa por Salvador e depois vamos ainda para Recife, Natal e Fortaleza. Tivemos hoje quase 50 negócios aqui e tivemos uma reunião também com possíveis investidores. A gente acredita que Salvador tem força de empreendedores sociais para mobilizar o ecossistema de impacto e estamos aqui para polinizar oportunidades de investimento para negócios de impacto”, disse Ticiana Rolim, presidente da Somos Um. O lançamento em Salvador aconteceu em dois momentos. Às 16h, o “Inventivos Talks” reuniu Ticiana Rolim, Marcos Pedote e Mila Ladeia, idealizadores do programa, além de Silvânia Brito, representante do negócio de impacto SDW, que recebeu investimento do Zunne na primeira edição, com mediação de Lucas Santana, cofundador da Inventivos. Em seguida, às 18h30, houve um happy hour com investidores. A ideia do evento é estabelecer um diálogo para apresentar as condições de participação no programa, seja como investidor ou como negócio apoiado. Além disso, o evento traz a importância de se falar sobre o fomento a uma nova rota de investimentos que não se restrinja ao Sudeste. 77% dos projetos apoiados pela Zunne são liderados por mulheres, 15% por pessoas pretas e 7% por pessoas indígenas. Quanto à distribuição geográfica, 77% estão localizados na região Nordeste. Do montante mobilizado pelo Zunne na primeira edição, realizada em 2023, R$1,5 milhão foi fruto de filantropia e R$3,2 milhões de investimentos para negócios de impacto nas regiões Norte e Nordeste. Ao todo, 98 negócios se inscreveram e 13 foram selecionados para receber investimento, provenientes de 197 investidores de diversos estados do Brasil. O desembolso dos recursos financeiros para os negócios citados ocorreu no final de 2023, com valores entre R$50 mil e R$500 mil, variando conforme o tamanho e faturamento dos empreendimentos. Já em fevereiro deste ano, os negócios começaram a receber o apoio não financeiro, que consiste no acompanhamento por meio de cursos e mentorias específicos em áreas estratégicas do empreendedorismo. Fonte: Jornal Correio
Lula tira embaixador do Brasil em Israel

Posto em Tel Aviv ficará vago, no que é considerado um gesto político O presidente Luiz Inácio Lula da Silva removeu de Israel o embaixador Frederico Meyer, que ocupava o principal posto da representação brasileira em Tel Aviv. Meyer foi transferido para o cargo de representante do Brasil na Conferência do Desarmamento, em Genebra, órgão da Organização das Nações Unidas (ONU). A nomeação de Meyer para a missão permanente do Brasil na ONU foi publicada no Diário Oficial. Ninguém foi indicado para ocupar a embaixada em Tel Aviv. A não substituição de um nome para o lugar de Meyer no posto em Israel foi considerado um gesto político por especialistas em relações internacionais. O pesquisador do Observatório de Política Externa Brasileira (OPEB) da Universidade Federal do ABC, Bruno Fabricio Alcebino da Silva, avalia que o ato de remover o embaixador de Israel é “claramente político” por reduzir a importância da representação do Brasil no país. “Isso envia uma mensagem contundente sobre o nível de prioridade que o governo Lula atribui ao relacionamento com o governo israelense atual. Embora não rompa completamente os laços diplomáticos, esta medida destaca a insatisfação do Brasil com as políticas de Israel”, comentou. O especialista acrescentou que a medida não pode ser interpretada com simples decisão administrativa. “A substituição do embaixador por um encarregado de Negócios é um sinal diplomático de descontentamento e reprovação, refletindo uma estratégia deliberada para marcar posição no cenário internacional”, completou Bruno Alcebino da Silva. O Ministério das Relações Exteriores ainda não se manifestou sobre o tema, mas, no Palácio do Planalto, a avaliação é de que o gesto foi político. O presidente Lula vem criticando as ações de Israel na Faixa de Gaza, que considera um genocídio contra o povo palestino. No último sábado (25), Lula voltou a criticar o governo do primeiro-ministro Benjamim Netanyahu. “Queria pedir a solidariedade às mulheres e crianças que estão morrendo na Palestina pela irresponsabilidade do governo de Israel. A gente não pode se calar diante de aberrações”, disse em um evento, em Guarulhos (SP). Na segunda-feira (27), o Itamaraty afirmou que as ações de Israel em Gaza violam sistematicamente os direitos humanos. Na última semana, o promotor do Tribunal Penal Internacional (TPI) pediu a prisão de Netanyahu por crimes de guerra, incluindo o uso da fome como arma de guerra. O governo israelense nega todas as acusações e diz que tem tomado ações para proteger os civis. Em fevereiro deste ano, o embaixador Frederico Meyer chegou a ser convocado de volta ao Brasil após episódio considerado pela diplomacia brasileira como uma humilhação. O governo de Israel chamou Meyer para uma reprimenda pelo fato de o presidente Lula ter comparado a ação militar em Gaza à de Hitler na 2ª Guerra Mundial. Meyer foi chamado para um evento no Museu do Holocausto, em Israel, onde ouviu discursos em hebraico, língua que não domina. A atual fase do conflito no Oriente Médio, iniciada após o ataque do Hamas que causou 1,2 mil mortes em 7 de outubro de 2023, já tirou a vida de mais de 35 mil palestinos, a maioria mulheres e crianças. Países europeus O Ministério das Relações Exteriores (MRE) divulgou uma nota saudando Espanha, Irlanda e Noruega por reconhecerem na terça-feira (28), oficialmente, o Estado da Palestina, somando-se a mais de 140 países que já reconhecem o direito do povo palestino a um Estado. O Brasil fez esse reconhecimento em 2010. “O crescente número de países que reconhecem o Estado da Palestina constitui notável avanço histórico que contribui para responder aos anseios de paz, liberdade e autodeterminação daquele povo”, disse o Itamaraty. O MRE ainda pediu que todos os demais países reconheçam a Palestina como Estado. “O Brasil reafirma a defesa da solução de dois Estados, com um Estado da Palestina independente e viável convivendo lado a lado com Israel, em paz e segurança, dentro das fronteiras de 1967, o que inclui a Faixa de Gaza e a Cisjordânia, tendo Jerusalém Oriental como sua capital”, completou. Fonte: Agência Brasil